CARPINI EM BAIXA – POR EMERSON LEANDRO SILVA

O jogo contra o Ceará foi assustador. Não pelo resultado em si — que já foi péssimo —, mas porque ele abre uma premissa aterrorizante. Afinal, em tese, enfrentamos uma equipe que acaba de vir da segunda divisão e disputará um campeonato cuja maior premiação será a permanência na elite do Brasileirão.

Acontece que, no futebol, nenhuma dessas coisas entra em campo — o que vale, no final das contas, é bola na rede.

O exemplar primeiro tempo que fizemos, anulando o Ceará, forçando erros na saída de bola e impedindo que eles nos “amassassem” como costumam fazer jogando em casa, não contou absolutamente nada em termos práticos para o resultado da partida. Os prognósticos indicavam um Ceará desgastado fisicamente após o jogo intenso contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil.

Já nós vínhamos descansados, após a primeira semana livre para treinos na temporada. E a ironia do resultado é que, mais uma vez, o mesmo jogador falhou em um escanteio — justamente o tipo de jogada que requer treino. Entramos em campo aparentemente satisfeitos com o empate. E, quando o plano de jogo tem como base um objetivo tão medíocre, a meu ver, aumentam as chances de desastre.

A DERROTA FOI DO CARPINI, NÃO DE CARLINHOS

Ronald errou mais uma vez em um lance muito parecido com o que aconteceu contra o Grêmio. Na entrevista pós-jogo, Carpini disse que o autor do gol era um dos alvos estudados no time adversário, mas a facilidade com que Ronald foi deixado para trás nos dois lances (neste e no do jogo do Grêmio) deixou evidente que o estudo não foi suficiente.

Não quero, com isso, dizer que Ronald não contribui ou que não seja um bom jogador. A falha está em dar a ele a responsabilidade de marcar o melhor cabeceador da equipe rival, sendo que ele já havia falhado antes.

Há quem diga que, se Carlinhos tivesse feito o gol, o jogo seria diferente. Mas isso, a meu ver, é um exercício de futurologia injusto com o cara — afinal, na partida anterior, foi dele o gol do empate.

O time voltou para o segundo tempo completamente apático, e isso é resultado de uma “conversa de intervalo” ineficiente. A apatia resultou em um gol bizarro — e na derrota.

O mais assustador foi que as mexidas feitas por Carpini logo em seguida nos deixaram ainda mais expostos. Isso foi desesperador de assistir. Eu sei que Baralhas está sobrecarregado, mas tirar Rhyler para aumentar nosso poderio ofensivo, deixando apenas Ronald — o volante com menor capacidade de contenção —, foi um claro e perigoso ato de desespero e desorganização por parte de Carpini.

Antes do jogo, já havia quem dissesse que a medida correta seria a demissão do nosso técnico. Eu, sinceramente, mesmo entendendo que ele foi o principal culpado pela derrota, acredito que não deve ser demitido. O que houve no Presidente Vargas foi uma noite ruim de Carpini — e isso refletiu em campo.

Na minha “Carta Aberta à Nação Colossal”, eu disse que este ano seria sofrido — e, infelizmente, estava certo. O pior não é isso. É que acho que ainda sofreremos mais. Mas entender isso não é ser derrotista ou se conformar com a situação. Este realismo deve nos servir para fazer o que sabemos fazer melhor: dar a volta por cima através do trabalho.

E, já já, os resultados virão. Vamo pra cima nação!

É Rubro-negro de corpo, alma e coração. Além de escritor, Relações Públicas, Consultor de Marketing Digital e Social Media.

Diga aí. Que achou?

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CARPINI EM BAIXA – POR EMERSON LEANDRO SILVA

O jogo contra o Ceará foi assustador. Não pelo resultado em si — que já foi péssimo —, mas porque ele abre uma premissa aterrorizante. Afinal, em tese, enfrentamos uma equipe que acaba de vir da segunda divisão e disputará um campeonato cuja maior premiação será a permanência na elite do Brasileirão.

Acontece que, no futebol, nenhuma dessas coisas entra em campo — o que vale, no final das contas, é bola na rede.

O exemplar primeiro tempo que fizemos, anulando o Ceará, forçando erros na saída de bola e impedindo que eles nos “amassassem” como costumam fazer jogando em casa, não contou absolutamente nada em termos práticos para o resultado da partida. Os prognósticos indicavam um Ceará desgastado fisicamente após o jogo intenso contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil.

Já nós vínhamos descansados, após a primeira semana livre para treinos na temporada. E a ironia do resultado é que, mais uma vez, o mesmo jogador falhou em um escanteio — justamente o tipo de jogada que requer treino. Entramos em campo aparentemente satisfeitos com o empate. E, quando o plano de jogo tem como base um objetivo tão medíocre, a meu ver, aumentam as chances de desastre.

A DERROTA FOI DO CARPINI, NÃO DE CARLINHOS

Ronald errou mais uma vez em um lance muito parecido com o que aconteceu contra o Grêmio. Na entrevista pós-jogo, Carpini disse que o autor do gol era um dos alvos estudados no time adversário, mas a facilidade com que Ronald foi deixado para trás nos dois lances (neste e no do jogo do Grêmio) deixou evidente que o estudo não foi suficiente.

Não quero, com isso, dizer que Ronald não contribui ou que não seja um bom jogador. A falha está em dar a ele a responsabilidade de marcar o melhor cabeceador da equipe rival, sendo que ele já havia falhado antes.

Há quem diga que, se Carlinhos tivesse feito o gol, o jogo seria diferente. Mas isso, a meu ver, é um exercício de futurologia injusto com o cara — afinal, na partida anterior, foi dele o gol do empate.

O time voltou para o segundo tempo completamente apático, e isso é resultado de uma “conversa de intervalo” ineficiente. A apatia resultou em um gol bizarro — e na derrota.

O mais assustador foi que as mexidas feitas por Carpini logo em seguida nos deixaram ainda mais expostos. Isso foi desesperador de assistir. Eu sei que Baralhas está sobrecarregado, mas tirar Rhyler para aumentar nosso poderio ofensivo, deixando apenas Ronald — o volante com menor capacidade de contenção —, foi um claro e perigoso ato de desespero e desorganização por parte de Carpini.

Antes do jogo, já havia quem dissesse que a medida correta seria a demissão do nosso técnico. Eu, sinceramente, mesmo entendendo que ele foi o principal culpado pela derrota, acredito que não deve ser demitido. O que houve no Presidente Vargas foi uma noite ruim de Carpini — e isso refletiu em campo.

Na minha “Carta Aberta à Nação Colossal”, eu disse que este ano seria sofrido — e, infelizmente, estava certo. O pior não é isso. É que acho que ainda sofreremos mais. Mas entender isso não é ser derrotista ou se conformar com a situação. Este realismo deve nos servir para fazer o que sabemos fazer melhor: dar a volta por cima através do trabalho.

E, já já, os resultados virão. Vamo pra cima nação!

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