A atitude do time sem teto de nosso estado de levar a campo o sub-20 visando nos prejudicar, que foi amplamente apoiada por sua torcida, evidencia duas mentalidades distintas de comando a frente dos times baianos.

Nós vencemos o jogo de ontem em nosso santuário, mas como é sabido, não foi o bastante para nos classificarmos para as quartas de final da Lampions Legue, uma pena, é claro. Eu não sou daqueles que desmerecem a competição quando não consegue atingir os objetivos traçados previamente. Nós achamos a copa do nordeste importantíssima e não termos nos classificado foi horrível no curto prazo e obviamente seremos expostos aos diversos números de stand up comedy do cardume baiano. Talvez seja o que de melhor eles sabem fazer, paciência.

VISÃO A LONGO PRAZO

Na coletiva de imprensa após a partida vencida diante do Fortaleza, na rodada passada, Condé se mostrou preocupado com o desgaste físico dos atletas e antecipou a possibilidade de poupar jogadores no jogo de ontem. Entramos com praticamente todo time reserva e ainda no primeiro tempo, depois de bola perfeitamente alçada por Luan (que jogou bem, mas ainda está fisicamente aquém do que esper), Luiz Adriano abriu o placar Vitória 1×0 Treze.

Mesmo precisando do resultado de outros adversários na rodada, nossa equipe reserva cumpriu seu papel. Condé pôde dar maior minutagem ao elenco que será exigido ao longo desta temporada e, certamente, notou o potencial de Luan Santos, além reforçar a certeza da qualidade de Léo Naldi que comeu a bola no nosso meio campo no primeiro tempo.

Nosso time não iniciou o ano pronto e, pela maneira como tem agido nossa comissão técnica, “estar pronto” é um conceito que não existe no futebol moderno. Condé olha pra o elenco como se estivesse em constante evolução e isso é a mentalidade adequada para um time que entende suas limitações e potencialidades e almeja tanto na temporada.

A desclassificação de ontem é muito mais uma consequência da derrota frente a Juazeirense e a perda de pontos por conta do empate contra o time reserva do Náutico, do que uma consequência da manobra infantil da diretoria do time de Hitinga, que ao escalar o sub-20 para enfrentar o Botafogo-PB, caiu de quatro. É, tem gente que achou legal, quem consegue entender como fuciona a cabeça de um peixinho, né?

A IMPORTÂNCIA DO JAXVI

O nosso próximo compromisso carrega toda a rivalidade histórica de uma final de estadual contra o rival. No entanto, se olharmos a longo prazo, desde o início da temporada temos nos saído bem contra times da primeira divisão do brasileiro e, isto é o que ais importa. Contra o Fortaleza sofremos, mas o pragmatismo e planejamento de Condé surtiu efeito. No primeiro JaxVi do ano o que se ouviu foi que o time deles não estava com os titulares. Já no último, perdemos de virada, por conta de termos ficado com um jogador a menos, justamente no momento que nos armamos para buscar o resultado. O próximo jogo será a prova dos nove.

O jogo de ontem terminou com o placar Vitória 3×0 Treze. Os gols foram marcados por Luiz Adriano, de cabeça. Léo Gamalho cobrando pênalti e Lucas Esteves, depois de um passe açucarado de Jean Mota.