Uma parte da torcida do Vitória tem alardeado que deixamos de ganhar três pontos ou que este empate teve sabor de derrota ou algo neste sentido. Nós saímos para duas partidas fora contra um adversário direto e com o líder da competição que, neste ano, nos venceu em todas as partidas e assim o fez “com o pé nas costas”. Eram seis pontos em disputa e nós voltamos com quatro na bagagem e só pode ser brincadeira supor que há algum demérito no empate de ontem.
A defesa mostrou solidez e a equipe exibiu coragem para sair da pressão e avançar ao ataque, elementos que garantiram um desempenho estratégico e consistente. Sofrer o gol nos minutos finais poderia ser frustrante, mas não foi. Pelo contrário, saímos desse duelo com a sensação de dever cumprido, afinal, pontuar contra um time que briga pelo título é um passo firme rumo à permanência na Série A.
Carpini acertou ao apostar novamente no esquema com três zagueiros, que já havia funcionado contra o Athletico. Desta vez, o ataque ganhou ainda mais força com a entrada de Janderson ao lado de Alerrandro. O resultado foi um Vitória que surpreendeu quem esperava um time recuado. Já nos primeiros minutos, ficou claro que o contra-ataque seria a nossa principal arma. Logo de cara, tivemos uma boa chance, com Willian Oliveira.
O que vimos foi uma equipe equilibrada. Defensivamente, o sistema funcionou como um 5-4-1, variando conforme Matheusinho e Janderson flutuavam entre a defesa e o ataque. A consistência defensiva nos deu segurança, enquanto a velocidade no ataque nos permitiu criar chances. Aos 19 minutos, essa postura foi premiada: em uma transição bem trabalhada, Matheusinho cruzou com desvio de Bastos, e Alerrandro dominou e finalizou com categoria. Uma jogada digna de manual.
SEGUNDO TEMPO: CONSISTÊNCIA E AZAR
Voltamos do intervalo com a mesma formação inicial, conscientes de que enfrentaríamos um Botafogo mais ofensivo. Os primeiros dez minutos da etapa complementar foram sufocantes, mas, mesmo sob pressão, Lucas Arcanjo só precisou trabalhar em uma finalização de fora da área.
As mudanças de Carpini trouxeram mais energia ao time: Gustavo Mosquito e Carlos Eduardo entraram para renovar o gás ofensivo. Com isso, conseguimos aliviar a pressão e equilibrar a posse de bola. Contudo, faltou criatividade para ampliar o placar. As alterações finais, como a entrada de Léo Naldi no lugar de Alerrandro, por um lado reforçaram a marcação e nos tiraram do campo de ataque, mas ante nossa limitação de elenco, não havia nada a ser feito visto que o técnico dos caras povoou o meio de campo com atacantes ou meias ofensivos. Aos 42 minutos, veio o empate: uma bola cruzada encontrou nossa defesa desorganizada, e o azar conspirou contra Wagner Leonardo, que acabou desviando para o gol.
PARE DE LOUCURA, NÃO HÁ NADA GANHO
Empatar contra o líder fora de casa é, sim, um grande resultado. A postura do Vitória mostrou maturidade, algo essencial para um time que busca se consolidar na Série A. Thiago Carpini merece crédito pelas escolhas táticas, que equilibraram defesa e ataque.
Agora, com quatro pontos conquistados nos últimos dois jogos fora, voltamos para casa confiantes. O próximo desafio é contra o Fortaleza, no Barradão. Temos tudo para sacramentar de vez nossa permanência e, quem sabe, sonhar mais alto. A Sul-Americana está logo ali, mas antes é preciso manter os pés no chão e trabalhar para superar o próximo desafio duríssimo contra o Leão do Pici.
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Mais um passo firme rumo a permanência na Série A – por Emerson Leandro Silva
Uma parte da torcida do Vitória tem alardeado que deixamos de ganhar três pontos ou que este empate teve sabor de derrota ou algo neste sentido. Nós saímos para duas partidas fora contra um adversário direto e com o líder da competição que, neste ano, nos venceu em todas as partidas e assim o fez “com o pé nas costas”. Eram seis pontos em disputa e nós voltamos com quatro na bagagem e só pode ser brincadeira supor que há algum demérito no empate de ontem.
A defesa mostrou solidez e a equipe exibiu coragem para sair da pressão e avançar ao ataque, elementos que garantiram um desempenho estratégico e consistente. Sofrer o gol nos minutos finais poderia ser frustrante, mas não foi. Pelo contrário, saímos desse duelo com a sensação de dever cumprido, afinal, pontuar contra um time que briga pelo título é um passo firme rumo à permanência na Série A.
Carpini acertou ao apostar novamente no esquema com três zagueiros, que já havia funcionado contra o Athletico. Desta vez, o ataque ganhou ainda mais força com a entrada de Janderson ao lado de Alerrandro. O resultado foi um Vitória que surpreendeu quem esperava um time recuado. Já nos primeiros minutos, ficou claro que o contra-ataque seria a nossa principal arma. Logo de cara, tivemos uma boa chance, com Willian Oliveira.
O que vimos foi uma equipe equilibrada. Defensivamente, o sistema funcionou como um 5-4-1, variando conforme Matheusinho e Janderson flutuavam entre a defesa e o ataque. A consistência defensiva nos deu segurança, enquanto a velocidade no ataque nos permitiu criar chances. Aos 19 minutos, essa postura foi premiada: em uma transição bem trabalhada, Matheusinho cruzou com desvio de Bastos, e Alerrandro dominou e finalizou com categoria. Uma jogada digna de manual.
SEGUNDO TEMPO: CONSISTÊNCIA E AZAR
Voltamos do intervalo com a mesma formação inicial, conscientes de que enfrentaríamos um Botafogo mais ofensivo. Os primeiros dez minutos da etapa complementar foram sufocantes, mas, mesmo sob pressão, Lucas Arcanjo só precisou trabalhar em uma finalização de fora da área.
As mudanças de Carpini trouxeram mais energia ao time: Gustavo Mosquito e Carlos Eduardo entraram para renovar o gás ofensivo. Com isso, conseguimos aliviar a pressão e equilibrar a posse de bola. Contudo, faltou criatividade para ampliar o placar. As alterações finais, como a entrada de Léo Naldi no lugar de Alerrandro, por um lado reforçaram a marcação e nos tiraram do campo de ataque, mas ante nossa limitação de elenco, não havia nada a ser feito visto que o técnico dos caras povoou o meio de campo com atacantes ou meias ofensivos. Aos 42 minutos, veio o empate: uma bola cruzada encontrou nossa defesa desorganizada, e o azar conspirou contra Wagner Leonardo, que acabou desviando para o gol.
PARE DE LOUCURA, NÃO HÁ NADA GANHO
Empatar contra o líder fora de casa é, sim, um grande resultado. A postura do Vitória mostrou maturidade, algo essencial para um time que busca se consolidar na Série A. Thiago Carpini merece crédito pelas escolhas táticas, que equilibraram defesa e ataque.
Agora, com quatro pontos conquistados nos últimos dois jogos fora, voltamos para casa confiantes. O próximo desafio é contra o Fortaleza, no Barradão. Temos tudo para sacramentar de vez nossa permanência e, quem sabe, sonhar mais alto. A Sul-Americana está logo ali, mas antes é preciso manter os pés no chão e trabalhar para superar o próximo desafio duríssimo contra o Leão do Pici.