Fala, Nação Tricolor! Já entraram na fila pra pedir perdão ao Kanivis? Já deixei o meu pedido no pé da Ladeira da Fonte. Agora, falando do jogo: que coisa maravilhosa e sem graça foi esse BAVI. E olhe que saí do aniversário do grande Alann Malaquias, pra ir pra Fonte, andando e com barriga cheia de pizza.
Em meus 46 anos de Fonte Nova já assisti inúmeros clássicos. E cada um tem sua história específica. Desde o 5×0 de 1986, com Bobô e Adão destruindo o rival, passando pelo empate com gol de Raudinei que quase parou meu coração, até as catástrofes das décadas do lixo (2000-2010). Esse jogo de hoje entra pra história como um grande jogo feio, mas importante.
Primeiro pela festa maravilhosa da Torcida Tricolor. Mais de 48 mil apaixonados, cantando, gritando, xingando, fazendo mosaico, subindo bandeirão, fogos, fogo, fumaça… um espetáculo maravilhoso, único e daqueles que a gente vai contar pros nossos netos.
Mas aí o juiz apitou. O time do Bahia, mais uma vez, demorou pra engatar a segunda. Começou lento, meio sem vontade, deixando o adversário achar que podia encarar o Tricolor em casa. E, mais uma vez, tomou gol antes dos 10 minutos. Um cruzamento na lateral, Rezende domina mal de peito, a bola sobra pros caras. Um toque e o centroavante deles acerta um chutaço de fora da área. Cuesta esperou demais a definição e tomou o gol.. 0x1.
Aí o Bahia acordou, depois dos 10 minutos, óbvio. Só que foi uma melhora inócua. Um domínio absoluto no meio de campo, enquanto os caras encostavam a cloaca no fundo do poleiro. Os 11, lá atrás, linhas bem compactadas e esperando uma bola errada pra disparar no contra-ataque, desde os 10 minutos iniciais da partida.
E de tanto rodar a bola, com dificuldade para penetrar as linhas, surgiu o heroi improvável da partida. Tá difícil? CHAMA O KANU!
Aos 35 minutos, o zagueirão, pelo terceiro jogo consecutivo, dá uma enfiada de bola absurda pra Everton Ribeiro. E o nosso 10, sumido até então, tocou pra trás pra chegada de Jean Lucas meter lá disgraça pra cima do goleiro das lá elas. Empatamos com muito merecimento. 1×1.
Já chegando no fim do primeiro tempo, um escanteio. Cauly cruza, bate-rebate na pequena área e sobra pra Kanivis tocar, com categoria, pra virar a partida. 2×1.
Segundo tempo e, rapaz, eu não lembro de muita coisa boa não. Um chute de fora da área, deles, fraco, nas mãos de Marcos. E um cruzamento de dentro da área pra cabeçada de Thaciano pra fora. Teve a expulsão do maluco do time deles, que chutou Caio Alexandre no chão. E o resto foi o Bahia tocando bola, cozinhando o galo, jogadores caindo de cansaço e cãimbras e esperando o final do jogo pra gente cantar: MAMÃO COM AÇÚCAR!
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Mais um jogo muito abaixo do esperado, mas onde a qualidade técnica muito superior, definiu a partida em um lance, ao nosso favor. Kanivis foi o melhor da partida, seguido por Cuesta e Gilberto. Ou seja, a zaga. Cauly e Everton jogaram no sacrifício depois de passar uma semana com problemas de saúde. Marcos Felipe se movimentou mais no aquecimento que no jogo. Um jogo sem graça, mas o suficiente pra vencer um adversário, que no melhor dos elogios, foi esforçado.
O que importa mesmo, é chegar aos 15 pontos, abrindo 7 pontos pro Fortaleza, 2º colocado. Se classificou com 2 rodadas de antecedência, podendo disputar as próximas partidas com o time B, pra preparar o time titular para as duas finais do Baianão e a estreia no Brasileirão. Um presentaço para os aniversariantes do dia. A doutora Ana Raposo, que lá de Davis, na Califórnia, deve ter xingado muito o Rogério Ceni. E ao nosso Camisa 10, Bicampeão Brasileiro, meu ídolo, Zé Carlos, autor da preleção de hoje do Tricolor. E deu certo: BROCAMOS!
Diga aí. Que achou?
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Bahia broca no Bavice. Tá difícil? Chama o KANU! por Erick Cerqueira
Fala, Nação Tricolor! Já entraram na fila pra pedir perdão ao Kanivis? Já deixei o meu pedido no pé da Ladeira da Fonte. Agora, falando do jogo: que coisa maravilhosa e sem graça foi esse BAVI. E olhe que saí do aniversário do grande Alann Malaquias, pra ir pra Fonte, andando e com barriga cheia de pizza.
Em meus 46 anos de Fonte Nova já assisti inúmeros clássicos. E cada um tem sua história específica. Desde o 5×0 de 1986, com Bobô e Adão destruindo o rival, passando pelo empate com gol de Raudinei que quase parou meu coração, até as catástrofes das décadas do lixo (2000-2010). Esse jogo de hoje entra pra história como um grande jogo feio, mas importante.
Primeiro pela festa maravilhosa da Torcida Tricolor. Mais de 48 mil apaixonados, cantando, gritando, xingando, fazendo mosaico, subindo bandeirão, fogos, fogo, fumaça… um espetáculo maravilhoso, único e daqueles que a gente vai contar pros nossos netos.
Mas aí o juiz apitou. O time do Bahia, mais uma vez, demorou pra engatar a segunda. Começou lento, meio sem vontade, deixando o adversário achar que podia encarar o Tricolor em casa. E, mais uma vez, tomou gol antes dos 10 minutos. Um cruzamento na lateral, Rezende domina mal de peito, a bola sobra pros caras. Um toque e o centroavante deles acerta um chutaço de fora da área. Cuesta esperou demais a definição e tomou o gol.. 0x1.
Aí o Bahia acordou, depois dos 10 minutos, óbvio. Só que foi uma melhora inócua. Um domínio absoluto no meio de campo, enquanto os caras encostavam a cloaca no fundo do poleiro. Os 11, lá atrás, linhas bem compactadas e esperando uma bola errada pra disparar no contra-ataque, desde os 10 minutos iniciais da partida.
E de tanto rodar a bola, com dificuldade para penetrar as linhas, surgiu o heroi improvável da partida. Tá difícil? CHAMA O KANU!
Aos 35 minutos, o zagueirão, pelo terceiro jogo consecutivo, dá uma enfiada de bola absurda pra Everton Ribeiro. E o nosso 10, sumido até então, tocou pra trás pra chegada de Jean Lucas meter lá disgraça pra cima do goleiro das lá elas. Empatamos com muito merecimento. 1×1.
Já chegando no fim do primeiro tempo, um escanteio. Cauly cruza, bate-rebate na pequena área e sobra pra Kanivis tocar, com categoria, pra virar a partida. 2×1.
Segundo tempo e, rapaz, eu não lembro de muita coisa boa não. Um chute de fora da área, deles, fraco, nas mãos de Marcos. E um cruzamento de dentro da área pra cabeçada de Thaciano pra fora. Teve a expulsão do maluco do time deles, que chutou Caio Alexandre no chão. E o resto foi o Bahia tocando bola, cozinhando o galo, jogadores caindo de cansaço e cãimbras e esperando o final do jogo pra gente cantar: MAMÃO COM AÇÚCAR!
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Mais um jogo muito abaixo do esperado, mas onde a qualidade técnica muito superior, definiu a partida em um lance, ao nosso favor. Kanivis foi o melhor da partida, seguido por Cuesta e Gilberto. Ou seja, a zaga. Cauly e Everton jogaram no sacrifício depois de passar uma semana com problemas de saúde. Marcos Felipe se movimentou mais no aquecimento que no jogo. Um jogo sem graça, mas o suficiente pra vencer um adversário, que no melhor dos elogios, foi esforçado.
O que importa mesmo, é chegar aos 15 pontos, abrindo 7 pontos pro Fortaleza, 2º colocado. Se classificou com 2 rodadas de antecedência, podendo disputar as próximas partidas com o time B, pra preparar o time titular para as duas finais do Baianão e a estreia no Brasileirão. Um presentaço para os aniversariantes do dia. A doutora Ana Raposo, que lá de Davis, na Califórnia, deve ter xingado muito o Rogério Ceni. E ao nosso Camisa 10, Bicampeão Brasileiro, meu ídolo, Zé Carlos, autor da preleção de hoje do Tricolor. E deu certo: BROCAMOS!