O nosso ano começou com quinze pontos em quinze rodadas e uma promessa de Fábio Mota, nosso presidente, de que iriamos a Sul-Americana. Ele foi ridicularizado pela imprensa esportiva do estado, obviamente. Mas, ontem ele calou a boca de todos.
Há quem acredite que o objetivo do Vitória era superar o Çity-sem-teto-de-Itinga. Discutir com estes seres aquáticos é como jogar xadrez com pombos. Entramos em campo ontem visando atingir o nosso segundo objetivo no ano, nos classificarmos para uma competição internacional. (eram dois. O primeiro, foi nos mantermos na elite, mesmo com todas nossas deficiências financeiras e limitações no elenco). Antes do início da partida, tínhamos a chance remota de irmos até mesmo para a libertadores. Era improvável, mas não impossível.
A torcida do Vitória finalmente tem motivos para comemorar este ano. Desde o início sabíamos que seria sofrido. Nosso retorno a Sul-Americana oito anos depois para nossa sexta participação é fruto de um alinhamento entre o que nossa diretoria disse que aconteceria e, mesmo com todos os percalços do caminho, trabalhou para que tornar-se real.
SUL-AMERICANA, MINHA PRETA, VOLTAMOS
Jogando em casa diante de um Grêmio competitivo, o empate em 1 a 1 pode até não ter sido o resultado ideal para quem sonhava com uma virada épica, mas foi o suficiente para sacramentar o retorno do Rubro-Negro a uma competição internacional após oito anos. E, convenhamos, quem saiu triste do Barradão? Com certeza, nenhum dos mais de 26 mil torcedores presentes, que viram um time aguerrido e focado em alcançar seu principal objetivo na Série A: a classificação para a Copa Sul-Americana.
Carpini manteve a base que venceu o Fortaleza, com apenas uma mudança: Gustavo Mosquito substituiu Matheusinho, que, lesionado, está fora da temporada. A escolha mostrou-se acertada, pois foi justamente Mosquito quem liderou as ações ofensivas no início da partida. O Vitória começou marcando alto, pressionando o Grêmio e criando boas oportunidades, mas esbarramos em nossa deficiência técnica e capricho nas decisões no último terço do campo.
A nossa comumente sólida defesa deixou espaços perigosos. Aos 37 minutos, Pavon encontrou João Pedro livre na área, após um lance confuso que expôs algumas fragilidades de nosso sistema defensivo, os caras abriram o placar. O gol gremista não nos desanimou e logo em seguida respondemos com Mosquito quase empatando a partida.
CARPINI ACERTOU, ALERRANDRO E CÁCERES TAMBÉM
Voltamos dos vestiários com uma mexida ousada de Carpini, digna de quem quer algo muito além da simples confirmação na Sul-Americana, mas sim brigar pela vaga na Libertadores (mesmo 2% de chance). Ele tirou o zagueiro Edu e colocou Carlos Eduardo, aumentando o poder ofensivo. A mudança surtiu efeito imediato: o Vitória cresceu na partida, criou boas chances e chegou ao empate em uma bela assistência de Cáceres que fabricou um passe açucarado para Alerrandro, que subiu no meio da zaga gremista, e de cabeça deslocou Caique para balançar as redes.
Mesmo com o ritmo diminuído nos minutos finais, ficou clara a postura de um time que sabe onde quer chegar. A classificação para a Sul-Americana é um marco da reação espetacular do Vitória no returno. Agora, com a vaga garantida, o último compromisso da temporada contra o Flamengo, no Maracanã, será uma oportunidade de coroar essa campanha de superação e fechar o ano com a cabeça erguida.
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O VITÓRIA É PRA QUEM ACREDITA – POR EMERSON LEANDRO SILVA
O nosso ano começou com quinze pontos em quinze rodadas e uma promessa de Fábio Mota, nosso presidente, de que iriamos a Sul-Americana. Ele foi ridicularizado pela imprensa esportiva do estado, obviamente. Mas, ontem ele calou a boca de todos.
Há quem acredite que o objetivo do Vitória era superar o Çity-sem-teto-de-Itinga. Discutir com estes seres aquáticos é como jogar xadrez com pombos. Entramos em campo ontem visando atingir o nosso segundo objetivo no ano, nos classificarmos para uma competição internacional. (eram dois. O primeiro, foi nos mantermos na elite, mesmo com todas nossas deficiências financeiras e limitações no elenco). Antes do início da partida, tínhamos a chance remota de irmos até mesmo para a libertadores. Era improvável, mas não impossível.
A torcida do Vitória finalmente tem motivos para comemorar este ano. Desde o início sabíamos que seria sofrido. Nosso retorno a Sul-Americana oito anos depois para nossa sexta participação é fruto de um alinhamento entre o que nossa diretoria disse que aconteceria e, mesmo com todos os percalços do caminho, trabalhou para que tornar-se real.
SUL-AMERICANA, MINHA PRETA, VOLTAMOS
Jogando em casa diante de um Grêmio competitivo, o empate em 1 a 1 pode até não ter sido o resultado ideal para quem sonhava com uma virada épica, mas foi o suficiente para sacramentar o retorno do Rubro-Negro a uma competição internacional após oito anos. E, convenhamos, quem saiu triste do Barradão? Com certeza, nenhum dos mais de 26 mil torcedores presentes, que viram um time aguerrido e focado em alcançar seu principal objetivo na Série A: a classificação para a Copa Sul-Americana.
Carpini manteve a base que venceu o Fortaleza, com apenas uma mudança: Gustavo Mosquito substituiu Matheusinho, que, lesionado, está fora da temporada. A escolha mostrou-se acertada, pois foi justamente Mosquito quem liderou as ações ofensivas no início da partida. O Vitória começou marcando alto, pressionando o Grêmio e criando boas oportunidades, mas esbarramos em nossa deficiência técnica e capricho nas decisões no último terço do campo.
A nossa comumente sólida defesa deixou espaços perigosos. Aos 37 minutos, Pavon encontrou João Pedro livre na área, após um lance confuso que expôs algumas fragilidades de nosso sistema defensivo, os caras abriram o placar. O gol gremista não nos desanimou e logo em seguida respondemos com Mosquito quase empatando a partida.
CARPINI ACERTOU, ALERRANDRO E CÁCERES TAMBÉM
Voltamos dos vestiários com uma mexida ousada de Carpini, digna de quem quer algo muito além da simples confirmação na Sul-Americana, mas sim brigar pela vaga na Libertadores (mesmo 2% de chance). Ele tirou o zagueiro Edu e colocou Carlos Eduardo, aumentando o poder ofensivo. A mudança surtiu efeito imediato: o Vitória cresceu na partida, criou boas chances e chegou ao empate em uma bela assistência de Cáceres que fabricou um passe açucarado para Alerrandro, que subiu no meio da zaga gremista, e de cabeça deslocou Caique para balançar as redes.
Mesmo com o ritmo diminuído nos minutos finais, ficou clara a postura de um time que sabe onde quer chegar. A classificação para a Sul-Americana é um marco da reação espetacular do Vitória no returno. Agora, com a vaga garantida, o último compromisso da temporada contra o Flamengo, no Maracanã, será uma oportunidade de coroar essa campanha de superação e fechar o ano com a cabeça erguida.