Fala, Nação Tricolor! Com esse empate contra o lanterna, acendeu o alerta amarelo. Dos últimos 4 jogos, somente contra o Juventude tivemos paz de espírito. E isso é terrível, já que enfrentamos os dois fraquíssimos times que decidiram as finais do Campeonato Pernambucano. Mas hoje, o abismo técnico entre as equipes, foi anulado pela vontade deles, e a nossa displicência e falta de coragem.

Contra o Retrô, em casa, Ceni fez tudo certo. Colocou o time reserva contra um time de Série C; e logo de cara as coisas começaram a acontecer com dois gols de Lucho, um em cima do outro. Mas aí veio a maluquice do goleiro Ronaldo, que é ambidestro, mas chuta mal com as duas. E tudo mudou. Um jogo que era fácil, e parecia que iríamos golear e colocar os meninos da Base no segundo tempo, virou arriscado e precisamos colocar os titulares. Resultado: estouramos Pulga e perdemos ele por um mês.

Mas agora, contra o Sport, com o time titular, Ceni resolveu fazer tudo errado. E aí, deu a lógica. Começou com a improvisação do cara que nunca jogou bem nem na própria posição. Iago de ponta foi maluquice demais. Ele tinha Kayky, Michel Araujo, Cauly e até Lucho. Mas não: colocou Borduchi do mais absoluto nada. E mostrou porque todo mundo estava certo e Ceni errado.

O Bahia conseguiu se igualar à ruindade do Sport, o pior time da história dos pontos corridos num primeiro turno. Um time que, a última vez que venceu, foi em maio, contra o Retrô: um 3×2 com gol contra, pênalti e um já na bacia das almas.

Porém, mais uma vez, a vontade de vencer da Torcida, que foi em grande número pra Pernambuco, não se materializou no coração do time.

O Bahia jogava bem, bonito, com troca de passes envolventes e domínio do jogo, mas na hora de chutar no gol, simplesmente, não chutava. O Tricolor finalizou 14 vezes, contra 5 dos donos da casa. Mas o jogo foi tão feio que só três foram no alvo — 2 do Bahia e 1 do Sport.

De nada adiantou os 66% de posse de bola, porque era de forma inoperante. Em todo o primeiro tempo, o Bahia não conseguiu fazer o goleiro adversário trabalhar. Foram 3 chutes pra fora, de Willian, Caio e a inacreditável chance de Iago.

Bahia se iguala a ruindade do último colocado

No segundo tempo, o time voltou mais ofensivo e Ademir foi pra ponta, driblou e chutou fraco nas mãos do goleiro.

Ademir, de novo, recebeu na marca do pênalti, mas chutou fraco para defesa do cara.

Boa troca de passes entre Everton e Jean, e o 10 lança Juba. Mas nem a lei do ex se fez valer.

Numa saída de bola errada de David Duarte (acho que único erro dele), os caras tiveram a chance do jogo, mas jogaram na lua.

Numa jogada de Cauly e Araujo, Kayky recebe na meia-lua e chuta perto.

Cauly carrega pelo meio e dá um passe perfeito pra Lucho, entre quatro marcadores. O cara corre, ajeita o passo e o corpo, e chuta longe e caindo. Inacreditável.

E esse é o resumo do jogo.

BORA BAÊA MINHA PORRA!

Vejo a galera cobrando goleiro, eu já falei do homem-gol, mas o que realmente parece faltar no Bahia é vontade de ganhar. Nosso 10 e faixa é muito bonzinho pra ser capitão. Não tem ninguém que dê uns
“PORRA, PRECISA GANHAR, CARÁI!”, como a gente faz no baba.

É um time frio demais pra compreensão de uma Torcida de sangue fervendo. E talvez, por isso, tanta revolta até quando vence.

A impressão que passa é:
“Nosso time é melhor que eles, vamos jogar de boa que o gol vai sair com naturalidade.”
Mas quando não sai logo, o bicho pega.

Quarta é decisão.

E se entrar com esse espírito de coletivo contra a Base, de hoje, o Retrô vira o favoritismo.

O sinal amarelo foi ligado. Não esperemos o vermelho acender na quarta, para tomar uma atitude.

PS. Ronaldo mostrou porque é reserva de Marcos Felipe. Ceni trocou por pressão da Torcida. Ronaldo entregou um gol contra o Retrô. Ceni teve de botar os titulares. Pulga entra e se machuca com 10 minutos. Sem Pulga, Ceni inventa Iago. E o Bahia não vence contra o lanterna.