A verdade é que nós não temos uma equipe que nos encha os olhos em cada partida deste brasileirão. Estamos longe disto, mas já estivemos muito mais longe. Se diante do Corinthians deixamos um “gol dado” escapar e sofremos uma virada dolorosa, desta vez aproveitamos o que nos foi oferecido. Foi sofrido, é verdade, mas fizemos o suficiente para vencer por 1 a 0 e dar um passo crucial rumo à permanência na Série A.
A escalação inicial não trouxe grandes surpresas. Thiago Carpini manteve a estrutura com dois zagueiros e contou com os retornos de Lucas Esteves (que segue voando em campo, mas ontem por conta das condições do tempo, não conseguiu desenvolver muito bem ofensivamente) e Willian Oliveira, que cumpriram suspensão no jogo anterior. Neris, ainda fora por problemas físicos, não esteve à disposição, e Ricardo Ryller teve mais uma chance entre os titulares, compondo um meio-campo que frequentemente sofre alterações.
O primeiro tempo não foi animador. Mesmo com a expulsão do jogador do Criciúma, aos 26 minutos, tivemos dificuldade em criar oportunidades claras. O Trigre começou controlando a posse, enquanto nós buscávamos o contra-ataque, ora pela velocidade dos pontas, ora na ligação direta. Apesar disso, nossa defesa esteve firme, limitando os donos da casa a uma única chance real, em cabeçada de Cárceres em disputa com Bolasie que no “fogo amigo” obrigou Lucas Arcanjo a fazer aquilo que sempre faz em nossas partidas, um milagre.
A expulsão do time dos caras foi um momento chave. Aqui é preciso exaltar, mais uma vez o quanto Carlos Eduardo tem sido extremamente útil a nossa equipe, em uma disputa acirrada, ele conseguiu provocar a falta que resultou no cartão vermelho. Lucas Esteves cobrou com precisão, acertando a trave, mas a mudança que esperávamos não veio de imediato. Continuamos rodando a bola sem efetividade, enquanto o Criciúma, mesmo em desvantagem numérica, arriscava chutes de longa distância.
Carpini muda e decide
No intervalo, Carpini fez a mudança que mudou o jogo. Gustavo Mosquito, apagado, deu lugar a Janderson, que trouxe mais presença de área e estatura em um duelo onde a bola aérea seria decisiva. Com um jogador a mais, era natural termos mais posse e tentarmos pressionar, mas seguimos com dificuldade para penetrar a defesa adversária.
A solução veio pelo alto. Aos 22 minutos, Matheusinho cobrou escanteio com precisão, e Janderson subiu para marcar o gol que definiu o placar. A partir daí, o jogo ficou mais aberto. O Criciúma, desesperado, partiu para o ataque, e tivemos chances de matar o jogo. Alerrandro perdeu a principal delas, e nos minutos finais, sofremos uma pressão desnecessária, mas que soubemos suportar.
Rumo à permanência
Com o triunfo fora de casa, chegamos aos 41 pontos, abrindo quatro de vantagem para a zona de rebaixamento, a apenas quatro rodadas do fim do Brasileirão. Apesar de termos o líder Botafogo pela frente na próxima rodada, podemos encarar o desafio com confiança. Afinal, são quatro vitórias nos últimos cinco jogos, seis nos últimos nove.
E a matemática está do nosso lado. Segundo o Departamento de Matemática da UFMG, com 41 pontos, temos apenas 3% de risco de rebaixamento. O torcedor rubro-negro já pode começar a respirar aliviado e marcar na agenda o dia do fim do sofrimento. Estamos no caminho certo, e juntos, vamos garantir o nosso lugar na elite.
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NADA GANHO, MAS DEMOS UM GRANDE PASSO – POR EMERSON LEANDRO SILVA
A verdade é que nós não temos uma equipe que nos encha os olhos em cada partida deste brasileirão. Estamos longe disto, mas já estivemos muito mais longe. Se diante do Corinthians deixamos um “gol dado” escapar e sofremos uma virada dolorosa, desta vez aproveitamos o que nos foi oferecido. Foi sofrido, é verdade, mas fizemos o suficiente para vencer por 1 a 0 e dar um passo crucial rumo à permanência na Série A.
A escalação inicial não trouxe grandes surpresas. Thiago Carpini manteve a estrutura com dois zagueiros e contou com os retornos de Lucas Esteves (que segue voando em campo, mas ontem por conta das condições do tempo, não conseguiu desenvolver muito bem ofensivamente) e Willian Oliveira, que cumpriram suspensão no jogo anterior. Neris, ainda fora por problemas físicos, não esteve à disposição, e Ricardo Ryller teve mais uma chance entre os titulares, compondo um meio-campo que frequentemente sofre alterações.
O primeiro tempo não foi animador. Mesmo com a expulsão do jogador do Criciúma, aos 26 minutos, tivemos dificuldade em criar oportunidades claras. O Trigre começou controlando a posse, enquanto nós buscávamos o contra-ataque, ora pela velocidade dos pontas, ora na ligação direta. Apesar disso, nossa defesa esteve firme, limitando os donos da casa a uma única chance real, em cabeçada de Cárceres em disputa com Bolasie que no “fogo amigo” obrigou Lucas Arcanjo a fazer aquilo que sempre faz em nossas partidas, um milagre.
A expulsão do time dos caras foi um momento chave. Aqui é preciso exaltar, mais uma vez o quanto Carlos Eduardo tem sido extremamente útil a nossa equipe, em uma disputa acirrada, ele conseguiu provocar a falta que resultou no cartão vermelho. Lucas Esteves cobrou com precisão, acertando a trave, mas a mudança que esperávamos não veio de imediato. Continuamos rodando a bola sem efetividade, enquanto o Criciúma, mesmo em desvantagem numérica, arriscava chutes de longa distância.
Carpini muda e decide
No intervalo, Carpini fez a mudança que mudou o jogo. Gustavo Mosquito, apagado, deu lugar a Janderson, que trouxe mais presença de área e estatura em um duelo onde a bola aérea seria decisiva. Com um jogador a mais, era natural termos mais posse e tentarmos pressionar, mas seguimos com dificuldade para penetrar a defesa adversária.
A solução veio pelo alto. Aos 22 minutos, Matheusinho cobrou escanteio com precisão, e Janderson subiu para marcar o gol que definiu o placar. A partir daí, o jogo ficou mais aberto. O Criciúma, desesperado, partiu para o ataque, e tivemos chances de matar o jogo. Alerrandro perdeu a principal delas, e nos minutos finais, sofremos uma pressão desnecessária, mas que soubemos suportar.
Rumo à permanência
Com o triunfo fora de casa, chegamos aos 41 pontos, abrindo quatro de vantagem para a zona de rebaixamento, a apenas quatro rodadas do fim do Brasileirão. Apesar de termos o líder Botafogo pela frente na próxima rodada, podemos encarar o desafio com confiança. Afinal, são quatro vitórias nos últimos cinco jogos, seis nos últimos nove.
E a matemática está do nosso lado. Segundo o Departamento de Matemática da UFMG, com 41 pontos, temos apenas 3% de risco de rebaixamento. O torcedor rubro-negro já pode começar a respirar aliviado e marcar na agenda o dia do fim do sofrimento. Estamos no caminho certo, e juntos, vamos garantir o nosso lugar na elite.