Eu gostaria muito de estar falando apenas no sentido figurado, mas o que o árbitro de campo fez ontem é digno de cinema, foi literalmente um assalto. O desafio desta semana será encontrar um torcedor das Sereias de Itinga que reconheça isso.
Não é novidade que as Sereias de Itinga estão melhores do que nós, como uma consequência natural do dinheiro investido na montagem de seu elenco pelo grupo City. Dito isso, qualquer torcedor do Vitória sabia que, em um clássico, tudo pode acontecer e, de fato, aconteceu.
A exemplo do que ocorreu em nossa última partida contra o Náutico, na qual perdemos pelo mesmo placar de ontem, jogamos muito mal. Contra o Timbu, não chutamos uma bola no gol e, infelizmente, o mesmo cenário se repetiu no jogo de ontem. Na partida de eliminação da Copa do Brasil, critiquei a escolha do plano de jogo feita por Carpini e afirmei que este foi seu primeiro erro decisivo na temporada. No entanto, tomar um gol nos primeiros cinco ou seis minutos derruba qualquer estratégia.
O Náutico ensinou ao Jahia como nos vencer: basta aproximar as linhas de marcação e nos forçar a depender exclusivamente de Wellington Rato, que, até agora, não conseguiu fazer uma partida no nível do potencial que tem. A diferença no jogo de ontem foi que os caras têm um elenco qualificado, nos anularam em grande parte do jogo e souberam explorar muito bem nossas deficiências.
O PETELECO OS TROUXE À FINAL, A CABEÇADA PODE DAR O TÍTULO
Há uma tese absurda que a torcida das Sereias defende: o fato de Fábio Mota ser amigo de Ednaldo (algo que ele nunca escondeu) e ter pintado seu rosto no muro do Barradão seria uma prova cabal de que a arbitragem os prejudicaria em algum momento. Na rodada passada, contra a Jacuipense, já estava evidente o quão bizarra é essa lógica, afinal, um jogador foi expulso por conta de um peteleco interpretado como agressão.
Ontem, enquanto o jogo estava 1×0 para eles, Everton Ribeiro acertou uma cabeçada em Neris. O árbitro de vídeo chamou o árbitro de campo, mas este não considerou o lance como agressão, baseando-se nas “vozes de sua cabeça”, pois sequer olhou o vídeo. Os argumentos das pititingas usados diante do Leão do Sisal — “o árbitro seguiu a regra”, “o jogador da Jacu foi imprudente”, “o que importa é a intenção do agressor” — foram convenientemente esquecidos.
A óbvia expulsão de Everton mudaria completamente a dinâmica desta primeira partida e levaria para o segundo confronto no Barradão duas baixas no time deles, já que o centroavante não jogará por conta da convocação para a seleção de seu país, e Everton cumpriria suspensão automática.
AGORA É NO BARRADÃO
Não vou negar nem tentar brigar com a realidade: a missão que temos na segunda partida da final é duríssima. Sabemos que no futebol, sobretudo em um clássico, tudo pode acontecer, mas se nosso time jogar da mesma forma que ontem, o título já é dos caras.
Vai ver que o pênalti defendido por Arcanjo, evitando o gol que praticamente selaria a decisão, foi um sinal de que podemos buscar essa diferença. Eu não costumo fazer isso, mas farei: o Vitória vai devolver o placar no Barradão, e a decisão será nos pênaltis (pela primeira vez na história), com nosso goleiro pegando dois — um de Pulga e outro de Everton Ribeiro.
Eu ouvi um amém, igreja?
Diga aí. Que achou?
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NA CARA DURA – POR EMERSON LEANDRO SILVA
Eu gostaria muito de estar falando apenas no sentido figurado, mas o que o árbitro de campo fez ontem é digno de cinema, foi literalmente um assalto. O desafio desta semana será encontrar um torcedor das Sereias de Itinga que reconheça isso.
Não é novidade que as Sereias de Itinga estão melhores do que nós, como uma consequência natural do dinheiro investido na montagem de seu elenco pelo grupo City. Dito isso, qualquer torcedor do Vitória sabia que, em um clássico, tudo pode acontecer e, de fato, aconteceu.
A exemplo do que ocorreu em nossa última partida contra o Náutico, na qual perdemos pelo mesmo placar de ontem, jogamos muito mal. Contra o Timbu, não chutamos uma bola no gol e, infelizmente, o mesmo cenário se repetiu no jogo de ontem. Na partida de eliminação da Copa do Brasil, critiquei a escolha do plano de jogo feita por Carpini e afirmei que este foi seu primeiro erro decisivo na temporada. No entanto, tomar um gol nos primeiros cinco ou seis minutos derruba qualquer estratégia.
O Náutico ensinou ao Jahia como nos vencer: basta aproximar as linhas de marcação e nos forçar a depender exclusivamente de Wellington Rato, que, até agora, não conseguiu fazer uma partida no nível do potencial que tem. A diferença no jogo de ontem foi que os caras têm um elenco qualificado, nos anularam em grande parte do jogo e souberam explorar muito bem nossas deficiências.
O PETELECO OS TROUXE À FINAL, A CABEÇADA PODE DAR O TÍTULO
Há uma tese absurda que a torcida das Sereias defende: o fato de Fábio Mota ser amigo de Ednaldo (algo que ele nunca escondeu) e ter pintado seu rosto no muro do Barradão seria uma prova cabal de que a arbitragem os prejudicaria em algum momento. Na rodada passada, contra a Jacuipense, já estava evidente o quão bizarra é essa lógica, afinal, um jogador foi expulso por conta de um peteleco interpretado como agressão.
Ontem, enquanto o jogo estava 1×0 para eles, Everton Ribeiro acertou uma cabeçada em Neris. O árbitro de vídeo chamou o árbitro de campo, mas este não considerou o lance como agressão, baseando-se nas “vozes de sua cabeça”, pois sequer olhou o vídeo. Os argumentos das pititingas usados diante do Leão do Sisal — “o árbitro seguiu a regra”, “o jogador da Jacu foi imprudente”, “o que importa é a intenção do agressor” — foram convenientemente esquecidos.
A óbvia expulsão de Everton mudaria completamente a dinâmica desta primeira partida e levaria para o segundo confronto no Barradão duas baixas no time deles, já que o centroavante não jogará por conta da convocação para a seleção de seu país, e Everton cumpriria suspensão automática.
AGORA É NO BARRADÃO
Não vou negar nem tentar brigar com a realidade: a missão que temos na segunda partida da final é duríssima. Sabemos que no futebol, sobretudo em um clássico, tudo pode acontecer, mas se nosso time jogar da mesma forma que ontem, o título já é dos caras.
Vai ver que o pênalti defendido por Arcanjo, evitando o gol que praticamente selaria a decisão, foi um sinal de que podemos buscar essa diferença. Eu não costumo fazer isso, mas farei: o Vitória vai devolver o placar no Barradão, e a decisão será nos pênaltis (pela primeira vez na história), com nosso goleiro pegando dois — um de Pulga e outro de Everton Ribeiro.
Eu ouvi um amém, igreja?