🎶Demorou, mas chegou, e minha vida se transformou. Todo tormento já passou, e em minha vida tudo é amor.

A poética presente na canção de Edson Gomes, que acabo de tomar emprestada, não é uma versão romantizada da nossa sofrida vitória ante o Bragantino em nosso santuário. Mas, sobretudo, é um canto de alegria por termos vencido um time notoriamente superior em termos técnicos a nós, e com uma campanha que fala por si só.

A partida de ontem não esconde nossas falhas defensivas, nossa incapacidade de sermos minimamente inteligentes e propositivos com a bola nos pés, tampouco a insuficiência de jogadores como Pepê e Erick. Mas eu confesso que tudo isso fica em segundo plano quando os três pontos são computados pra nós e, de quebra, nos tiram da zona de rebaixamento.

MAIS UMA VEZ KAIZER

O Bragantino chegou como claro favorito na partida de ontem, jogou melhor, teve mais posse de bola e mostrou que os números e a colocação que possui na tabela são merecedores. No entanto, a verdade é que o futebol é maravilhoso e cruel, e nem sempre o melhor, o mais preparado ou o favorito sagra-se vencedor. A nosso favor, nós temos o Barradão véi e, quando ele pulsa, o adversário treme.

O chutaço que Kayzer acertou depois de um sem-pulo magistral nos deu o triunfo depois de oito jogos sem vencer, nos tirou da zona de rebaixamento e nos reapresentou à garra rubro-negra que o torcedor tanto ansiava e precisa pra voltar a acreditar no time.

O resultado de ontem, conquistado a duras penas contra um adversário do G4, não nos trouxe apenas mais três pontos. Nos apresentou a chance real de nos reconectarmos com a aliança Barradão-vitórias. A gente segue receoso, crítico e impaciente com erros bobos, desempenho abaixo do que podemos entregar e resultados frustrantes. Mas a verdade é que os únicos que poderão dar sobrevida a este time somos nós, torcedores.

O jogo com o Sport, ao contrário do que se possa imaginar por conta da campanha conturbada que a equipe pernambucana vem fazendo, não será fácil e, sinceramente, não espero tranquilidade alguma. Espero que a luta dentro de campo, a aplicação tática (e uma dose de sorte) que vimos no jogo de ontem nos acompanhe neste jogo e no restante do campeonato.

Amém, Igreja?!