UM INÍCIO DESOLADOR – POR EMERSON LEANDRO SILVA

O Vitória ainda não fez sua estreia no Brasileirão. Nada do que foi apresentado ontem lembra remotamente a equipe que fez jogos incríveis no ano passado com um elenco inferior ao que temos hoje. Eu falei que, no último jogo do Baianão, tínhamos entrado em campo com uma postura que precisava ser levada para nossa estreia, mas, é claro, isso não aconteceu.

O jogo de ontem começou com uma postura de pressão no adversário muito interessante, mas de nada adianta controlar a partida, manter a posse de bola e não ser efetivo. Durante toda o jogo, o Vitória oscilou entre a lentidão e o desespero de correr de maneira atabalhoada, sem conseguir oferecer perigo algum ao adversário. Francamente, só consigo me lembrar de dois chutes certos em gol durante todo o jogo.

É muito pouco.

O primeiro gol, mesmo que caia no colo de Neris por conta de uma trapalhada absurda — que, na Série de elite do Brasileirão, é fatal —, reflete o quanto todo o time entrou em campo com uma morosidade absurda. O segundo gol foi um replay do primeiro, com requintes de crueldade, depois do desvio em Halter. A equipe, sem Baralhas, cai de maneira acentuada e, para completar, Ronald e Rhyler não foram bem.

A escalação de Neris pela esquerda foi, a meu ver, motivada por deixá-lo em uma faixa de campo na qual ele não disputasse com Ênio, que, muito veloz, em tese venceria todas as disputas, visto que nosso defensor é muito lento. Obviamente, se essa era a ideia, também não deu certo.

RATO ESTÁ ROENDO A CORDA?

Até aqui, não vimos uma apresentação de Wellington à altura do investimento e da expectativa que fizemos. Isso é um fato. Os burburinhos de que ele está fazendo “”, a meu ver, não fazem o menor sentido. Há ainda a informação, dada há algum tempo por Carpini em uma coletiva, de que ele está passando por problemas pessoais. Tudo isso se traduz em atuações muito apagadas do atleta e pouco efetivas também em situações de jogo das quais ele é especialista, como a bola parada.

Tiago Carpini já falou abertamente sobre sua filosofia de recuperação de atletas, sua confiança em Rato e seu mantra de “não desistir de ninguém”. Essa leitura do elenco, no ano passado e também neste ano, mostrou, através de seus resultados, ser a postura correta, mas não deixa de ser irritante notar a baixa rotação do atleta em grande parte das partidas que disputou até então.

Se nosso técnico acertar novamente e todos nós estivermos errados, será um gênio. O problema é que, no futebol brasileiro, entre um “se” e outro, cargos são perdidos, e um excelente trabalho como o de Carpini pode ser classificado como insuficiente. É tosco, mas é assim que a banda toca em terras tupiniquins desde que o mundo é mundo. O jogo de quarta-feira, na nossa estreia pela Sul-Americana, vai acrescentar um ingrediente a mais nessa mistura. Resta saber se ele será saboroso, como são as vitórias em nosso santuário, ou será indigesto de mais uma derrota.

O jogo desta quarta-feira, na estreia pela Copa Sul-Americana, será contra o Universidad de Quito, no Barradão, às 21h30 (horário de Brasília). Já há 17 mil check-ins feitos pela Nação Colossal, e eu espero que façamos uma boa estreia na competição, sem a apatia que apresentamos ontem à noite.

 

É Rubro-negro de corpo, alma e coração. Além de escritor, Relações Públicas, Consultor de Marketing Digital e Social Media.

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O Vitória ainda não fez sua estreia no Brasileirão. Nada do que foi apresentado ontem lembra remotamente a equipe que fez jogos incríveis no ano passado com um elenco inferior ao que temos hoje. Eu falei que, no último jogo do Baianão, tínhamos entrado em campo com uma postura que precisava ser levada para nossa estreia, mas, é claro, isso não aconteceu.

O jogo de ontem começou com uma postura de pressão no adversário muito interessante, mas de nada adianta controlar a partida, manter a posse de bola e não ser efetivo. Durante toda o jogo, o Vitória oscilou entre a lentidão e o desespero de correr de maneira atabalhoada, sem conseguir oferecer perigo algum ao adversário. Francamente, só consigo me lembrar de dois chutes certos em gol durante todo o jogo.

É muito pouco.

O primeiro gol, mesmo que caia no colo de Neris por conta de uma trapalhada absurda — que, na Série de elite do Brasileirão, é fatal —, reflete o quanto todo o time entrou em campo com uma morosidade absurda. O segundo gol foi um replay do primeiro, com requintes de crueldade, depois do desvio em Halter. A equipe, sem Baralhas, cai de maneira acentuada e, para completar, Ronald e Rhyler não foram bem.

A escalação de Neris pela esquerda foi, a meu ver, motivada por deixá-lo em uma faixa de campo na qual ele não disputasse com Ênio, que, muito veloz, em tese venceria todas as disputas, visto que nosso defensor é muito lento. Obviamente, se essa era a ideia, também não deu certo.

RATO ESTÁ ROENDO A CORDA?

Até aqui, não vimos uma apresentação de Wellington à altura do investimento e da expectativa que fizemos. Isso é um fato. Os burburinhos de que ele está fazendo “”, a meu ver, não fazem o menor sentido. Há ainda a informação, dada há algum tempo por Carpini em uma coletiva, de que ele está passando por problemas pessoais. Tudo isso se traduz em atuações muito apagadas do atleta e pouco efetivas também em situações de jogo das quais ele é especialista, como a bola parada.

Tiago Carpini já falou abertamente sobre sua filosofia de recuperação de atletas, sua confiança em Rato e seu mantra de “não desistir de ninguém”. Essa leitura do elenco, no ano passado e também neste ano, mostrou, através de seus resultados, ser a postura correta, mas não deixa de ser irritante notar a baixa rotação do atleta em grande parte das partidas que disputou até então.

Se nosso técnico acertar novamente e todos nós estivermos errados, será um gênio. O problema é que, no futebol brasileiro, entre um “se” e outro, cargos são perdidos, e um excelente trabalho como o de Carpini pode ser classificado como insuficiente. É tosco, mas é assim que a banda toca em terras tupiniquins desde que o mundo é mundo. O jogo de quarta-feira, na nossa estreia pela Sul-Americana, vai acrescentar um ingrediente a mais nessa mistura. Resta saber se ele será saboroso, como são as vitórias em nosso santuário, ou será indigesto de mais uma derrota.

O jogo desta quarta-feira, na estreia pela Copa Sul-Americana, será contra o Universidad de Quito, no Barradão, às 21h30 (horário de Brasília). Já há 17 mil check-ins feitos pela Nação Colossal, e eu espero que façamos uma boa estreia na competição, sem a apatia que apresentamos ontem à noite.

 

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