Show, sorte e amor pelo futebol – por Erick Cerqueira

Por Por 13/ 06/ 2025Categorias: Bahia, Campeonato Brasileiro, Notícias

Fala, Nação Tricolor! Mais um triunfo fora, mais um tabu batido, mais uma vez estamos nós no G6. E esse triunfo tem um gostinho especial, porque ficaremos nesse G6 por pelo menos um mês, nessa intertemporada do Brasileirão. E foi um misto de show, competência e sorte. O Bahia não jogou. Fez amor com o futebol.

O time entrou em campo para fazer o que nunca havia sido feito: vencer o Bragantino, o 3º colocado de então, em seus domínios. A história desse confronto começa em 1990, e lembro bem disso. O Bahia vinha do título de 1988, conquistado em fevereiro de 1989. O Braga era um time sensação do Brasileirão. Havia vencido a segunda divisão e jogava um futebol absurdo, com um treinador desconhecido de nome estranho — um tal de Wanderley Luxemburgo. E foram jogos dificílimos. O jogo das quartas era considerado uma final antecipada. O Bahia passou, mas parou nas semis pro Corinthians do jovem craque Neto.

Mas, para além do tabu, é preciso ressaltar que Bahia e Bragantino, hoje, voltam a protagonizar um jogo de topo de tabela. Tinha tudo pra ser um jogão.E foi.

O Bragantino pressionava a saída do Bahia, o que dificultava as ações da zaga Tricolor em outros jogos, mas dessa vez o time de Ceni tinha a solução. Tome cruzamento longo pra explorar a velocidade dos extremos. E logo aos 5 minutos, uma bola dessas funciona e abriram-se os caminhos do triunfo.

E COMEÇA O SHOW!

Caos Alexandre, sempre ele, recebe do zagueiro e lança. Ademir recebe na ponta, toca de cabeça, o zagueiro falha, ele avança e sofre a falta. O juiz não marcou, a jogada seguiu. O VAR chamou, ele viu que foi falta e expulsou o Hurtado. Aí, papá! O Red Bull nos deu asas.

Everton encontra Juba, que toca pra Willian, que de calcanhar faz um pivô imoral e disse: faz, Juba. 1×0.

Depois, em nova troca de passes na área dos caras, WJ recebe, gira pra Ademir, que deixa dois de bunda no chão, toca pra Juba, que deixa pra Willian, que abre pra outra ponta, pra Jean Lucas chutar pra fora.

Depois, a bola pela esquerda. Pulga aciona Juba, que toca pra Willian (o homem chegou de vez) no bico da área. Ele faz mais um passe pornográfico pra Everton Ribeiro — de falso 9 — receber e bater. O goleiro defende, mas a bola bate no zagueiro e entra. 2×0.

E aí, com o Touro Vermelho morto, foi tocar a bola e esperar o momento pra bater o último prego do caixão. E ele veio com um golaço.

Erick Pulga toca pra Michel Araujo, que corta o volante e manda um balaço pra fazer o terceiro. 3×0, com requintes de crueldade.

Pulga ainda deixou Kayky de cara pro gol, só que ele acertou o goleiro. Mas já tava de boa.

BORA BAÊA MINHA PORRA!

No Dia dos Namorados, foi puro amor com o futebol. Mostrou que quando se tem um a mais, tem de vencer e dar show. E que não adianta nada ter estádio e não ter torcida. Um espetáculo desses para apenas 3 mil testemunhas é uma vergonha.

O Tricolor trocou 726 passes, sendo 683 certos, um percentual de 94%. E, como o canal Café com Leiro trouxe a informação, o Bahia quebrou um recorde: é agora o time com a maior porcentagem de passes certos da Série A desde 2012 — dados da Opta. Mas eu tô ligado que, pra maioria de vocês, só importou 3 toques pros gols.

Não perca as contas.
O Bahia chega ao seu 24º triunfo em 44 jogos, com apenas 8 derrotas, e está em 5º no Brasileirão. É o time que mais jogou em 2025 no mundo e conseguiu chegar hoje com o time titular completo, sem nenhum lesionado. Isso é um trabalho bem feito, senhores.

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor.

Um comentário

  1. Andreson Matos junho 13, 2025 at 11:35 am - Reply

    Parabéns Erik, deu show, abraço.

Diga aí. Que achou?

Compartilhe nas redes

Show, sorte e amor pelo futebol – por Erick Cerqueira

Por Por 13/ 06/ 2025Categorias: Bahia, Campeonato Brasileiro, Notícias

Fala, Nação Tricolor! Mais um triunfo fora, mais um tabu batido, mais uma vez estamos nós no G6. E esse triunfo tem um gostinho especial, porque ficaremos nesse G6 por pelo menos um mês, nessa intertemporada do Brasileirão. E foi um misto de show, competência e sorte. O Bahia não jogou. Fez amor com o futebol.

O time entrou em campo para fazer o que nunca havia sido feito: vencer o Bragantino, o 3º colocado de então, em seus domínios. A história desse confronto começa em 1990, e lembro bem disso. O Bahia vinha do título de 1988, conquistado em fevereiro de 1989. O Braga era um time sensação do Brasileirão. Havia vencido a segunda divisão e jogava um futebol absurdo, com um treinador desconhecido de nome estranho — um tal de Wanderley Luxemburgo. E foram jogos dificílimos. O jogo das quartas era considerado uma final antecipada. O Bahia passou, mas parou nas semis pro Corinthians do jovem craque Neto.

Mas, para além do tabu, é preciso ressaltar que Bahia e Bragantino, hoje, voltam a protagonizar um jogo de topo de tabela. Tinha tudo pra ser um jogão.E foi.

O Bragantino pressionava a saída do Bahia, o que dificultava as ações da zaga Tricolor em outros jogos, mas dessa vez o time de Ceni tinha a solução. Tome cruzamento longo pra explorar a velocidade dos extremos. E logo aos 5 minutos, uma bola dessas funciona e abriram-se os caminhos do triunfo.

E COMEÇA O SHOW!

Caos Alexandre, sempre ele, recebe do zagueiro e lança. Ademir recebe na ponta, toca de cabeça, o zagueiro falha, ele avança e sofre a falta. O juiz não marcou, a jogada seguiu. O VAR chamou, ele viu que foi falta e expulsou o Hurtado. Aí, papá! O Red Bull nos deu asas.

Everton encontra Juba, que toca pra Willian, que de calcanhar faz um pivô imoral e disse: faz, Juba. 1×0.

Depois, em nova troca de passes na área dos caras, WJ recebe, gira pra Ademir, que deixa dois de bunda no chão, toca pra Juba, que deixa pra Willian, que abre pra outra ponta, pra Jean Lucas chutar pra fora.

Depois, a bola pela esquerda. Pulga aciona Juba, que toca pra Willian (o homem chegou de vez) no bico da área. Ele faz mais um passe pornográfico pra Everton Ribeiro — de falso 9 — receber e bater. O goleiro defende, mas a bola bate no zagueiro e entra. 2×0.

E aí, com o Touro Vermelho morto, foi tocar a bola e esperar o momento pra bater o último prego do caixão. E ele veio com um golaço.

Erick Pulga toca pra Michel Araujo, que corta o volante e manda um balaço pra fazer o terceiro. 3×0, com requintes de crueldade.

Pulga ainda deixou Kayky de cara pro gol, só que ele acertou o goleiro. Mas já tava de boa.

BORA BAÊA MINHA PORRA!

No Dia dos Namorados, foi puro amor com o futebol. Mostrou que quando se tem um a mais, tem de vencer e dar show. E que não adianta nada ter estádio e não ter torcida. Um espetáculo desses para apenas 3 mil testemunhas é uma vergonha.

O Tricolor trocou 726 passes, sendo 683 certos, um percentual de 94%. E, como o canal Café com Leiro trouxe a informação, o Bahia quebrou um recorde: é agora o time com a maior porcentagem de passes certos da Série A desde 2012 — dados da Opta. Mas eu tô ligado que, pra maioria de vocês, só importou 3 toques pros gols.

Não perca as contas.
O Bahia chega ao seu 24º triunfo em 44 jogos, com apenas 8 derrotas, e está em 5º no Brasileirão. É o time que mais jogou em 2025 no mundo e conseguiu chegar hoje com o time titular completo, sem nenhum lesionado. Isso é um trabalho bem feito, senhores.

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Um comentário

  1. Andreson Matos junho 13, 2025 at 11:35 am - Reply

    Parabéns Erik, deu show, abraço.

Diga aí. Que achou?

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor.

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