Bahia broca Corinthians fora e dentro de futebol – por Erick Cerqueira
Fala, Nação Tricolor! O triunfo diante do Corinthians, em Itaquera, foi muito mais que jogo de futebol. Foi uma aula prática de Gestão Esportiva que deverá constar nas próximas turmas do curso do Prof. Wilson Manuel. Ali, diante de todos, a diferença entre uma gestão profissional e outra semi amadora. E são tantos fatores que nem caberia num texto ou numa aula apenas.
O caos corintiano
O time paulista entrava em campo numa zona administrativa de pelo menos 2 anos.
Em setembro de 2024, na zona de rebaixamento, contrata Depay com valores astronômicos, mesmo com dívida beirando os R$ 2 bilhões. O efeito esportivo aparece, o time dispara e termina na frente do Bahia, conquistando vaga para a Libertadores. Um salto invejado até por parte da Torcida Tricolor.
Em 2025 vence o Campeonato Paulista, mas começam a aparecer problemas. Dos R$ 5 milhões do título, R$ 4,7 milhões ficaram para o holandês por gatilho ativado no contrato.
Vem a Libertadores e o time cai antes da fase de grupos. E na Sul-Americana, cai para o Huracán.
No Brasileiro o time oscila na parte de baixo da tabela, a 3 pontos do primeiro time da zona, o Vitória. São 22 pontos em 20 jogos.
Dívidas, calotes e transfer ban
Diante do caos em campo, fora dele a coisa é ainda bem pior. A dívida de R$ 18,5 milhões com o Cuiabá pela compra de Raniele virou novela. Além disso, o calote de R$ 33,47 milhões pela contratação de Félix Torres fez o time mexicano Santos Laguna denunciar os paulistas na FIFA.
Resultado: o clube soube que sofreria transfer ban (ficaria proibido de contratar) e fez o quê? Pagou os caras? Não. Contratou Vitinho às pressas, colocou ele no BID na segunda e, na terça, recebeu a notificação de transfer ban. O jeitinho amador do futebol brasileiro da década de 80. E lá vem mais…
Crise política e gestão amadora
Seu presidente foi afastado e sofreu impeachment no dia 9 de agosto. Em meio à crise política, que fez o treinador Dorival Jr. não saber nem dizer o nome do presidente do clube que trabalha, numa coletiva, o Corinthians não pagou o FGTS de uma das joias do time, Kauê Furquim.
A promessa de 16 anos, já treinando com os profissionais, teve seu contrato renovado ganhando apenas R$ 7.000. Os dirigentes estipularam multa de 50 milhões de euros para vender o garoto a um time de fora. Mas esqueceram que, no Brasil, bastaria pagar a multa de R$ 14 milhões (2000x o valor do salário) e levar o garoto do Parque São Jorge.
O Bahia informou ao Corinthians que pagaria a multa. O clube paulista poderia ter enviado para a Federação Paulista de Futebol uma notificação de que formalizou proposta de renovação, com o atacante, mas não o fez. Tentaram conter a saída, mas empresário e jogador já não queriam mais ficar no Parque São Jorge e preferiram vir pro CT Evaristo de Macedo. Por que será, né?
Tomado o 1×0, o Corinthians fez uma nota oficial patética para tentar conter a vergonha da própria incompetência diante da torcida, mas não tinha mais jeito.
Bahia vence com gestão e no futebol
Em campo, o clube mais bem gerido, sem problemas institucionais, sem dívidas, com o elenco principal quase sem baixas médicas — mesmo sendo o time brasileiro que mais jogou no ano — venceu uma equipe de jovens e reservas, que correu muito, cruzou muito na área, mas sem efetividade.
Michel Araújo fez um golaço logo de saída.
Tomamos um gol de falha de goleiro e numa lambança da arbitragem que demorou 9 minutos para não ver que um jogador impedido atrapalhou a saída do goleiro.
Mas na saída de bola, Jean Lucas, com passe à la Everton Ribeiro, deixou Kayky entrar na área, driblar e sofrer o pênalti. Willian José bateu e fechou o placar. 1×2.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Seguimos em 4º no Brasileirão, abrimos 4 pontos no 5º colocado e agora é mudar a chave e pensar no Ceará pela semifinal da Copa do Nordeste, nesta quarta, na Fonte Nova.
E vamos curtindo essa nova crise… tá massa!
Diga aí. Que achou?
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Bahia broca Corinthians fora e dentro de futebol – por Erick Cerqueira
Fala, Nação Tricolor! O triunfo diante do Corinthians, em Itaquera, foi muito mais que jogo de futebol. Foi uma aula prática de Gestão Esportiva que deverá constar nas próximas turmas do curso do Prof. Wilson Manuel. Ali, diante de todos, a diferença entre uma gestão profissional e outra semi amadora. E são tantos fatores que nem caberia num texto ou numa aula apenas.
O caos corintiano
O time paulista entrava em campo numa zona administrativa de pelo menos 2 anos.
Em setembro de 2024, na zona de rebaixamento, contrata Depay com valores astronômicos, mesmo com dívida beirando os R$ 2 bilhões. O efeito esportivo aparece, o time dispara e termina na frente do Bahia, conquistando vaga para a Libertadores. Um salto invejado até por parte da Torcida Tricolor.
Em 2025 vence o Campeonato Paulista, mas começam a aparecer problemas. Dos R$ 5 milhões do título, R$ 4,7 milhões ficaram para o holandês por gatilho ativado no contrato.
Vem a Libertadores e o time cai antes da fase de grupos. E na Sul-Americana, cai para o Huracán.
No Brasileiro o time oscila na parte de baixo da tabela, a 3 pontos do primeiro time da zona, o Vitória. São 22 pontos em 20 jogos.
Dívidas, calotes e transfer ban
Diante do caos em campo, fora dele a coisa é ainda bem pior. A dívida de R$ 18,5 milhões com o Cuiabá pela compra de Raniele virou novela. Além disso, o calote de R$ 33,47 milhões pela contratação de Félix Torres fez o time mexicano Santos Laguna denunciar os paulistas na FIFA.
Resultado: o clube soube que sofreria transfer ban (ficaria proibido de contratar) e fez o quê? Pagou os caras? Não. Contratou Vitinho às pressas, colocou ele no BID na segunda e, na terça, recebeu a notificação de transfer ban. O jeitinho amador do futebol brasileiro da década de 80. E lá vem mais…
Crise política e gestão amadora
Seu presidente foi afastado e sofreu impeachment no dia 9 de agosto. Em meio à crise política, que fez o treinador Dorival Jr. não saber nem dizer o nome do presidente do clube que trabalha, numa coletiva, o Corinthians não pagou o FGTS de uma das joias do time, Kauê Furquim.
A promessa de 16 anos, já treinando com os profissionais, teve seu contrato renovado ganhando apenas R$ 7.000. Os dirigentes estipularam multa de 50 milhões de euros para vender o garoto a um time de fora. Mas esqueceram que, no Brasil, bastaria pagar a multa de R$ 14 milhões (2000x o valor do salário) e levar o garoto do Parque São Jorge.
O Bahia informou ao Corinthians que pagaria a multa. O clube paulista poderia ter enviado para a Federação Paulista de Futebol uma notificação de que formalizou proposta de renovação, com o atacante, mas não o fez. Tentaram conter a saída, mas empresário e jogador já não queriam mais ficar no Parque São Jorge e preferiram vir pro CT Evaristo de Macedo. Por que será, né?
Tomado o 1×0, o Corinthians fez uma nota oficial patética para tentar conter a vergonha da própria incompetência diante da torcida, mas não tinha mais jeito.
Bahia vence com gestão e no futebol
Em campo, o clube mais bem gerido, sem problemas institucionais, sem dívidas, com o elenco principal quase sem baixas médicas — mesmo sendo o time brasileiro que mais jogou no ano — venceu uma equipe de jovens e reservas, que correu muito, cruzou muito na área, mas sem efetividade.
Michel Araújo fez um golaço logo de saída.
Tomamos um gol de falha de goleiro e numa lambança da arbitragem que demorou 9 minutos para não ver que um jogador impedido atrapalhou a saída do goleiro.
Mas na saída de bola, Jean Lucas, com passe à la Everton Ribeiro, deixou Kayky entrar na área, driblar e sofrer o pênalti. Willian José bateu e fechou o placar. 1×2.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Seguimos em 4º no Brasileirão, abrimos 4 pontos no 5º colocado e agora é mudar a chave e pensar no Ceará pela semifinal da Copa do Nordeste, nesta quarta, na Fonte Nova.
E vamos curtindo essa nova crise… tá massa!