O jogo de ontem à noite na Arena Pantanal foi palco de um duelo que de maneira educada (por que estou tentando manter minha sanidade mental em dias) eu chamaria de morno. O empate sem gols não trouxe alívio nem para Cuiabá, lanterna do Brasileirão, nem para o Vitória, que continua sua luta contra o rebaixamento. A falta de criatividade e oportunidades claras por parte do rubro negro baiano, além de chances reais desperdiçadas pelo Cuibá contribuíram para que o placar permanecesse inalterado.
O técnico Thiago Carpini decidiu mexer na equipe do Vitória, promovendo cinco alterações em relaçãoa a última escalação na rodada passada, na esperança de um resultado positivo fora de casa. Este ao menos foi o argumento utilizado por ele na coletiva de imprensa do pós-jogo. No entanto, as novidades incluíram a entrada de Caio Vinícius um dos três volantes, na tentativa de fortalecer a defesa que nas ultimas sofreu 11 gols até então, o que ele conseguiu foi deixar o time dependente de contra-ataques para criar chances, tendo um elenco que tem, de fato, como força ofensiva criativa apenas Matheusinho e não pode contar com Osvaldo e Alerrandro que seguem em baixa na competição.
CONSEGUIMOS A FAÇANHA DE “TOMAR CALOR” DO CUIBÁ
Nos primeiros minutos, o reincidente destempero emocional do Vitória apareceu e Wagner Leonardo e Caio Vinícius, receberam cartões amarelos com 10 minutos de jogo. No entanto, à medida que o jogo avançava, felizmente nós conseguimos acalmar os ânimos e criar algumas oportunidades. A verdade é que, de fato, nenhuma delas poderiam ser classificadas como chances perigosas. Osvaldo e Matheusinho testaram o goleiro Walter de fora da área, mas a meu ver nossa única chance real foi desperdiçada por Caio Vinícius, de frente para o gol, tendo o canto todo aberto, depois de um passe açucarado de Alerrandro que ele bateu torto de canhota, mandando pra fora nossas esperanças.
A impressão que tive no decorrer da partida é que as duas equipes sabiam que o resultado era ruim, mas apenas o Cuiabá, por incrível que pareça se olharmos apenas as posições na tabela, é que esteve mais perto de abrir o placar e fazer o seu primeiro gol na competição. Depois de um erro nosso na saída de bola do Vitória, Wagner Leonardo presenteia o atacante dos caras e Isidro Pitta, depois de deixar Camutanga na saudade, acerta um foguete no travessão.
PODERIA SER PIOR, MAS CALMA, AINDA TINHA O SEGUNDO TEMPO
Na parte final do jogo, a gente conseguiu piorar nossa atuação. Carpini, a exemplo do que fez no jogo contra o Atletico-GO, retirou Matheusinho e, a primeira pergunta que me fiz foi “quem vai armar os nossos ataques agora?” Wiliam Oliveira, que durante a vida inteira jogou como volante, não tem capacidade criativa para isto e de nada adiantou trocar Osvaldo por Janderson se não há quem faça a bola chegar nos caras. Em casa, sozinho eu gritava como um louco alucinado “bota Jean Mota, véi” por que a desconexão entre o meio-campo e o ataque era evidente.
A verdade é que Carpini foi a Cuibá para pontuar e, até então era isto que ele estava conseguindo, muito mais por conta da incapacidade do Dourado fazer gols, do que por conta de uma atuação sólida de sua escalação retranqueira. Mas, de todo este cenário extremamente preocupante o que mais me irrita é saber que Carpini pode estar certo. Até julho, quando abre a janela de contratações, ele terá de se virar com o elenco que tem nas mãos. Eu, como torcedor, queria que ele pusesse o time para cima, mete-se um 3-5-2 com Wellean Lepo e Lucas Esteves como alas, Janderson e Matheusinho no ataque, Wilian Oliveira, Léo Naldi e Jean Mota no meio-campo e a zaga com Wagner Leonardo, Camutanga e Reynaldo.
O grande lance é que este meu time dos sonhos é fácil de ser montado por que estou sentando em casa confortavelmente e não tenho responsabilidade alguma se acaso na ânsia de ser ofensivo demais, nós perdêssemos para o limitadíssimo Cuiabá. Então, mesmo discordando veementemente da postura do time, sua escalação e entendendo que o resultado foi ruim, ainda assim, eu entendo a lógica de Carpini e temo que ele possa estar certo, ante a limitação deste atual elenco.
Nós seguimos na 19ª posição com apenas dois pontos, enfrenta o Juventude na próxima terça-feira. O jogo será no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, onde a equipe baiana buscará desesperadamente sua primeira vitória para tentar sair da zona de rebaixamento. É necessário mais do que um equilíbrio defensivo para somar vitórias; o Vitória precisa urgentemente melhorar seu desempenho ofensivo e tático se quiser evitar a queda para a Série B.
Diga aí. Que achou?
Compartilhe nas redes
EMPATE AMARGO: SAÍMOS DE PÉSSIMO PARA RUIM – POR EMERSON LEANDRO SILVA
O jogo de ontem à noite na Arena Pantanal foi palco de um duelo que de maneira educada (por que estou tentando manter minha sanidade mental em dias) eu chamaria de morno. O empate sem gols não trouxe alívio nem para Cuiabá, lanterna do Brasileirão, nem para o Vitória, que continua sua luta contra o rebaixamento. A falta de criatividade e oportunidades claras por parte do rubro negro baiano, além de chances reais desperdiçadas pelo Cuibá contribuíram para que o placar permanecesse inalterado.
O técnico Thiago Carpini decidiu mexer na equipe do Vitória, promovendo cinco alterações em relaçãoa a última escalação na rodada passada, na esperança de um resultado positivo fora de casa. Este ao menos foi o argumento utilizado por ele na coletiva de imprensa do pós-jogo. No entanto, as novidades incluíram a entrada de Caio Vinícius um dos três volantes, na tentativa de fortalecer a defesa que nas ultimas sofreu 11 gols até então, o que ele conseguiu foi deixar o time dependente de contra-ataques para criar chances, tendo um elenco que tem, de fato, como força ofensiva criativa apenas Matheusinho e não pode contar com Osvaldo e Alerrandro que seguem em baixa na competição.
CONSEGUIMOS A FAÇANHA DE “TOMAR CALOR” DO CUIBÁ
Nos primeiros minutos, o reincidente destempero emocional do Vitória apareceu e Wagner Leonardo e Caio Vinícius, receberam cartões amarelos com 10 minutos de jogo. No entanto, à medida que o jogo avançava, felizmente nós conseguimos acalmar os ânimos e criar algumas oportunidades. A verdade é que, de fato, nenhuma delas poderiam ser classificadas como chances perigosas. Osvaldo e Matheusinho testaram o goleiro Walter de fora da área, mas a meu ver nossa única chance real foi desperdiçada por Caio Vinícius, de frente para o gol, tendo o canto todo aberto, depois de um passe açucarado de Alerrandro que ele bateu torto de canhota, mandando pra fora nossas esperanças.
A impressão que tive no decorrer da partida é que as duas equipes sabiam que o resultado era ruim, mas apenas o Cuiabá, por incrível que pareça se olharmos apenas as posições na tabela, é que esteve mais perto de abrir o placar e fazer o seu primeiro gol na competição. Depois de um erro nosso na saída de bola do Vitória, Wagner Leonardo presenteia o atacante dos caras e Isidro Pitta, depois de deixar Camutanga na saudade, acerta um foguete no travessão.
PODERIA SER PIOR, MAS CALMA, AINDA TINHA O SEGUNDO TEMPO
Na parte final do jogo, a gente conseguiu piorar nossa atuação. Carpini, a exemplo do que fez no jogo contra o Atletico-GO, retirou Matheusinho e, a primeira pergunta que me fiz foi “quem vai armar os nossos ataques agora?” Wiliam Oliveira, que durante a vida inteira jogou como volante, não tem capacidade criativa para isto e de nada adiantou trocar Osvaldo por Janderson se não há quem faça a bola chegar nos caras. Em casa, sozinho eu gritava como um louco alucinado “bota Jean Mota, véi” por que a desconexão entre o meio-campo e o ataque era evidente.
A verdade é que Carpini foi a Cuibá para pontuar e, até então era isto que ele estava conseguindo, muito mais por conta da incapacidade do Dourado fazer gols, do que por conta de uma atuação sólida de sua escalação retranqueira. Mas, de todo este cenário extremamente preocupante o que mais me irrita é saber que Carpini pode estar certo. Até julho, quando abre a janela de contratações, ele terá de se virar com o elenco que tem nas mãos. Eu, como torcedor, queria que ele pusesse o time para cima, mete-se um 3-5-2 com Wellean Lepo e Lucas Esteves como alas, Janderson e Matheusinho no ataque, Wilian Oliveira, Léo Naldi e Jean Mota no meio-campo e a zaga com Wagner Leonardo, Camutanga e Reynaldo.
O grande lance é que este meu time dos sonhos é fácil de ser montado por que estou sentando em casa confortavelmente e não tenho responsabilidade alguma se acaso na ânsia de ser ofensivo demais, nós perdêssemos para o limitadíssimo Cuiabá. Então, mesmo discordando veementemente da postura do time, sua escalação e entendendo que o resultado foi ruim, ainda assim, eu entendo a lógica de Carpini e temo que ele possa estar certo, ante a limitação deste atual elenco.
Nós seguimos na 19ª posição com apenas dois pontos, enfrenta o Juventude na próxima terça-feira. O jogo será no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, onde a equipe baiana buscará desesperadamente sua primeira vitória para tentar sair da zona de rebaixamento. É necessário mais do que um equilíbrio defensivo para somar vitórias; o Vitória precisa urgentemente melhorar seu desempenho ofensivo e tático se quiser evitar a queda para a Série B.