Fala, Nação Tricolor! Domingão, sol, Fonte Nova, goleada, mas hoje não vou falar somente sobre a partida. A gente precisa ter uma conversa diferente. Pensar um pouco além do placar.

O Bahia entrou em campo pela 6ª vez com jogadores do elenco principal. Os números são muito favoráveis. Foram 4 triunfos, com 15 gols marcados e apenas um gol sofrido, de Tiago Recife, do Jequié, justamente contra a única equipe que não jogou toda retrancada, por uma bola, contra o Esquadrão.

Lucho é o artilheiro isolado do Esquadrão, com 4 gols. Seguido de Everaldo, Kanu, Erick e o nosso Pulguinha, com 2 cada. Fechando a lista, temos William José e Ruan Pablo com 1 gol. O outro foi contra.

Nas assistências, temos Ademir, imparável, com 5, e Pulga com 2. Everton, Cauly, Gilberto, Biel e Thiago completam a lista, com um passe para gol.

Já os goleiros não fizeram nenhuma defesa difícil nas 6 partidas. A que deu mais trabalho foi um cruzamento de escanteio cortado por Danilo no jogo contra o Sampaio. No mais, ele e Marcos Felipe atuaram mais como zagueiros, saindo com os pés, nas construções de jogadas.

Ceni já usou quase todos os profissionais do elenco, exceto Iago Borduchi e Michel Araújo, que ainda se recuperam. Ou seja, o Esquadrão está rodando as peças e ainda buscando o time ideal para o primeiro grande jogo do ano, na Bolívia. Para isso, várias formações estão sendo testadas, mas, se a gente perguntar qual o time vai encarar o The Strongest na semana que vem, dificilmente teremos uma unanimidade entre os torcedores (e acho que nem comissão técnica do Tricolor). Porque isso varia demais das intenções do treinador, da dinâmica que ele espera encontrar na altitude, que, convenhamos, será o maior adversário do Bahia no primeiro trimestre.

Será que Ceni vai usar o time mais pesado, com mais força física, com Acevedo, Erick e Jean Lucas, como o que jogou contra a Juazeirense? Ou uma formação mais técnica, com Caio, Everton, Jean e Cauly? Ou ainda uma opção mais rápida, com Caio, Everton e Nestor?
E na defesa, qual será a dupla titular? Quem ficará de fora?

E o ataque, com mais peso de área, jogando Everaldo e William, ou com mais velocidade, com Ademir, Pulga e Lucho? Aparentemente, quem tem lugar no time garantido entre os 11, em La Paz, é Danilo, Juba, Caio e Everton Ribeiro. E isso mostra o quanto é importante entendermos o PROCESSO do Grupo City.

Como disse Michael Jordan, “o talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos”. E o Bahia, hoje, tem uma equipe muito além de seus craques e além de um só time. Rogério tem nas mãos um elenco mais qualificado, e, além de “peças de reposição” apenas, ele tem peças para criar novos modelos de jogo, em busca de conquistas maiores. E a tendência é que esse bom elenco seja reforçado ano após ano. Esse é o processo de um clube vencedor.

BORA BAÊA MINHA PORRA!

O Campeonato Baiano, com seus times de baixo investimento, condições precárias de campos e péssimas arbitragens, serve e servirá cada vez mais, apenas para dar ritmo ao Esquadrão e garantir vaga na Copa do Brasil. A tendência é que, com a periodicidade do Bahia na Libertadores, essa segunda parte perca a importância. E aí, bota o Sub-20 para jogar e o elenco principal com foco no Nordestão pra cima.

A maior prova disso é que já estamos sentindo o ar rarefeito de La Paz na Fonte Nova desde ontem, onde comemoramos cada gol, mas golear não foi nada além da obrigação.