Usar palavras como “conquista” ou “comemoração” para descrever o resultado de ontem seria exagero, eu concordo. Mas entender que o time podia ter vencido se tivéssemos mais técnica é completamente diferente de vir a público escrachar qualquer jogador. Você já deve saber que a janela de contratações se encerrou recentemente, e que o elenco que temos atualmente vai ter que servir até, pelo menos, junho. Então, não seria melhor apoiar, em vez de criticar, já que teremos que conviver com esse grupo?
Não é um pedido velado ao conformismo. Mas, diante da nossa realidade — e aqui me refiro ao fato de não termos grana para contratar jogadores à altura do Vitória —, com quem podemos contar, senão conosco, torcedores apaixonados; com uma diretoria comprometida em reerguer nosso clube e com uma comissão técnica que acredita que é possível alcançar grandes conquistas este ano?
“Ah, mas Carpini é isso e aquilo”, “ele errou aqui e acolá”, “o time é péssimo, Léo”… Tudo isso pode ser verdade. Mas é preciso ter paciência, porque até aqui foi a sinergia entre Barradão, diretoria, comissão e time que nos tirou da Série C, nos fez campeões brasileiros e nos levou a disputar uma Sul-Americana uma década depois.
Provavelmente ainda vamos ter momentos de pressão alta, amor e ódio pelo Vitória nesta temporada. Xingaremos a plenos pulmões o jogador A, Carpini e até o próprio Fábio Mota. Mas não podemos deixar de cumprir nosso papel. O Vitória é pra quem acredita, véi!
RANÇO NÃO É UNIDADE DE MEDIDA
Preciso lembrar a você que, há apenas dois jogos, estava maldizendo Zé Marcos e chorando como uma viúva por conta da saída do zagueiro traíra. Mas, desde a saída de Néris (que falhou contra o Juventude), ele vem fazendo partidas seguras ao lado de Halter. Eu sei que seu desejo é que o elenco já estivesse pronto e “com casca” desde a primeira rodada, mas, no futebol, é preciso respeitar processos, pô.
“Vamo deixar os caras trabalhar.” Seguiremos atentos e críticos, sim, mas esperançosos.
O ranço é como um vírus que se espalha e corrói o elenco do Vitória desde que o mundo é mundo. Parte da nossa torcida, muitas vezes, escolhe alguém para Cristo e, de forma até perversa, malha o cara até que ele literalmente peça para sair. Carlos Eduardo entrou ontem porque Eric estava visivelmente exausto e já não conseguia recompor com a mesma intensidade os ataques dos caras pela esquerda.
Há quem defenda que esse “é o papel do torcedor”, que se não for dessa forma, nada funciona no Vitória. Eu entendo quem escolhe esse caminho. Mas, mais uma vez, prefiro não segui-lo, por acreditar que essa postura atrapalha mais do que ajuda. Carlos Eduardo, Rhyler e Lucas Braga podem ser úteis e, sinceramente, eu acredito que serão.
A partida que Gustavo Mosquito fez ontem foi irreparável — e, claro, ele não fez mais do que sua obrigação. Mas não seja leviano ou orgulhoso ao dizer algo assim, porque o cara comeu a bola ontem. Não só ele: Jamerson e Janderson também fizeram boas partidas e, a meu ver, estão evoluindo — assim como o restante do time.
Carpini não é burro, nem arrogante, tampouco tem uma obsessão por Carlos Eduardo, Rhyler ou Lucas Braga. Cabe a ele decidir quem melhor se encaixa no plano de jogo e quem tem condições físicas e técnicas para fazer o plano funcionar. Ontem funcionou — a tal ponto que percebemos que poderíamos ter vencido. Mas nada supera o trabalho e a convicção naquilo em que se acredita.
“A melhor forma de calar os críticos é mostrando resultado” esta é uma fala de Carpini e eu concordo. Ontem voltamos a competir e pontuar. É pouco? Eu sei. Mas há uma luz no fim do túnel. Você também vê?
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SEM AGONIA, O COPO TÁ “MEIO CHEIO” – POR EMERSON LEANDRO SILVA
Usar palavras como “conquista” ou “comemoração” para descrever o resultado de ontem seria exagero, eu concordo. Mas entender que o time podia ter vencido se tivéssemos mais técnica é completamente diferente de vir a público escrachar qualquer jogador. Você já deve saber que a janela de contratações se encerrou recentemente, e que o elenco que temos atualmente vai ter que servir até, pelo menos, junho. Então, não seria melhor apoiar, em vez de criticar, já que teremos que conviver com esse grupo?
Não é um pedido velado ao conformismo. Mas, diante da nossa realidade — e aqui me refiro ao fato de não termos grana para contratar jogadores à altura do Vitória —, com quem podemos contar, senão conosco, torcedores apaixonados; com uma diretoria comprometida em reerguer nosso clube e com uma comissão técnica que acredita que é possível alcançar grandes conquistas este ano?
“Ah, mas Carpini é isso e aquilo”, “ele errou aqui e acolá”, “o time é péssimo, Léo”… Tudo isso pode ser verdade. Mas é preciso ter paciência, porque até aqui foi a sinergia entre Barradão, diretoria, comissão e time que nos tirou da Série C, nos fez campeões brasileiros e nos levou a disputar uma Sul-Americana uma década depois.
Provavelmente ainda vamos ter momentos de pressão alta, amor e ódio pelo Vitória nesta temporada. Xingaremos a plenos pulmões o jogador A, Carpini e até o próprio Fábio Mota. Mas não podemos deixar de cumprir nosso papel. O Vitória é pra quem acredita, véi!
RANÇO NÃO É UNIDADE DE MEDIDA
Preciso lembrar a você que, há apenas dois jogos, estava maldizendo Zé Marcos e chorando como uma viúva por conta da saída do zagueiro traíra. Mas, desde a saída de Néris (que falhou contra o Juventude), ele vem fazendo partidas seguras ao lado de Halter. Eu sei que seu desejo é que o elenco já estivesse pronto e “com casca” desde a primeira rodada, mas, no futebol, é preciso respeitar processos, pô.
“Vamo deixar os caras trabalhar.” Seguiremos atentos e críticos, sim, mas esperançosos.
O ranço é como um vírus que se espalha e corrói o elenco do Vitória desde que o mundo é mundo. Parte da nossa torcida, muitas vezes, escolhe alguém para Cristo e, de forma até perversa, malha o cara até que ele literalmente peça para sair. Carlos Eduardo entrou ontem porque Eric estava visivelmente exausto e já não conseguia recompor com a mesma intensidade os ataques dos caras pela esquerda.
Há quem defenda que esse “é o papel do torcedor”, que se não for dessa forma, nada funciona no Vitória. Eu entendo quem escolhe esse caminho. Mas, mais uma vez, prefiro não segui-lo, por acreditar que essa postura atrapalha mais do que ajuda. Carlos Eduardo, Rhyler e Lucas Braga podem ser úteis e, sinceramente, eu acredito que serão.
A partida que Gustavo Mosquito fez ontem foi irreparável — e, claro, ele não fez mais do que sua obrigação. Mas não seja leviano ou orgulhoso ao dizer algo assim, porque o cara comeu a bola ontem. Não só ele: Jamerson e Janderson também fizeram boas partidas e, a meu ver, estão evoluindo — assim como o restante do time.
Carpini não é burro, nem arrogante, tampouco tem uma obsessão por Carlos Eduardo, Rhyler ou Lucas Braga. Cabe a ele decidir quem melhor se encaixa no plano de jogo e quem tem condições físicas e técnicas para fazer o plano funcionar. Ontem funcionou — a tal ponto que percebemos que poderíamos ter vencido. Mas nada supera o trabalho e a convicção naquilo em que se acredita.
“A melhor forma de calar os críticos é mostrando resultado” esta é uma fala de Carpini e eu concordo. Ontem voltamos a competir e pontuar. É pouco? Eu sei. Mas há uma luz no fim do túnel. Você também vê?