Quando eu escrevi a carta aberta à Nação Rubro-Negra, dizendo que este ano seria, como foi o ano passado, doloroso e cheio de estresses, eu estava, na verdade, suplicando ao universo que eu estivesse errado. Diversos torcedores do Vitória torceram o bico e me acusaram, entre outras coisas, de idiota ou urubólogo de plantão. Bem, este texto não é pra dizer simplesmente “viu que eu estava certo”, mas sim pra alertar que ainda estamos na metade do ano — e há muito o que acontecer.
Eu não esperava que o nível de dor e os pífios resultados que teríamos em todas as competições disputadas até aqui viessem com os requintes de crueldade que estamos vendo. A meu ver, a grande questão não é perder para times como Náutico e Confiança dentro do Barradão, ou ser eliminado de maneira grotesca na Sul-Americana. Isso é ruim, claro. Mas perder sem apresentar minimamente um nível de competitividade é o que mais me assusta e irrita.
UM PRATO CHEIO PARA A IMPRENSA
A indústria perversa da imprensa não produzirá uma linha a respeito de que todo planejamento, por melhor que seja, sofre revezes em sua aplicação. Uma parte da torcida vociferará contra os culpados que ela mesma elencará, na ânsia de dissipar a raiva e a frustração diante da atual conjuntura.
Nós exigimos a saída de Manequinha, Janderson, Mosquito e Rato. Desejamos que a diretoria fizesse alguma espécie de mágica e mantivesse, contra a vontade deles, Wagner Leonardo e Lucas Esteves. Somos apaixonados pelo Vitória, e para nós tudo isso fazia sentido. No pós-jogo contra o Confiança, Janderson fez um post insinuando que não era o culpado por nossa situação. A diretoria nos ouviu — e, contra o Confiança, fomos a campo sem opções reais de mudança de postura, que precisávamos para ganhar o jogo.
“Ah, então quer dizer que a culpa é minha por conta da atual situação do Vitória?” É óbvio que não. A demissão de Carpine e a chegada de Carille é mais uma incógnita com a qual teremos de lidar. E, se nós não entendermos que somos os únicos que realmente desejam o bem do nosso clube, passaremos a ouvir o que a imprensa esportiva baiana, sedenta por sangue, comumente se deleita em dizer.
O Vitória é pra quem acredita, velho! Fique puto, mas não desista.
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SEU “EU AVISEI” NÃO AJUDA – POR EMERSON LEANDRO SILVA
Quando eu escrevi a carta aberta à Nação Rubro-Negra, dizendo que este ano seria, como foi o ano passado, doloroso e cheio de estresses, eu estava, na verdade, suplicando ao universo que eu estivesse errado. Diversos torcedores do Vitória torceram o bico e me acusaram, entre outras coisas, de idiota ou urubólogo de plantão. Bem, este texto não é pra dizer simplesmente “viu que eu estava certo”, mas sim pra alertar que ainda estamos na metade do ano — e há muito o que acontecer.
Eu não esperava que o nível de dor e os pífios resultados que teríamos em todas as competições disputadas até aqui viessem com os requintes de crueldade que estamos vendo. A meu ver, a grande questão não é perder para times como Náutico e Confiança dentro do Barradão, ou ser eliminado de maneira grotesca na Sul-Americana. Isso é ruim, claro. Mas perder sem apresentar minimamente um nível de competitividade é o que mais me assusta e irrita.
UM PRATO CHEIO PARA A IMPRENSA
A indústria perversa da imprensa não produzirá uma linha a respeito de que todo planejamento, por melhor que seja, sofre revezes em sua aplicação. Uma parte da torcida vociferará contra os culpados que ela mesma elencará, na ânsia de dissipar a raiva e a frustração diante da atual conjuntura.
Nós exigimos a saída de Manequinha, Janderson, Mosquito e Rato. Desejamos que a diretoria fizesse alguma espécie de mágica e mantivesse, contra a vontade deles, Wagner Leonardo e Lucas Esteves. Somos apaixonados pelo Vitória, e para nós tudo isso fazia sentido. No pós-jogo contra o Confiança, Janderson fez um post insinuando que não era o culpado por nossa situação. A diretoria nos ouviu — e, contra o Confiança, fomos a campo sem opções reais de mudança de postura, que precisávamos para ganhar o jogo.
“Ah, então quer dizer que a culpa é minha por conta da atual situação do Vitória?” É óbvio que não. A demissão de Carpine e a chegada de Carille é mais uma incógnita com a qual teremos de lidar. E, se nós não entendermos que somos os únicos que realmente desejam o bem do nosso clube, passaremos a ouvir o que a imprensa esportiva baiana, sedenta por sangue, comumente se deleita em dizer.
O Vitória é pra quem acredita, velho! Fique puto, mas não desista.