Bahia é eliminado por falta de reforços. Falta um 9, ainda mais que um 1 – por Erick Cerqueira
Fala, Nação Tricolor! Que partida horrorosa do Bahia. Se o jogo em Salvador foi marcado pelas inúmeras chances de gol perdidas e com o América de Cali todo fechado lá atrás, no jogo da volta o Tricolor parecia não querer jogar. E nessa noite dos diabos, melhor pra eles.
Um futebol pífio no primeiro tempo. Não tinha peso na área. Cauly de falso 9 não conseguiu nada no meio dos zagueiros. Ademir e Pulga pareciam estar com chumbo nas pernas: sem força, sem arranque. Um time morto em campo, que passava a ideia de uma grande falta de vontade.
O ataque não conseguiu dar um chute sequer ao gol. O meio de campo errando muitos passes. E uma zaga que simplesmente entregou a paçoca.
O gol dos caras nasce numa sequência de erros inacreditável.
Michel Araujo dá um carrinho no ataque, mas Murillo vence a disputa e dá um passe longo pro centroavante. A bola passa na frente de David Duarte, que não faz o mínimo esforço pra tirar. A bola sobra pra Mingo, que chega a parar um pouco confiando que David iria cortar, depois volta a correr e, ao invés de espanar a bola, tenta recuar e toca errado para Marcos Felipe. Ele estica a perna e tira para a intermediária. O cara que começou a jogada vai pra bola com uma pressão fraca de Caio Alexandre. Mas a noite era de trevas, e o cara chegou na frente e chutou com o gol vazio pra fazer 1×0.
Apesar da lambança da zaga, o Bahia ainda teve o jogo todo para tentar empatar. Mas foi uma noite tão fria, tão desinteressada, que não deixava a mínima expectativa de sair um gol. A luta maior era da Torcida pra se manter acordada no sofá.
Lembrei de uma eliminação do Bahia na Sul-Americana, em 2013, onde o time venceu em casa jogando mal, por 1×0, levou o jogo para os pênaltis e entregou a classificação. Estava na Fonte Nova e falei ao meu pai: “Os caras não queriam se classificar.”
E aí, vamos pra minha opinião polêmica:
O problema maior do Bahia não é o 1, é o 9.
O Bahia não conseguiu dar um chute a gol. O goleiro deles não fez uma única defesa. O time jogou 200 minutos contra o meia-boca América de Cali e não conseguiu fazer um gol. Falta um cara que fede a gol. Nosso 9, hoje, veio pra ser reserva de Lucho, que agora se diz 7. Não temos um cara fominha, um maluco que só tenha o “botão do chute” no controle.
E isso não é um problema só de hoje. Se eu tivesse só R$ 53 milhões pra contratar, eu iria pra cima de buscar era um 9. Uma camisa que é tão emblemática, que simplesmente está pendurada no varal do Tricolor, sem ninguém ter coragem de vestir. Um deles virou 17 e o outro chegou pra ser 12.
No final da partida, no último lance do jogo, uma falta na lateral do campo. Inacreditavelmente, só tinham dois zagueiros na área.
Mingo deixou um centroavante ser marcado por Iago Borduchi e marcou “com o olho” o camisa 11 dos caras, que estava na meia-lua. Havia 8 jogadores cercando a cobrança da falta. Inacreditável.
O cara cruzou e saiu o segundo. Borduchi se posicionou pra marcar o cara atrás dele, deixando-o mais próximo do goleiro. Nem em baba a gente vê isso. O maluco deu dois passos pra frente e cabeceou sozinho entre ele e Mingo. Meu zagueirão, que eu sou fã, só recuou, não pulou, e deu a lógica. 2×0.
Foi uma noite triste pra Ramos Mingo. Mas como ele é o queridinho da torcida, vamos culpar Marcos Felipe, porque e aliviar pra ele. É mais fácil.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
O Bahia perdeu o 10º jogo no ano. Foram 49 partidas disputadas, 26 triunfos e 13 empates. E foi a segunda mais vergonhosa de todas, atrás apenas da goleada pro Cruzeiro.
Justamente pela intensa maratona de jogos, faltam reforços. E se o Bahia ficar pensando apenas em comprar goleiro de grife, a gente vai continuar sofrendo no ataque, e vamos viver de muitos 0x0.
Agora é rezar pra dar a lógica e vencermos bem no domingo. Porque senão, o que vai ter de viúva de Gilberto saindo das tumbas, será insuportável…
Diga aí. Que achou?
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Bahia é eliminado por falta de reforços. Falta um 9, ainda mais que um 1 – por Erick Cerqueira
Fala, Nação Tricolor! Que partida horrorosa do Bahia. Se o jogo em Salvador foi marcado pelas inúmeras chances de gol perdidas e com o América de Cali todo fechado lá atrás, no jogo da volta o Tricolor parecia não querer jogar. E nessa noite dos diabos, melhor pra eles.
Um futebol pífio no primeiro tempo. Não tinha peso na área. Cauly de falso 9 não conseguiu nada no meio dos zagueiros. Ademir e Pulga pareciam estar com chumbo nas pernas: sem força, sem arranque. Um time morto em campo, que passava a ideia de uma grande falta de vontade.
O ataque não conseguiu dar um chute sequer ao gol. O meio de campo errando muitos passes. E uma zaga que simplesmente entregou a paçoca.
O gol dos caras nasce numa sequência de erros inacreditável.
Michel Araujo dá um carrinho no ataque, mas Murillo vence a disputa e dá um passe longo pro centroavante. A bola passa na frente de David Duarte, que não faz o mínimo esforço pra tirar. A bola sobra pra Mingo, que chega a parar um pouco confiando que David iria cortar, depois volta a correr e, ao invés de espanar a bola, tenta recuar e toca errado para Marcos Felipe. Ele estica a perna e tira para a intermediária. O cara que começou a jogada vai pra bola com uma pressão fraca de Caio Alexandre. Mas a noite era de trevas, e o cara chegou na frente e chutou com o gol vazio pra fazer 1×0.
Apesar da lambança da zaga, o Bahia ainda teve o jogo todo para tentar empatar. Mas foi uma noite tão fria, tão desinteressada, que não deixava a mínima expectativa de sair um gol. A luta maior era da Torcida pra se manter acordada no sofá.
Lembrei de uma eliminação do Bahia na Sul-Americana, em 2013, onde o time venceu em casa jogando mal, por 1×0, levou o jogo para os pênaltis e entregou a classificação. Estava na Fonte Nova e falei ao meu pai: “Os caras não queriam se classificar.”
E aí, vamos pra minha opinião polêmica:
O problema maior do Bahia não é o 1, é o 9.
O Bahia não conseguiu dar um chute a gol. O goleiro deles não fez uma única defesa. O time jogou 200 minutos contra o meia-boca América de Cali e não conseguiu fazer um gol. Falta um cara que fede a gol. Nosso 9, hoje, veio pra ser reserva de Lucho, que agora se diz 7. Não temos um cara fominha, um maluco que só tenha o “botão do chute” no controle.
E isso não é um problema só de hoje. Se eu tivesse só R$ 53 milhões pra contratar, eu iria pra cima de buscar era um 9. Uma camisa que é tão emblemática, que simplesmente está pendurada no varal do Tricolor, sem ninguém ter coragem de vestir. Um deles virou 17 e o outro chegou pra ser 12.
No final da partida, no último lance do jogo, uma falta na lateral do campo. Inacreditavelmente, só tinham dois zagueiros na área.
Mingo deixou um centroavante ser marcado por Iago Borduchi e marcou “com o olho” o camisa 11 dos caras, que estava na meia-lua. Havia 8 jogadores cercando a cobrança da falta. Inacreditável.
O cara cruzou e saiu o segundo. Borduchi se posicionou pra marcar o cara atrás dele, deixando-o mais próximo do goleiro. Nem em baba a gente vê isso. O maluco deu dois passos pra frente e cabeceou sozinho entre ele e Mingo. Meu zagueirão, que eu sou fã, só recuou, não pulou, e deu a lógica. 2×0.
Foi uma noite triste pra Ramos Mingo. Mas como ele é o queridinho da torcida, vamos culpar Marcos Felipe, porque e aliviar pra ele. É mais fácil.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
O Bahia perdeu o 10º jogo no ano. Foram 49 partidas disputadas, 26 triunfos e 13 empates. E foi a segunda mais vergonhosa de todas, atrás apenas da goleada pro Cruzeiro.
Justamente pela intensa maratona de jogos, faltam reforços. E se o Bahia ficar pensando apenas em comprar goleiro de grife, a gente vai continuar sofrendo no ataque, e vamos viver de muitos 0x0.
Agora é rezar pra dar a lógica e vencermos bem no domingo. Porque senão, o que vai ter de viúva de Gilberto saindo das tumbas, será insuportável…