Fala, Nação Tricolor! E o coração? De boas? Claro que sim. Torcer pro Bahia é dispensar cardiologista. De coração, a gente não morre.
Ontem não deu pra assistir ao jogo, porque o Bahia inventou de jogar na terça a noite, e o meu compromisso sacro-religioso com o Infobaba não pode ser adiado. Cheguei em casa quase meia noite, morto, mas fui assistir a partida, com o coração mais tranquilo e a certeza da classificação. Embora pudesse comentar cada lance da partida, vou apenas fazer um resumo e focar no que mais importa: o que é o Bahia de 2024.
Bahia entrou em campo com sua habitual desatenção dos 20 primeiros minutos iniciais. Tomou logo um golaço aos 5 minutos, contra, de Caio Alexandre mandando de peito pra redes de Marcos Felipe. Mas vamos pensar um pouco. Contra o Jequié, o time reserva tomou pressão e dois contra-ataques nos 20 minutos iniciais. Duas defesaças de Adriel. Contra o CRB os caras perderam gols debaixo da trave, no início também. Contra o River, gol aos 6. E no Bavi, aos 6. Ou seja, o carro à álcool numa manhã fria de inverno, demorando pra esquentar, é um triste padrão. O Bahia vai de 0 a 100km/h em 20 minutos. E isso é inexplicável para um time grande e que se propõe a tantas coisas grandes nesse ano.
Mas o importante é que o time melhorou e virou com dois golaços, dignos do nosso plantel. Cuesta encontra Cauly entre as linhas, ele corta pro meio, tira o zagueiro e acerta um golaço no cantinho pra empatar. 1×1.
Aos 39 minutos, mais uma bela enfiada de bola de Kanivis (Lá ele 1000x), um passe de genialidade de Everton Ribeiro e um toque de calcanhar de Everaldo pra Thaciano brocar. Sempre ele. 1×2.
Fim do primeiro tempo, resultado favorável, só dava Bahia e o segundo tempo seguiu nesse ritmo. Só dava o Tricolor até que aos 43 os caras conseguem um cruzamento improvável e empatam.
Nos pênaltis, o sofrimento, o alívio, faz o pix e manda o próximo adversário. Caxias já é passado.
Mas vamos aos números do Bahia na temporada.
O Bahia lidera a Copa do Nordeste com 4 triunfos e 1 derrota. São 8 gols marcados e apenas 3 sofridos.
O Bahia lidera o Campeonato Baiano com 23 gols marcados e apenas 8 sofridos. Em partidas, são 6 triunfos, 1 empate e 2 derrotas
Bahia se classificou pra terceira fase da Copa do Brasil com 6 gols marcados e 2 sofridos, em 2 triunfos.
No geralzão, o time jogou 16 partidas, venceu 12, empatou 1 e perdeu 3. Marcou 37 vezes e teve sua defesa vazada em 13 vezes.
E aí vem a pergunta: a Torcida do Bahia tá reclamando de quê?
O Bahia jogou 16 jogos em 56 dias. Uma média de um jogo a cada 3,5 dias. Nos últimos 7 jogos, em 20 dias, fez uma turnê começando de São Luiz do Maranhão, passando por Juazeiro, Maceió, Salvador, Fortaleza Jequié e culminando em Caxias, no Rio Grande do Sul. Ganhou todas e se classificou com um empate no último jogo.
“Ah, Erick, mas no tempo de Beijoca não tinha rodízio e…” oh, véi. Deixe de maluquice. Não tem comparação. Um jogador meeiro como Cicinho, corre hoje, em média, 12km por partida. Pelé, o maior jogador de todos os tempos, no auge de sua carreira, quando foi aclamado como Atleta do Século, corria 4km por jogo. Ou seja, Pelé precisaria jogar 3 partidas pra correr o que Cicinho corre em uma. Os tempos são outros e é preciso acordar pra nova realidade.
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ECBahia: faz o pix e manda o próximo adversário. Brocamos de novo!
Fala, Nação Tricolor! E o coração? De boas? Claro que sim. Torcer pro Bahia é dispensar cardiologista. De coração, a gente não morre.
Ontem não deu pra assistir ao jogo, porque o Bahia inventou de jogar na terça a noite, e o meu compromisso sacro-religioso com o Infobaba não pode ser adiado. Cheguei em casa quase meia noite, morto, mas fui assistir a partida, com o coração mais tranquilo e a certeza da classificação. Embora pudesse comentar cada lance da partida, vou apenas fazer um resumo e focar no que mais importa: o que é o Bahia de 2024.
Bahia entrou em campo com sua habitual desatenção dos 20 primeiros minutos iniciais. Tomou logo um golaço aos 5 minutos, contra, de Caio Alexandre mandando de peito pra redes de Marcos Felipe. Mas vamos pensar um pouco. Contra o Jequié, o time reserva tomou pressão e dois contra-ataques nos 20 minutos iniciais. Duas defesaças de Adriel. Contra o CRB os caras perderam gols debaixo da trave, no início também. Contra o River, gol aos 6. E no Bavi, aos 6. Ou seja, o carro à álcool numa manhã fria de inverno, demorando pra esquentar, é um triste padrão. O Bahia vai de 0 a 100km/h em 20 minutos. E isso é inexplicável para um time grande e que se propõe a tantas coisas grandes nesse ano.
Mas o importante é que o time melhorou e virou com dois golaços, dignos do nosso plantel. Cuesta encontra Cauly entre as linhas, ele corta pro meio, tira o zagueiro e acerta um golaço no cantinho pra empatar. 1×1.
Aos 39 minutos, mais uma bela enfiada de bola de Kanivis (Lá ele 1000x), um passe de genialidade de Everton Ribeiro e um toque de calcanhar de Everaldo pra Thaciano brocar. Sempre ele. 1×2.
Fim do primeiro tempo, resultado favorável, só dava Bahia e o segundo tempo seguiu nesse ritmo. Só dava o Tricolor até que aos 43 os caras conseguem um cruzamento improvável e empatam.
Nos pênaltis, o sofrimento, o alívio, faz o pix e manda o próximo adversário. Caxias já é passado.
Mas vamos aos números do Bahia na temporada.
O Bahia lidera a Copa do Nordeste com 4 triunfos e 1 derrota. São 8 gols marcados e apenas 3 sofridos.
O Bahia lidera o Campeonato Baiano com 23 gols marcados e apenas 8 sofridos. Em partidas, são 6 triunfos, 1 empate e 2 derrotas
Bahia se classificou pra terceira fase da Copa do Brasil com 6 gols marcados e 2 sofridos, em 2 triunfos.
No geralzão, o time jogou 16 partidas, venceu 12, empatou 1 e perdeu 3. Marcou 37 vezes e teve sua defesa vazada em 13 vezes.
E aí vem a pergunta: a Torcida do Bahia tá reclamando de quê?
O Bahia jogou 16 jogos em 56 dias. Uma média de um jogo a cada 3,5 dias. Nos últimos 7 jogos, em 20 dias, fez uma turnê começando de São Luiz do Maranhão, passando por Juazeiro, Maceió, Salvador, Fortaleza Jequié e culminando em Caxias, no Rio Grande do Sul. Ganhou todas e se classificou com um empate no último jogo.
“Ah, Erick, mas no tempo de Beijoca não tinha rodízio e…” oh, véi. Deixe de maluquice. Não tem comparação. Um jogador meeiro como Cicinho, corre hoje, em média, 12km por partida. Pelé, o maior jogador de todos os tempos, no auge de sua carreira, quando foi aclamado como Atleta do Século, corria 4km por jogo. Ou seja, Pelé precisaria jogar 3 partidas pra correr o que Cicinho corre em uma. Os tempos são outros e é preciso acordar pra nova realidade.