UMA BAITA MÁ IMPRESSÃO – POR EMERSON LEANDRO SILVA
Por Por 24/ 04/ 2025Categorias: Futebol, Vitória

Há uma sensação de fatalismo depois do resultado de ontem, como se nós tivéssemos um super time e perder em casa fosse o maior dos absurdos. Toda derrota do Leão, para mim, é motivo de revolta. Eu fico puto diante de um revés — e pouco me importa o lugar ou o adversário.

Como de praxe no futebol, sempre que se perde há uma pressa absurda para encontrar culpados. E, na sequência, surgem as teorias que tentam explicar o improvável, como se isso bastasse para dar conta de tudo.

O futebol já cansou de nos mostrar que opiniões a respeito dos times pesam muito pouco dentro das quatro linhas. E ontem foi mais um exemplo disso. “O Cerro tomou cinco de um time da Série D.” “Eles nunca venceram nenhum jogo em uma competição internacional.” “É nossa obrigação ganhar.”

Tudo isso é achismo e expectativa (que eu também desejei muito que se concretizasse). Mas no campo, eu sei que a história é outra.

MEU ESPANTO É NOSSA DEPENDÊNCIA

No nosso jogo de estreia contra o Universidad, eu comentei com um amigo: “Este time é horrível, mas é o tipo de jogo em que basta um erro para a merda acontecer.”
Essa mesma lógica se aplica ao Náutico, que nos eliminou na Copa do Brasil; ao Jahia, que abdicou de jogar no Barradão; e a ontem.

Para ser sincero, ontem conseguimos concluir jogadas e ir além da posse de bola para trás e lateralizada — que tanto irrita o torcedor. Fizemos triangulações e chutamos de média distância, o que mostra uma leve evolução da equipe. O problema é que isso ainda não é o bastante.

Costumo dizer que, a cada partida, estamos “menos piores” e, embora reconheça o quanto isso é angustiante, não acredito que será diferente daqui pra frente. Bato na mesma tecla desde o ano passado — e, claro, sei que sustento uma lógica muito parecida com a da nossa diretoria. Há quem ache que isso é “papinho”, mas qual seria a melhor estratégia para montar um elenco sem dinheiro, senão essa que estamos adotando?

O Vitória disputou, nos últimos 102 dias, um jogo a cada três dias. Ontem, completamos o trigésimo. Os jogadores titulares que iniciaram a partida estavam visivelmente se arrastando em campo. Na verdade, eu imaginava que Baralhas, Mosquito e o próprio Mateusinho não jogariam. No entanto, como culpar o treinador que opta por levar o que tem de melhor a campo?

Ainda nos restam três jogos na Sul-Americana e, por mais que entenda que a classificação está mais difícil, ainda temos chance. Sigo torcendo e acreditando. Acho que as críticas são válidas e necessárias, mas não faço coro às vozes que gritam que tudo está perdido.

No próximo domingo, temos o Grêmio, dentro de casa. E a gente não pode desistir. Até porque, depois desse jogo, teremos a primeira semana livre no calendário — e isso é uma chance real para fazer ajustes e melhorar nossa maneira de jogar em todas as competições.

Eu acredito no Vitória. E espero que você também. Vamo pra cima, Leão!

É Rubro-negro de corpo, alma e coração. Além de escritor, Relações Públicas, Consultor de Marketing Digital e Social Media.

Diga aí. Que achou?

Compartilhe nas redes

UMA BAITA MÁ IMPRESSÃO – POR EMERSON LEANDRO SILVA

Por Por 24/ 04/ 2025Categorias: Futebol, Vitória

Há uma sensação de fatalismo depois do resultado de ontem, como se nós tivéssemos um super time e perder em casa fosse o maior dos absurdos. Toda derrota do Leão, para mim, é motivo de revolta. Eu fico puto diante de um revés — e pouco me importa o lugar ou o adversário.

Como de praxe no futebol, sempre que se perde há uma pressa absurda para encontrar culpados. E, na sequência, surgem as teorias que tentam explicar o improvável, como se isso bastasse para dar conta de tudo.

O futebol já cansou de nos mostrar que opiniões a respeito dos times pesam muito pouco dentro das quatro linhas. E ontem foi mais um exemplo disso. “O Cerro tomou cinco de um time da Série D.” “Eles nunca venceram nenhum jogo em uma competição internacional.” “É nossa obrigação ganhar.”

Tudo isso é achismo e expectativa (que eu também desejei muito que se concretizasse). Mas no campo, eu sei que a história é outra.

MEU ESPANTO É NOSSA DEPENDÊNCIA

No nosso jogo de estreia contra o Universidad, eu comentei com um amigo: “Este time é horrível, mas é o tipo de jogo em que basta um erro para a merda acontecer.”
Essa mesma lógica se aplica ao Náutico, que nos eliminou na Copa do Brasil; ao Jahia, que abdicou de jogar no Barradão; e a ontem.

Para ser sincero, ontem conseguimos concluir jogadas e ir além da posse de bola para trás e lateralizada — que tanto irrita o torcedor. Fizemos triangulações e chutamos de média distância, o que mostra uma leve evolução da equipe. O problema é que isso ainda não é o bastante.

Costumo dizer que, a cada partida, estamos “menos piores” e, embora reconheça o quanto isso é angustiante, não acredito que será diferente daqui pra frente. Bato na mesma tecla desde o ano passado — e, claro, sei que sustento uma lógica muito parecida com a da nossa diretoria. Há quem ache que isso é “papinho”, mas qual seria a melhor estratégia para montar um elenco sem dinheiro, senão essa que estamos adotando?

O Vitória disputou, nos últimos 102 dias, um jogo a cada três dias. Ontem, completamos o trigésimo. Os jogadores titulares que iniciaram a partida estavam visivelmente se arrastando em campo. Na verdade, eu imaginava que Baralhas, Mosquito e o próprio Mateusinho não jogariam. No entanto, como culpar o treinador que opta por levar o que tem de melhor a campo?

Ainda nos restam três jogos na Sul-Americana e, por mais que entenda que a classificação está mais difícil, ainda temos chance. Sigo torcendo e acreditando. Acho que as críticas são válidas e necessárias, mas não faço coro às vozes que gritam que tudo está perdido.

No próximo domingo, temos o Grêmio, dentro de casa. E a gente não pode desistir. Até porque, depois desse jogo, teremos a primeira semana livre no calendário — e isso é uma chance real para fazer ajustes e melhorar nossa maneira de jogar em todas as competições.

Eu acredito no Vitória. E espero que você também. Vamo pra cima, Leão!

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