Fala, Nação Tricolor. Passei pelo Dique e vi as faixas imbecis e criminosas com o “Fora Ceni”, “time covarde” e “acabou a paz”. Tentei entender de onde viria essa revolta toda contra um time que está na sexta colocação e brigando por uma vaga na Libertadores durante todo o ano. E como venho escrevendo aqui desde o início, pra mim, essa revolta é incompreensível. E nem vou elencar tudo que está sendo feito pelo clube e os bons números que o Bahia ainda sustenta no campeonato. Porque entendo que mais importante que os resultados de hoje, são as perspectivas de um futuro bem estruturado e com o meu time sem medo de Z4, brigando por Libertadores, G4 e títulos, de forma constante e contínua. Mas, tentando entender essa revolta, fui ouvir os influencers do Bahia.
No primeiro vídeo, o youtube me indicou o Canal do Puco. Um cara que sempre respeitei pelo trabalho sério, dedicado, de ir aonde o Bahia e Binha vão, todos os jogos. Mas os argumentos dele na live foram assustadores, mas devia estar num dia ruim. Quando falou sobre cobranças à Ceni que ele achava necessário: “falta alguém pra dar ‘à louca’ no Bahia” e “Cadu Santoro não tem perfil pra dar esse piti no vestiário”. Pra finalizar, falou que Ceni poderia até conquistar a vaga na Libertadores mas que isso não seria maior que uma Copa do Nordeste. Não dá, bicho! O outro falando em bundamolismo prime. Pqp.
Fiquei pensando no Ferran Soriano ouvindo esses argumentos. Que isso nunca aconteça…
Velho, que a Torcida não entenda o processo da mudança de gestão e patamar, tudo certo. Mas a imprensa esportiva reproduzir papo de velho de bar, ou é caça-clique ou desinformação de quem deveria informar. Em ambos os casos, é lamentável.
Quem tá de fora, vê melhor
Recebi um link do InfoBaêa e fui ouvir um Torcedor do São Paulo falando com Leiro, Fefo e Mutari. Caio Dominguez, falou algo surpreendente pra Torcida do Bahia: “eu vejo São Paulo, Bahia e Inter lutando por duas vagas”. E depois completou: “se o São Paulo for previsível, o Bahia engole ele. Se for o São Paulo do jogo contra o Vasco, a gente tem boas possibilidades de jogar de igual pra igual, na Fonte Nova”.
Caio continuou elogiando o técnico do Bahia e disse: “eu não vejo no Brasil, talvez o Filipe Luiz, um treinador brasileiro capaz de fazer um trabalho a longo prazo como Ceni”. E completa: “com estrutura, com o investimento certo, no lugar de vocês, eu teria um pouco mais de paciência, porque ele é um cara muito inteligente, um cara muito estudioso, ele é um cara muito capaz e competitivo.”
É bom quando alguém de fora vem e fala umas verdades, que quem está dentro não está notando. A fala reflexiva de Mutari mostrou isso, no final, mostrou isso. Não pela defesa que o cara fez de Rogério, mas pela visão geral de um projeto, muito focado na estruturação de uma equipe a médio e longo prazo, e menos preocupado com os resultados imediatos.
Ameaça de morte ao técnico e aos jogadores
A ameaça terrorista de hoje, com direito a boneco pendurado e arrastado com a cara do treinador, é a prova que a bomba no ônibus do time, não foi um ponto fora da curva.
Hoje tem jogo contra o São Paulo. Importantíssimo na luta pelo G7. Como esses criminosos imaginam que influenciarão os jogadores com essas ameaças? Positivamente? Eles vão pensar: “hoje nós vamos jogar muito porque parte da torcida ameaçou as nossas vidas e eles já jogaram bomba no nosso ônibus”. Sério?
Vamos pensar um pouco…
O dia de hoje, também, virou um momento para refletir se: vale a pena seguir nessa campanha de “terra arrasada inexistente” de parte da imprensa e dos seus influenciadores. Muitos deles acordaram atônitos com faixa declarando guerra do clube. Que bom. Longe de mim culpar a imprensa pelos crimes de hoje. Nem considero esses criminosos como torcedores do Bahia. Mas será que o trabalho de influenciar torcedores não precisa ser revisto, também? Ou vamos continuar fazendo festa, quando o time ganha, e dizendo que tá tudo errado, quando perde. Vamos manter a calma, senhores.
Ao Torcedor, cabe ser amador, passional e desinformado. Ele quer é gritar gol, e não tá nem aí se o clube está devendo salários. Mas, acredito que para ser um formador de opinião, é preciso um profissionalismo que nos distancie, um pouco, do calor da torcida. Ser bem informado e pensar de fora pra dentro, também. Ou teremos um time de Libertadores 2025 e uma crônica esportiva estagnada e parada nos anos 90. Reflitamos.
Bem, eu não sou jornalista, não sou influencer, não sou radialista. Sou só um torcedor que escreve. Meu desejo maior é que no ano que vem, possa levar meu filho pra um jogo de Libertadores, com a idade que eu tinha quando fui, aos 11 anos. São 35 anos de espera. Ajudem a realizar o sonho desse velho pai. BBMP!
Diga aí. Que achou?
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Bahia enfrenta o São Paulo pelo G7. Aos criminosos, cadeia! por Erick Cerqueira
Fala, Nação Tricolor. Passei pelo Dique e vi as faixas imbecis e criminosas com o “Fora Ceni”, “time covarde” e “acabou a paz”. Tentei entender de onde viria essa revolta toda contra um time que está na sexta colocação e brigando por uma vaga na Libertadores durante todo o ano. E como venho escrevendo aqui desde o início, pra mim, essa revolta é incompreensível. E nem vou elencar tudo que está sendo feito pelo clube e os bons números que o Bahia ainda sustenta no campeonato. Porque entendo que mais importante que os resultados de hoje, são as perspectivas de um futuro bem estruturado e com o meu time sem medo de Z4, brigando por Libertadores, G4 e títulos, de forma constante e contínua. Mas, tentando entender essa revolta, fui ouvir os influencers do Bahia.
No primeiro vídeo, o youtube me indicou o Canal do Puco. Um cara que sempre respeitei pelo trabalho sério, dedicado, de ir aonde o Bahia e Binha vão, todos os jogos. Mas os argumentos dele na live foram assustadores, mas devia estar num dia ruim. Quando falou sobre cobranças à Ceni que ele achava necessário: “falta alguém pra dar ‘à louca’ no Bahia” e “Cadu Santoro não tem perfil pra dar esse piti no vestiário”. Pra finalizar, falou que Ceni poderia até conquistar a vaga na Libertadores mas que isso não seria maior que uma Copa do Nordeste. Não dá, bicho! O outro falando em bundamolismo prime. Pqp.
Fiquei pensando no Ferran Soriano ouvindo esses argumentos. Que isso nunca aconteça…
Velho, que a Torcida não entenda o processo da mudança de gestão e patamar, tudo certo. Mas a imprensa esportiva reproduzir papo de velho de bar, ou é caça-clique ou desinformação de quem deveria informar. Em ambos os casos, é lamentável.
Quem tá de fora, vê melhor
Recebi um link do InfoBaêa e fui ouvir um Torcedor do São Paulo falando com Leiro, Fefo e Mutari. Caio Dominguez, falou algo surpreendente pra Torcida do Bahia: “eu vejo São Paulo, Bahia e Inter lutando por duas vagas”. E depois completou: “se o São Paulo for previsível, o Bahia engole ele. Se for o São Paulo do jogo contra o Vasco, a gente tem boas possibilidades de jogar de igual pra igual, na Fonte Nova”.
Caio continuou elogiando o técnico do Bahia e disse: “eu não vejo no Brasil, talvez o Filipe Luiz, um treinador brasileiro capaz de fazer um trabalho a longo prazo como Ceni”. E completa: “com estrutura, com o investimento certo, no lugar de vocês, eu teria um pouco mais de paciência, porque ele é um cara muito inteligente, um cara muito estudioso, ele é um cara muito capaz e competitivo.”
É bom quando alguém de fora vem e fala umas verdades, que quem está dentro não está notando. A fala reflexiva de Mutari mostrou isso, no final, mostrou isso. Não pela defesa que o cara fez de Rogério, mas pela visão geral de um projeto, muito focado na estruturação de uma equipe a médio e longo prazo, e menos preocupado com os resultados imediatos.
Ameaça de morte ao técnico e aos jogadores
A ameaça terrorista de hoje, com direito a boneco pendurado e arrastado com a cara do treinador, é a prova que a bomba no ônibus do time, não foi um ponto fora da curva.
Hoje tem jogo contra o São Paulo. Importantíssimo na luta pelo G7. Como esses criminosos imaginam que influenciarão os jogadores com essas ameaças? Positivamente? Eles vão pensar: “hoje nós vamos jogar muito porque parte da torcida ameaçou as nossas vidas e eles já jogaram bomba no nosso ônibus”. Sério?
Vamos pensar um pouco…
O dia de hoje, também, virou um momento para refletir se: vale a pena seguir nessa campanha de “terra arrasada inexistente” de parte da imprensa e dos seus influenciadores. Muitos deles acordaram atônitos com faixa declarando guerra do clube. Que bom. Longe de mim culpar a imprensa pelos crimes de hoje. Nem considero esses criminosos como torcedores do Bahia. Mas será que o trabalho de influenciar torcedores não precisa ser revisto, também? Ou vamos continuar fazendo festa, quando o time ganha, e dizendo que tá tudo errado, quando perde. Vamos manter a calma, senhores.
Ao Torcedor, cabe ser amador, passional e desinformado. Ele quer é gritar gol, e não tá nem aí se o clube está devendo salários. Mas, acredito que para ser um formador de opinião, é preciso um profissionalismo que nos distancie, um pouco, do calor da torcida. Ser bem informado e pensar de fora pra dentro, também. Ou teremos um time de Libertadores 2025 e uma crônica esportiva estagnada e parada nos anos 90. Reflitamos.
Bem, eu não sou jornalista, não sou influencer, não sou radialista. Sou só um torcedor que escreve. Meu desejo maior é que no ano que vem, possa levar meu filho pra um jogo de Libertadores, com a idade que eu tinha quando fui, aos 11 anos. São 35 anos de espera. Ajudem a realizar o sonho desse velho pai. BBMP!