Este não é mais um texto sobre futebol, tampouco sobre religião, mas sim sobre fé. O que essa virada épica, conquistada com um jogador a menos — e não qualquer jogador, mas justamente aquele que é nossa referência técnica — nos mostrou, foi que o trabalho coletivo é o pilar que sustentará o Vitória nesta temporada.
Esse trabalho começou ainda no ano passado, com a decisão de trazer Carpini, e vem se fortalecendo a cada defesa pública de Fábio Mota pela permanência dele no cargo.
Não foi mera ousadia que levou Carpini a tirar Welinton Rato e Osvaldo para colocar Kayzer e Fabri em campo — foi fé. Essa confiança contagiou as arquibancadas. E quando o Barradão ferve, os adversários tremem, porque a sinergia entre técnico, time e torcida é um agente transformador, regado a suor, lágrimas e energia pulsante, que canta e vibra.
Todos os olhares se voltam para a estreia de Kayzer, que, com apenas quinze minutos em campo, fez o primeiro gol e, na sua segunda oportunidade, marcou o gol da virada. Mas, antes dele, é preciso exaltar a partida monstruosa de Ronald, Edu e Jamerson. Embora devamos celebrar o fato de termos, enfim, um camisa 9 de ofício — que, mesmo sem ritmo, fez uma partidaça —, acima dele está o time.
DEUS ESCREVE CERTO POR LINHAS TORTAS
Matheusinho cometeu um erro. Será cobrado internamente por isso, mas tem crédito. Sua saída prematura da partida permitirá que ele volte a entregar a vida em campo — como fez na temporada passada, algo que ainda não conseguiu repetir neste ano. Que vençamos nosso jogo contra o Cerro e, se tudo der certo, consigamos nos manter vivos na Sul-Americana.
Há um discurso recorrente de que deveríamos ter contratado um camisa 9 muito antes, para não passarmos por esse sofrimento. A impressão que tenho é de que parece que escolhemos não trazê-lo, como se tivéssemos dinheiro de sobra e uma abundância de centroavantes disponíveis no mercado que se encaixassem no nosso orçamento.
Não sei se essa galera se deu conta de que Kayzer só veio porque se lesionou. Mesmo no banco do Fortaleza, ele continuaria por lá se estivesse em plenas condições físicas. Ainda somos o 17º orçamento da competição, e isso pesa — e muito — no planejamento do elenco e na contratação de novas peças.
O jogo de ontem mostrou que, mesmo sem nossa referência técnica e com um jogador a menos, é possível vencer e convencer nossa apaixonada torcida de que não falta raça e coragem neste elenco.
Disse a um amigo assim que empatamos a partida: “Este time entregará um resultado melhor do que o do ano passado.” Eu acredito nisso desde o primeiro jogo da temporada — e fui chamado de louco. Não quero dizer que o jogo de ontem foi uma virada de chave, mas sim que representou um marco de um trabalho coletivo que começa a mostrar resultados significativos.
Não é a mesma coisa. Digo isso porque o jogo de ontem foi um ponto fora da curva — incrível, é verdade —, mas, no geral, nossa temporada terá oscilações. E isso se estenderá a jogadores, comissão técnica e presidência. Não é à toa que o novo Papa é Leão, e o nosso lema continua sendo: “O Vitória é pra acreditar.”
Tenha fé e vamo pra cima, amém?!
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COM FÉ, UM A MENOS E DE VIRADA – POR EMERSON LEANDRO SILVA
Este não é mais um texto sobre futebol, tampouco sobre religião, mas sim sobre fé. O que essa virada épica, conquistada com um jogador a menos — e não qualquer jogador, mas justamente aquele que é nossa referência técnica — nos mostrou, foi que o trabalho coletivo é o pilar que sustentará o Vitória nesta temporada.
Esse trabalho começou ainda no ano passado, com a decisão de trazer Carpini, e vem se fortalecendo a cada defesa pública de Fábio Mota pela permanência dele no cargo.
Não foi mera ousadia que levou Carpini a tirar Welinton Rato e Osvaldo para colocar Kayzer e Fabri em campo — foi fé. Essa confiança contagiou as arquibancadas. E quando o Barradão ferve, os adversários tremem, porque a sinergia entre técnico, time e torcida é um agente transformador, regado a suor, lágrimas e energia pulsante, que canta e vibra.
Todos os olhares se voltam para a estreia de Kayzer, que, com apenas quinze minutos em campo, fez o primeiro gol e, na sua segunda oportunidade, marcou o gol da virada. Mas, antes dele, é preciso exaltar a partida monstruosa de Ronald, Edu e Jamerson. Embora devamos celebrar o fato de termos, enfim, um camisa 9 de ofício — que, mesmo sem ritmo, fez uma partidaça —, acima dele está o time.
DEUS ESCREVE CERTO POR LINHAS TORTAS
Matheusinho cometeu um erro. Será cobrado internamente por isso, mas tem crédito. Sua saída prematura da partida permitirá que ele volte a entregar a vida em campo — como fez na temporada passada, algo que ainda não conseguiu repetir neste ano. Que vençamos nosso jogo contra o Cerro e, se tudo der certo, consigamos nos manter vivos na Sul-Americana.
Há um discurso recorrente de que deveríamos ter contratado um camisa 9 muito antes, para não passarmos por esse sofrimento. A impressão que tenho é de que parece que escolhemos não trazê-lo, como se tivéssemos dinheiro de sobra e uma abundância de centroavantes disponíveis no mercado que se encaixassem no nosso orçamento.
Não sei se essa galera se deu conta de que Kayzer só veio porque se lesionou. Mesmo no banco do Fortaleza, ele continuaria por lá se estivesse em plenas condições físicas. Ainda somos o 17º orçamento da competição, e isso pesa — e muito — no planejamento do elenco e na contratação de novas peças.
O jogo de ontem mostrou que, mesmo sem nossa referência técnica e com um jogador a menos, é possível vencer e convencer nossa apaixonada torcida de que não falta raça e coragem neste elenco.
Disse a um amigo assim que empatamos a partida: “Este time entregará um resultado melhor do que o do ano passado.” Eu acredito nisso desde o primeiro jogo da temporada — e fui chamado de louco. Não quero dizer que o jogo de ontem foi uma virada de chave, mas sim que representou um marco de um trabalho coletivo que começa a mostrar resultados significativos.
Não é a mesma coisa. Digo isso porque o jogo de ontem foi um ponto fora da curva — incrível, é verdade —, mas, no geral, nossa temporada terá oscilações. E isso se estenderá a jogadores, comissão técnica e presidência. Não é à toa que o novo Papa é Leão, e o nosso lema continua sendo: “O Vitória é pra acreditar.”
Tenha fé e vamo pra cima, amém?!