UM TIME DE PRIMEIRA – POR EMERSON LEANDRO SILVA

Há inúmeras formas de começar este texto e exaltar a vitória maiúscula do Leão ontem, frente ao Fortaleza. Uns dirão que amassamos o time cearense, que o dominamos, tiramos onda e que nossa torcida intimidou os caras desde o inicio com o ecoar de mais vinte nove mil torcedores rubro-negros apaixonados. Tudo isso é verdade, aconteceu e seria justo começar assim, mas o destino ou se preferir os deuses do futebol sorriram para nós de um jeito que não conseguimos compreender no início, mas que ficou claro no decorrer da partida.

Logo no primeiro lance da partida, Matheusinho, nossa referência técnica, que carregou o time de maneira heroica diversas vezes, desde a segunda divisão, machucou o tornozelo (e olha que por conta de uma luxação no joelho ele era dúvida) em um lance aparentemente simples. O jogo parecia que ganharia contornos de dramaticidade e agonia, algo tão comum nesta nossa trajetória. Mas, a verdade é que com a entrada de Mosquito (que deu o passe pra o primeiro gol) ficou evidente estávamos diante de um outro tipo de jogo.

O CARPINISMO É UMA REALIDADE

A maneira como o Vitória venceu o Fortaleza é responsabilidade do desenho tático que Carpini empregou. O plano de jogo era permitir que o Fortaleza ficasse com a bola, uma estratégia certíssima visto que o time cearense é um dos times que menos gostam de ficar com a bola. Se isto é um fato, é plausível supor que se eles fossem obrigados a ficar com ela, rifariam ou cometeriam erros. É obvio que isto não é o bastante, por isso Carpini foi a campo com três zagueiros (que diga-se passagem comeram a bola) e pôs Lucas esteves e Carceres para jogarem nas costas dos laterais dos caras.

Não foi o montinho artilheiro, falha do sistema defensivo que em dois golpes de sorte nos favoreceram. O Vitória transformou o leão do Pici em um gatinho manso e inofensivo, graças ao posicionamento estratégico de Carpini e o foco do artilheiro do campeonato. Isto é resultado de muito treino.

No futebol é muito comum exaltar os profissionais a partir dos resultados que eles alcançam, como se ele, o resultado, não fosse fruto de inúmeras pequenas decisões que ajustam as rotas. Fabio Mota desde o início da competição dizia que objetivo era uma competição internacional e muita gente desacreditava, e certamente está sendo obrigado a rever sua decisão. Ele demitiu Condé, xodó da torcida, trouxe Carpini que logo de cara mandou embora nomes cuja torcida idolatrava e o tempo provou que estavam certos.

FOI BOM, MAS AINDA É POUCO

O momento é de exaltar o resultado de ontem que garantiu matematicamente nossa permanência (embora eu deseje que consigamos a vaga para uma competição internacional). Carpini pegou um elenco fragilizado psicologicamente e com deficiência muitos maiores do que a que temos ainda hoje e conseguiu imprimir um nível de competitividade que nos fez enfrentar elencos milionários com cabeça erguida. Se tudo caminhar bem para a sua renovação e o Vitória manter a base, dispensar alguns “pesos-mortos”, montar um elenco robusto, só Deus sabe aonde podemos chegar.

 

 

É Rubro-negro de corpo, alma e coração. Além de escritor, Relações Públicas, Consultor de Marketing Digital e Social Media.

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UM TIME DE PRIMEIRA – POR EMERSON LEANDRO SILVA

Há inúmeras formas de começar este texto e exaltar a vitória maiúscula do Leão ontem, frente ao Fortaleza. Uns dirão que amassamos o time cearense, que o dominamos, tiramos onda e que nossa torcida intimidou os caras desde o inicio com o ecoar de mais vinte nove mil torcedores rubro-negros apaixonados. Tudo isso é verdade, aconteceu e seria justo começar assim, mas o destino ou se preferir os deuses do futebol sorriram para nós de um jeito que não conseguimos compreender no início, mas que ficou claro no decorrer da partida.

Logo no primeiro lance da partida, Matheusinho, nossa referência técnica, que carregou o time de maneira heroica diversas vezes, desde a segunda divisão, machucou o tornozelo (e olha que por conta de uma luxação no joelho ele era dúvida) em um lance aparentemente simples. O jogo parecia que ganharia contornos de dramaticidade e agonia, algo tão comum nesta nossa trajetória. Mas, a verdade é que com a entrada de Mosquito (que deu o passe pra o primeiro gol) ficou evidente estávamos diante de um outro tipo de jogo.

O CARPINISMO É UMA REALIDADE

A maneira como o Vitória venceu o Fortaleza é responsabilidade do desenho tático que Carpini empregou. O plano de jogo era permitir que o Fortaleza ficasse com a bola, uma estratégia certíssima visto que o time cearense é um dos times que menos gostam de ficar com a bola. Se isto é um fato, é plausível supor que se eles fossem obrigados a ficar com ela, rifariam ou cometeriam erros. É obvio que isto não é o bastante, por isso Carpini foi a campo com três zagueiros (que diga-se passagem comeram a bola) e pôs Lucas esteves e Carceres para jogarem nas costas dos laterais dos caras.

Não foi o montinho artilheiro, falha do sistema defensivo que em dois golpes de sorte nos favoreceram. O Vitória transformou o leão do Pici em um gatinho manso e inofensivo, graças ao posicionamento estratégico de Carpini e o foco do artilheiro do campeonato. Isto é resultado de muito treino.

No futebol é muito comum exaltar os profissionais a partir dos resultados que eles alcançam, como se ele, o resultado, não fosse fruto de inúmeras pequenas decisões que ajustam as rotas. Fabio Mota desde o início da competição dizia que objetivo era uma competição internacional e muita gente desacreditava, e certamente está sendo obrigado a rever sua decisão. Ele demitiu Condé, xodó da torcida, trouxe Carpini que logo de cara mandou embora nomes cuja torcida idolatrava e o tempo provou que estavam certos.

FOI BOM, MAS AINDA É POUCO

O momento é de exaltar o resultado de ontem que garantiu matematicamente nossa permanência (embora eu deseje que consigamos a vaga para uma competição internacional). Carpini pegou um elenco fragilizado psicologicamente e com deficiência muitos maiores do que a que temos ainda hoje e conseguiu imprimir um nível de competitividade que nos fez enfrentar elencos milionários com cabeça erguida. Se tudo caminhar bem para a sua renovação e o Vitória manter a base, dispensar alguns “pesos-mortos”, montar um elenco robusto, só Deus sabe aonde podemos chegar.

 

 

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