Do Olé ao Arriba! O Galícia está de volta à Elite! – por Erick Cerqueira

Por Por 14/ 07/ 2025Categorias: Campeonato Baiano

Fala, Nação Tricolor! Vou contar uma história de como nasceu minha paixão pelo futebol e o como isso se mistura com o Demolidor de Campeões.

O ano era 1982. Não existiam essas coisas de rede social, internet, celular, realidade virtual e inteligência artificial. Eu era um pivete de 5 anos, e a gente descobria as coisas pelo rádio e pela TV.

Mas as mídias principais eram as revistas em quadrinhos e os álbuns de figurinha. E o primeiro deles de que tenho lembrança é o Olé Bahia! — o álbum do Campeonato Baiano de 1982.

Nele aprendi a conhecer os jogadores do Bahia e dos outros times: Fluminense de Feira, Leônico, Botafogo, Ypiranga, Vitória, Itabuna, Atlético… Mas um deles era o meu preferido. O escudo era lindo, tinha as cores do Tricolor e jogava com uma camisa azul-escura e shorts brancos. Era o Galícia Esporte Clube.

Na página anterior à das fotos, havia a história dos clubes, e descobri que ele havia sido pentacampeão baiano. Só a título de comparação: o Bahia tinha 32 títulos, o Ypiranga (10), o Vitória (9) e o Botafogo (7).

Salto no tempo: estamos em 2015.

Na minha pós em Gestão Esportiva, virei colega do presidente do Galícia, Manolo; do assessor de comunicação do Bahia, Jayme Brandão; e do então presidente do Ypiranga, Emerson Ferretti. Em nosso trabalho de conclusão de curso, desenvolvemos um projeto para revitalizar as torcidas dos times de Salvador e criar uma nova geração de torcedores do Ypiranga e do Galícia.

Dez anos depois, Jayme me convida para dirigir o marketing do Galícia, junto com Manolo.

Se os desafios de um clube na Série A do Campeonato Baiano já são gigantes, imagine pegar um clube na Série B. É uma batalha diária de todos os profissionais envolvidos: do presidente ao porteiro, do artilheiro ao gandula.

Reconstruímos o site e o atualizamos. Criamos mascotes, produtos, ajustamos o Instagram, reativamos a Galícia TV. Criamos os press kits dos jogos, propostas de parcerias, banners, backdrops… Criamos caravanas para os jogos em Feira, estamos ajustando o novo plano de sócios, resgatando a torcida — e tudo é importante e urgente. Porém, no futebol, tudo isso é apenas um meio para chegar ao que realmente importa: o gol.

Porque, quando a bola não entra nas redes, amigo, nada disso importa. E pegar uma torcida que não vê seu time na elite do futebol baiano há 8 anos… é complicado.

E começa o Baianão Série B 2025

Entramos na competição com um elenco sem muita mídia. Itabuna e Bahia de Feira, recém-rebaixados, eram os favoritos ao acesso. O Touro do Sertão, com alto investimento e por jogar quase todos os jogos em Feira, corria por fora. E os três passaram da primeira fase.

A última vaga ficou entre os dois mais tradicionais: Ypiranga e Galícia. E ganhamos.

Semifinal.
Enfrentaríamos nas semifinais o líder do primeiro turno — um time invicto, que venceu 7 partidas e empatou apenas uma. E foram duas batalhas épicas.

No primeiro jogo, o Itabuna foi melhor, mas seguramos o 0x0. No segundo, fomos melhores, mas eles seguraram o placar. Então… pênaltis.

Foram 12 cobranças para cada lado, teste para cardíaco, e, com o gol de Palacios, o Galícia venceu a partida por 9×8, num dos jogos mais emocionantes que eu já vi.

Parabéns a todos que fizeram o Demolidor de Campeões voltar a ser um clube de Série A. Agora é comemorar. E amanhã a gente pensa nas finais.

Porque o mais importante era voltar pro álbum de figurinhas da elite — e a gente já conseguiu.

Arriba Galícia! Olé!

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor.

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Do Olé ao Arriba! O Galícia está de volta à Elite! – por Erick Cerqueira

Por Por 14/ 07/ 2025Categorias: Campeonato Baiano

Fala, Nação Tricolor! Vou contar uma história de como nasceu minha paixão pelo futebol e o como isso se mistura com o Demolidor de Campeões.

O ano era 1982. Não existiam essas coisas de rede social, internet, celular, realidade virtual e inteligência artificial. Eu era um pivete de 5 anos, e a gente descobria as coisas pelo rádio e pela TV.

Mas as mídias principais eram as revistas em quadrinhos e os álbuns de figurinha. E o primeiro deles de que tenho lembrança é o Olé Bahia! — o álbum do Campeonato Baiano de 1982.

Nele aprendi a conhecer os jogadores do Bahia e dos outros times: Fluminense de Feira, Leônico, Botafogo, Ypiranga, Vitória, Itabuna, Atlético… Mas um deles era o meu preferido. O escudo era lindo, tinha as cores do Tricolor e jogava com uma camisa azul-escura e shorts brancos. Era o Galícia Esporte Clube.

Na página anterior à das fotos, havia a história dos clubes, e descobri que ele havia sido pentacampeão baiano. Só a título de comparação: o Bahia tinha 32 títulos, o Ypiranga (10), o Vitória (9) e o Botafogo (7).

Salto no tempo: estamos em 2015.

Na minha pós em Gestão Esportiva, virei colega do presidente do Galícia, Manolo; do assessor de comunicação do Bahia, Jayme Brandão; e do então presidente do Ypiranga, Emerson Ferretti. Em nosso trabalho de conclusão de curso, desenvolvemos um projeto para revitalizar as torcidas dos times de Salvador e criar uma nova geração de torcedores do Ypiranga e do Galícia.

Dez anos depois, Jayme me convida para dirigir o marketing do Galícia, junto com Manolo.

Se os desafios de um clube na Série A do Campeonato Baiano já são gigantes, imagine pegar um clube na Série B. É uma batalha diária de todos os profissionais envolvidos: do presidente ao porteiro, do artilheiro ao gandula.

Reconstruímos o site e o atualizamos. Criamos mascotes, produtos, ajustamos o Instagram, reativamos a Galícia TV. Criamos os press kits dos jogos, propostas de parcerias, banners, backdrops… Criamos caravanas para os jogos em Feira, estamos ajustando o novo plano de sócios, resgatando a torcida — e tudo é importante e urgente. Porém, no futebol, tudo isso é apenas um meio para chegar ao que realmente importa: o gol.

Porque, quando a bola não entra nas redes, amigo, nada disso importa. E pegar uma torcida que não vê seu time na elite do futebol baiano há 8 anos… é complicado.

E começa o Baianão Série B 2025

Entramos na competição com um elenco sem muita mídia. Itabuna e Bahia de Feira, recém-rebaixados, eram os favoritos ao acesso. O Touro do Sertão, com alto investimento e por jogar quase todos os jogos em Feira, corria por fora. E os três passaram da primeira fase.

A última vaga ficou entre os dois mais tradicionais: Ypiranga e Galícia. E ganhamos.

Semifinal.
Enfrentaríamos nas semifinais o líder do primeiro turno — um time invicto, que venceu 7 partidas e empatou apenas uma. E foram duas batalhas épicas.

No primeiro jogo, o Itabuna foi melhor, mas seguramos o 0x0. No segundo, fomos melhores, mas eles seguraram o placar. Então… pênaltis.

Foram 12 cobranças para cada lado, teste para cardíaco, e, com o gol de Palacios, o Galícia venceu a partida por 9×8, num dos jogos mais emocionantes que eu já vi.

Parabéns a todos que fizeram o Demolidor de Campeões voltar a ser um clube de Série A. Agora é comemorar. E amanhã a gente pensa nas finais.

Porque o mais importante era voltar pro álbum de figurinhas da elite — e a gente já conseguiu.

Arriba Galícia! Olé!

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