Vendo o sonho da Glória Eterna se tornar realidade – por Erick Cerqueira

Por Por 04/ 04/ 2025Categorias: Bahia

Fala, seus amantes da Glória Eterna! Conseguiram dormir? Que noite mágica, senhoras e senhores. Como é bom ter mais uma noite de Libertadores da América com o Bahia. Cada detalhe se torna gigantesco. E é sobre isso que quero falar com vocês.

Jogo às 19h, saí de casa atrasado, peguei uma moto pra adiantar o lado e o moto-táxi largou um: “Tomara que os Galés estejam de boas, porque ainda vou em casa tomar café pra depois descer também.” Mas a ladeira já estava insuportável, então liberei ele no posto e desci andando pra ele adiantar o lado dele.

Desci ouvindo a rádio falando: “o Bahia enfrenta o Internacional pela Libertadores e…”, como se já fosse algo trivial, corriqueiro. Na subida da ladeira da Fonte, nada de novo. A mesma fumaça de churrasco, o mesmo pagodão rolando solto no viaduto, as mesmas caras comendo água. Mas, quando passei pela catraca da Fonte, a coisa mudou. O ar da Libertadores é mais leve. O clima na torcida é mais gostoso.

Por dentro da Libertadores

Desci a Bamor e fiquei ali só ouvindo as resenhas: “Véi, eu tô num jogo da Libertadores”, falou uma menina. “Voltamos pra Libertadores”, disse o senhor de cabelos brancos e camisa vermelha. E começou a tocar o hino da competição.

Ver seu time passar pelo Pórtico da Glória Eterna dá um orgulho inexplicável. É tipo ver seu filho fazendo um gol. Emocionante demais. O hino nacional tocado, e dessa vez respeitado pela Bamor, era como se a gente estivesse vendo a bandeira subir no lugar mais alto, numa premiação de medalha de ouro na Olimpíada. E a gente estava ali, vivendo a história, de novo.

De um lado, o time que foi tão questionado ano passado. Com Árias de volta e com o quarteto mágico do meio fechado, com a volta de Cauly. Do outro, talvez um dos quatro melhores times do continente. E o meu Bahia jogou muito melhor que eles.

A zaga segura com Árias, Mingo, Kanu e Juba praticamente anulou o Inter em todo o primeiro tempo. O quarteto mágico voltou a funcionar. Pulga foi o melhor da noite. Mas os outros dois…

Cauly rouba a bola e aciona Pulga, que dispara do meio de campo, mas chuta pra fora. Árias dispara pela lateral e aciona Lucho. Ele chuta forte e o goleiro salva.

O Inter reage, com a entregada de Ronaldo na saída de bola, mas ele mesmo corrige. Depois, Wesley (que eu conheço como o enteado de Rocksan) recebe nas costas de Árias, corta o lateral, mas chuta pra fora.

Árias pra Cauly, que gira e serve Caio, que chuta de fora da área e pra fora. Árias serve Lucho. Ele gira e chuta forte, mas o goleiro tira.

Triangulação rápida entre Pulga e Jean Lucas, cruzamento pra área, mas o zagueiro tira. Everton puxa contra-ataque e toca pra Cauly, que serve Pulga, que dispara, dribla, mas chuta pra fora. Pulga de novo, agora pelo meio, mas chuta de novo pra fora.

Erick Pulga dribla pela ponta e toca pra Jean. Ele aciona Juba, que começou a subir depois da entrada de Gilberto. O lateral-esquerdo devolve pro camisa 6 abrir o placar e fazer a Fonte Nova tremer com o 1×0.

A arena explodiu em festa, gritos, cantos, emoção, danças, pulos. O senhor de cabelos brancos e camisa vermelha saiu dançando e andando. Um dos momentos mais maravilhosos que já vivi nesse quase meio século de Fonte Nova. Mingo teve a chance de ampliar, mas, de cara com o goleiro dos caras, tocou pra fora.

Quando a noite já se encaminhava pra tirar 10 de 10, o cara chuta de fora, a bola ia pra fora, o goleiro espalma pra dentro de campo, nos pés do centroavante dos caras, que salva o Inter de sofrer a primeira derrota do ano. 1×1.

BORA BAÊA MINHA PORRA!

Como é bom voltar a viver esse sonho de Libertadores. Jogando bem, com o time se impondo diante do adversário mais qualificado do grupo. Apesar da falha do goleiro, se passar da fase de grupos era só um sonho, se jogar como ontem vira realidade. Reaprendemos rápido a jogar a Libertadores. Agora é reaprender a “matar os jogos” quando as oportunidades surgem. O resto é festa, e isso a torcida do Bahia nasceu sabendo fazer.

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor.

2 Comments

  1. Valdir abril 4, 2025 at 1:04 pm - Reply

    Belo comentário. O único senão é a descrição do gol de empate do Inter. Parabéns! BBMP!

  2. Tânia abril 4, 2025 at 1:48 pm - Reply

    Parabéns, meu TRICORLINDO e apaixonado pelo BAHIA!

Diga aí. Que achou?

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Por Por 04/ 04/ 2025Categorias: Bahia

Fala, seus amantes da Glória Eterna! Conseguiram dormir? Que noite mágica, senhoras e senhores. Como é bom ter mais uma noite de Libertadores da América com o Bahia. Cada detalhe se torna gigantesco. E é sobre isso que quero falar com vocês.

Jogo às 19h, saí de casa atrasado, peguei uma moto pra adiantar o lado e o moto-táxi largou um: “Tomara que os Galés estejam de boas, porque ainda vou em casa tomar café pra depois descer também.” Mas a ladeira já estava insuportável, então liberei ele no posto e desci andando pra ele adiantar o lado dele.

Desci ouvindo a rádio falando: “o Bahia enfrenta o Internacional pela Libertadores e…”, como se já fosse algo trivial, corriqueiro. Na subida da ladeira da Fonte, nada de novo. A mesma fumaça de churrasco, o mesmo pagodão rolando solto no viaduto, as mesmas caras comendo água. Mas, quando passei pela catraca da Fonte, a coisa mudou. O ar da Libertadores é mais leve. O clima na torcida é mais gostoso.

Por dentro da Libertadores

Desci a Bamor e fiquei ali só ouvindo as resenhas: “Véi, eu tô num jogo da Libertadores”, falou uma menina. “Voltamos pra Libertadores”, disse o senhor de cabelos brancos e camisa vermelha. E começou a tocar o hino da competição.

Ver seu time passar pelo Pórtico da Glória Eterna dá um orgulho inexplicável. É tipo ver seu filho fazendo um gol. Emocionante demais. O hino nacional tocado, e dessa vez respeitado pela Bamor, era como se a gente estivesse vendo a bandeira subir no lugar mais alto, numa premiação de medalha de ouro na Olimpíada. E a gente estava ali, vivendo a história, de novo.

De um lado, o time que foi tão questionado ano passado. Com Árias de volta e com o quarteto mágico do meio fechado, com a volta de Cauly. Do outro, talvez um dos quatro melhores times do continente. E o meu Bahia jogou muito melhor que eles.

A zaga segura com Árias, Mingo, Kanu e Juba praticamente anulou o Inter em todo o primeiro tempo. O quarteto mágico voltou a funcionar. Pulga foi o melhor da noite. Mas os outros dois…

Cauly rouba a bola e aciona Pulga, que dispara do meio de campo, mas chuta pra fora. Árias dispara pela lateral e aciona Lucho. Ele chuta forte e o goleiro salva.

O Inter reage, com a entregada de Ronaldo na saída de bola, mas ele mesmo corrige. Depois, Wesley (que eu conheço como o enteado de Rocksan) recebe nas costas de Árias, corta o lateral, mas chuta pra fora.

Árias pra Cauly, que gira e serve Caio, que chuta de fora da área e pra fora. Árias serve Lucho. Ele gira e chuta forte, mas o goleiro tira.

Triangulação rápida entre Pulga e Jean Lucas, cruzamento pra área, mas o zagueiro tira. Everton puxa contra-ataque e toca pra Cauly, que serve Pulga, que dispara, dribla, mas chuta pra fora. Pulga de novo, agora pelo meio, mas chuta de novo pra fora.

Erick Pulga dribla pela ponta e toca pra Jean. Ele aciona Juba, que começou a subir depois da entrada de Gilberto. O lateral-esquerdo devolve pro camisa 6 abrir o placar e fazer a Fonte Nova tremer com o 1×0.

A arena explodiu em festa, gritos, cantos, emoção, danças, pulos. O senhor de cabelos brancos e camisa vermelha saiu dançando e andando. Um dos momentos mais maravilhosos que já vivi nesse quase meio século de Fonte Nova. Mingo teve a chance de ampliar, mas, de cara com o goleiro dos caras, tocou pra fora.

Quando a noite já se encaminhava pra tirar 10 de 10, o cara chuta de fora, a bola ia pra fora, o goleiro espalma pra dentro de campo, nos pés do centroavante dos caras, que salva o Inter de sofrer a primeira derrota do ano. 1×1.

BORA BAÊA MINHA PORRA!

Como é bom voltar a viver esse sonho de Libertadores. Jogando bem, com o time se impondo diante do adversário mais qualificado do grupo. Apesar da falha do goleiro, se passar da fase de grupos era só um sonho, se jogar como ontem vira realidade. Reaprendemos rápido a jogar a Libertadores. Agora é reaprender a “matar os jogos” quando as oportunidades surgem. O resto é festa, e isso a torcida do Bahia nasceu sabendo fazer.

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2 Comments

  1. Valdir abril 4, 2025 at 1:04 pm - Reply

    Belo comentário. O único senão é a descrição do gol de empate do Inter. Parabéns! BBMP!

  2. Tânia abril 4, 2025 at 1:48 pm - Reply

    Parabéns, meu TRICORLINDO e apaixonado pelo BAHIA!

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Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor.

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