A derrota de ontem diante do Náutico, a desclassificação prematura da Copa do Brasil e o fato de não ter recebido o valor pago por atingir a terceira fase da competição não são, em si, o problema mais preocupante. A maneira como jogamos é o que impressionou negativamente grande parte da torcida.
Todo mundo sabia que o Timbu iria estacionar o ônibus, jogando em um 11-0 e se lançando no contra-ataque ou contando com a bola parada para beliscar alguma coisa no Barradão (obviamente, eles conseguiram mais do que isso). Carpini levou a campo o que tinha de melhor, e isso não foi o suficiente para vencer um time que está jogando a Série C do Campeonato Brasileiro.
O time foi bem escalado, mas a impressão que tenho é que o plano de jogo foi errado ou muito mal executado. Braga e Mosquito não conseguiram triangular jogadas e furar o bloqueio do Náutico, Rato fez uma partida muito abaixo do que se espera de nossa grande contratação e, na verdade, do time inteiro salvam-se William Oliveira, Baralhas, Jamerson, Janderson e Halter, infelizmente, muito mais pela aparente vontade de vencer do que por grande desenvoltura.
DOIS APAGÕES QUE CUSTARAM CARO
O chute que os caras acertaram para abrir o placar parece não ter sido o suficiente para alertar o Vitória sobre o peso de sair atrás no placar em uma partida decisiva. A aparente confiança de que “vamos virar” (afinal, fizemos isso contra o Fortaleza jogando fora) se transformou em soberba e desespero quando, em um cruzamento, os caras ampliaram o marcador.
O Vitória tem limitações técnicas, e todo mundo sabe disso. Tem dificuldades para enfrentar times que se fecham e exigem que proponhamos o jogo, mas, mesmo assim, somadas às ausências de Mateusinho e Fabri, fui surpreendido com nosso fraco desempenho. Acredito que nos despedimos da Copa do Brasil justamente porque, neste novo regulamento, a primeira fase foi contra times que adotaram essa postura e, desta vez, o confronto foi único.
Obviamente, isso não é desculpa.
HÁ UMA TEMPORADA INTEIRA PELA FRENTE
Nosso ano ainda está no início e, embora preocupante, a derrota de ontem não é um prelúdio do que está por vir. Muito ainda está em disputa e não há motivos para pânico. Temos agora dois clássicos pela frente, ambos com caráter igualmente decisivo. A verdade é que o histórico recente e a notória superioridade técnica e financeira do adversário pesam contra nós. Mas clássico é clássico, e tudo pode acontecer nestes 180 minutos.
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UMA PARTIDA PREMATURA – POR EMERSON LEANDRO SILVA
A derrota de ontem diante do Náutico, a desclassificação prematura da Copa do Brasil e o fato de não ter recebido o valor pago por atingir a terceira fase da competição não são, em si, o problema mais preocupante. A maneira como jogamos é o que impressionou negativamente grande parte da torcida.
Todo mundo sabia que o Timbu iria estacionar o ônibus, jogando em um 11-0 e se lançando no contra-ataque ou contando com a bola parada para beliscar alguma coisa no Barradão (obviamente, eles conseguiram mais do que isso). Carpini levou a campo o que tinha de melhor, e isso não foi o suficiente para vencer um time que está jogando a Série C do Campeonato Brasileiro.
O time foi bem escalado, mas a impressão que tenho é que o plano de jogo foi errado ou muito mal executado. Braga e Mosquito não conseguiram triangular jogadas e furar o bloqueio do Náutico, Rato fez uma partida muito abaixo do que se espera de nossa grande contratação e, na verdade, do time inteiro salvam-se William Oliveira, Baralhas, Jamerson, Janderson e Halter, infelizmente, muito mais pela aparente vontade de vencer do que por grande desenvoltura.
DOIS APAGÕES QUE CUSTARAM CARO
O chute que os caras acertaram para abrir o placar parece não ter sido o suficiente para alertar o Vitória sobre o peso de sair atrás no placar em uma partida decisiva. A aparente confiança de que “vamos virar” (afinal, fizemos isso contra o Fortaleza jogando fora) se transformou em soberba e desespero quando, em um cruzamento, os caras ampliaram o marcador.
O Vitória tem limitações técnicas, e todo mundo sabe disso. Tem dificuldades para enfrentar times que se fecham e exigem que proponhamos o jogo, mas, mesmo assim, somadas às ausências de Mateusinho e Fabri, fui surpreendido com nosso fraco desempenho. Acredito que nos despedimos da Copa do Brasil justamente porque, neste novo regulamento, a primeira fase foi contra times que adotaram essa postura e, desta vez, o confronto foi único.
Obviamente, isso não é desculpa.
HÁ UMA TEMPORADA INTEIRA PELA FRENTE
Nosso ano ainda está no início e, embora preocupante, a derrota de ontem não é um prelúdio do que está por vir. Muito ainda está em disputa e não há motivos para pânico. Temos agora dois clássicos pela frente, ambos com caráter igualmente decisivo. A verdade é que o histórico recente e a notória superioridade técnica e financeira do adversário pesam contra nós. Mas clássico é clássico, e tudo pode acontecer nestes 180 minutos.
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Perfeito
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