Eu estou convencido de que não posso mais iniciar minhas crônicas com expressões como “ontem fizemos o pior jogo de nossa temporada”, porque, infelizmente, o Vitória tem me surpreendido negativamente a cada partida. É óbvio que ainda estamos no início da temporada, e o recorte que Carpini fez na coletiva de imprensa depois do jogo, baseando-se nos números até aqui, tem fundamento.
Acontece que futebol é, antes de qualquer coisa, sobre paixão, e sem isso e sem resultados, estatísticas não passam de numerologia fajuta. O Vitória mostrou garra pela última vez no segundo jogo do Baianão e, mesmo assim, o resultado não veio. Fizemos ontem a segunda estreia das últimas duas semanas e, infelizmente, o segundo jogo com um rendimento muito abaixo do aceitável, desta vez com um agravante absurdo: o fato de empatarmos contra uma Universidad Católica extremamente limitada.
MAIS FALHAS INDIVIDUAIS
A primeira delas, sem a menor chance para explicação plausível, foi a escolha de começarmos com Mosquito e Braga (para alguns, uma praga), sendo que temos no banco Erick, que entrou voando novamente, e Léo Pereira, que, embora seja visivelmente limitado, é voluntarioso e, no mínimo, faria um jogo menos pior do que Lucas Braga. Portanto, o primeiro erro individual começa com Carpini e, mesmo que de maneira tímida, ele reconheceu isso na coletiva de imprensa no pós-jogo.
A partida de Cáceres como titular eu quis acreditar que se motivava por conta de sua experiência e pelo fato de Claudinho provavelmente não estar 100%. “Ah, mas assim que ele deu o gol, tinha de tirá-lo.” Como torcedor, eu entendi e desejei isso, pois certamente Claudinho ajudaria a incendiaria a partida. Acontece que, como gestão de elenco, sacá-lo significaria jogar o torcedor contra o cara, e imaginei que Carpini não faria isso. De fato, não fez.
Cáceres não acertou um único cruzamento, e olhe que esta era sua maior virtude no ano passado.
EU SEI, MAS O VITÓRIA É PRA QUEM ACREDITA, LEMBRA?
É quase desumano pedir que o torcedor tenha paciência com a maneira como este time está jogando, mas talvez você não tenha aceitado que este é o elenco que teremos, pelo menos até a janela do meio do ano. Ontem, visivelmente abaixo do que pode render, Matheusinho entrou em campo e deu uma dose de competitividade à equipe, porque ele é acima da média.
Eu sou um otimista incurável e quero crer que Erick será nosso titular em nossa próxima partida, porque ele está com sangue no olho e pedindo passagem com léguas de distância em relação à qualidade técnica de todos os pontas que temos no elenco. Embora constantemente criticado por sua baixa qualidade técnica, acho que Rhyler, William Oliveira, bem como Zé Marcos e Hugo, não fizeram uma partida ruim (a pulga atrás da orelha é que enfrentamos um adversário muito limitado).
Certo mesmo é que, se jogarmos desta forma contra os nossos próximos adversários, os resultados serão ainda mais desastrosos. Algo precisa mudar, e pra já. Vamo pra cima, Leão!
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CADA VEZ MAIS DIFÍCIL – POR EMERSON LEANDRO SILVA
Eu estou convencido de que não posso mais iniciar minhas crônicas com expressões como “ontem fizemos o pior jogo de nossa temporada”, porque, infelizmente, o Vitória tem me surpreendido negativamente a cada partida. É óbvio que ainda estamos no início da temporada, e o recorte que Carpini fez na coletiva de imprensa depois do jogo, baseando-se nos números até aqui, tem fundamento.
Acontece que futebol é, antes de qualquer coisa, sobre paixão, e sem isso e sem resultados, estatísticas não passam de numerologia fajuta. O Vitória mostrou garra pela última vez no segundo jogo do Baianão e, mesmo assim, o resultado não veio. Fizemos ontem a segunda estreia das últimas duas semanas e, infelizmente, o segundo jogo com um rendimento muito abaixo do aceitável, desta vez com um agravante absurdo: o fato de empatarmos contra uma Universidad Católica extremamente limitada.
MAIS FALHAS INDIVIDUAIS
A primeira delas, sem a menor chance para explicação plausível, foi a escolha de começarmos com Mosquito e Braga (para alguns, uma praga), sendo que temos no banco Erick, que entrou voando novamente, e Léo Pereira, que, embora seja visivelmente limitado, é voluntarioso e, no mínimo, faria um jogo menos pior do que Lucas Braga. Portanto, o primeiro erro individual começa com Carpini e, mesmo que de maneira tímida, ele reconheceu isso na coletiva de imprensa no pós-jogo.
A partida de Cáceres como titular eu quis acreditar que se motivava por conta de sua experiência e pelo fato de Claudinho provavelmente não estar 100%. “Ah, mas assim que ele deu o gol, tinha de tirá-lo.” Como torcedor, eu entendi e desejei isso, pois certamente Claudinho ajudaria a incendiaria a partida. Acontece que, como gestão de elenco, sacá-lo significaria jogar o torcedor contra o cara, e imaginei que Carpini não faria isso. De fato, não fez.
Cáceres não acertou um único cruzamento, e olhe que esta era sua maior virtude no ano passado.
EU SEI, MAS O VITÓRIA É PRA QUEM ACREDITA, LEMBRA?
É quase desumano pedir que o torcedor tenha paciência com a maneira como este time está jogando, mas talvez você não tenha aceitado que este é o elenco que teremos, pelo menos até a janela do meio do ano. Ontem, visivelmente abaixo do que pode render, Matheusinho entrou em campo e deu uma dose de competitividade à equipe, porque ele é acima da média.
Eu sou um otimista incurável e quero crer que Erick será nosso titular em nossa próxima partida, porque ele está com sangue no olho e pedindo passagem com léguas de distância em relação à qualidade técnica de todos os pontas que temos no elenco. Embora constantemente criticado por sua baixa qualidade técnica, acho que Rhyler, William Oliveira, bem como Zé Marcos e Hugo, não fizeram uma partida ruim (a pulga atrás da orelha é que enfrentamos um adversário muito limitado).
Certo mesmo é que, se jogarmos desta forma contra os nossos próximos adversários, os resultados serão ainda mais desastrosos. Algo precisa mudar, e pra já. Vamo pra cima, Leão!