A SARDINHA NO PRATO PARA UM LEÃO DE DIETA – POR EMERSON LEANDRO SILVA

A derrota é parte do jogo, e, em um clássico, quando ela surge, não é o fim do mundo. Como diz o dito popular: “ganhar ou perder, faz parte”. O problema da derrota de ontem contra as Sereias de Itinga foi a maneira tosca como ela aconteceu. Não há explicação plausível para perder um jogo — com qualquer adversário — sabendo que há uma superioridade numérica.

Carpini levou a campo um time com as mesmas peças que enfrentou o Cerro Largo pela Sul-Americana e venceu com aquele golaço de Claudinho. Mas o mesmo herói da partida no Uruguai teve seu dia de vilão. Embora suas falhas tenham sido decisivas para o nosso revés na Fonte Nossa ontem, não é na conta dele que recairá esta derrota, a meu ver.

Carpini, aparentemente, desenhou um plano de jogo parecido com os dos últimos três jogos: ter a posse da bola no ataque, pressionar a saída de bola e apostar nas triangulações entre Osvaldo e Rato, com a trinca de volantes. Nada disso funcionou muito bem — ou talvez a expulsão dos caras tenha sido tão rápida que não tivemos tempo de perceber se funcionaria.

UMA TARDE INFELIZ DE CARPINI E UM TIME CABAÇO

É uma loucura dizer isto, mas a impressão é que nosso time não sabia o que fazer com um jogador a mais em campo. A cabacice coletiva impediu Carpini e os jogadores de, por exemplo, aproveitar os minutos de checagem no VAR para dar orientação sobre como se comportar em campo.

A todo momento uma tainha caía em campo ou tentava deixar o jogo truncado, provocando uma expulsão, fazendo algum tipo de simulação — porque estavam claramente assustados, mas usaram a malandragem a seu favor, o que é perfeitamente compreensível. Manter Rato em campo, mesmo mudando seu posicionamento, foi o terceiro erro de nosso técnico no dia.

Osvaldo, com trinta e oito anos e com todas as limitações físicas que sua idade apresenta, fez no segundo tempo a função que Rato (que precisa ser rebatizado de Preguiça) não conseguiu fazer. É aterrador o quanto este rapaz não consegue contribuir positivamente de nenhuma forma com o jogo.

Quando voltamos para o segundo tempo, Carpini recobrou a consciência, sacou Rato (acho que aquele gelo no joelho foi puro “migué”), trouxe Osvaldo para ser o segundo atacante e colocou Gustavo Silva, que entrou bem mais uma vez. Este era o time titular ideal — mas tudo bem, ainda dava tempo.

Kaiser fez a parte dele, empatamos e amassamos os caras como tinha de ser desde o primeiro tempo. E aí Carpini faz uma alteração visando ganhar a partida: saca Rhyler e coloca Pepê, para melhorar o passe e aumentar a posse no meio de campo.

Dois minutos depois, em uma atitude imbecil, Pepê agride o jogador dos caras e é expulso. O teatro feito pela tainha parecia ter amputado sua perna, mas a expulsão foi justa.

Este é o segundo jogo consecutivo no qual temos um jogador expulso e, sinceramente, pela maneira como elas ocorreram, o mínimo que se espera é que esses caras sejam punidos.

 

É Rubro-negro de corpo, alma e coração. Além de escritor, Relações Públicas, Consultor de Marketing Digital e Social Media.

Diga aí. Que achou?

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A SARDINHA NO PRATO PARA UM LEÃO DE DIETA – POR EMERSON LEANDRO SILVA

A derrota é parte do jogo, e, em um clássico, quando ela surge, não é o fim do mundo. Como diz o dito popular: “ganhar ou perder, faz parte”. O problema da derrota de ontem contra as Sereias de Itinga foi a maneira tosca como ela aconteceu. Não há explicação plausível para perder um jogo — com qualquer adversário — sabendo que há uma superioridade numérica.

Carpini levou a campo um time com as mesmas peças que enfrentou o Cerro Largo pela Sul-Americana e venceu com aquele golaço de Claudinho. Mas o mesmo herói da partida no Uruguai teve seu dia de vilão. Embora suas falhas tenham sido decisivas para o nosso revés na Fonte Nossa ontem, não é na conta dele que recairá esta derrota, a meu ver.

Carpini, aparentemente, desenhou um plano de jogo parecido com os dos últimos três jogos: ter a posse da bola no ataque, pressionar a saída de bola e apostar nas triangulações entre Osvaldo e Rato, com a trinca de volantes. Nada disso funcionou muito bem — ou talvez a expulsão dos caras tenha sido tão rápida que não tivemos tempo de perceber se funcionaria.

UMA TARDE INFELIZ DE CARPINI E UM TIME CABAÇO

É uma loucura dizer isto, mas a impressão é que nosso time não sabia o que fazer com um jogador a mais em campo. A cabacice coletiva impediu Carpini e os jogadores de, por exemplo, aproveitar os minutos de checagem no VAR para dar orientação sobre como se comportar em campo.

A todo momento uma tainha caía em campo ou tentava deixar o jogo truncado, provocando uma expulsão, fazendo algum tipo de simulação — porque estavam claramente assustados, mas usaram a malandragem a seu favor, o que é perfeitamente compreensível. Manter Rato em campo, mesmo mudando seu posicionamento, foi o terceiro erro de nosso técnico no dia.

Osvaldo, com trinta e oito anos e com todas as limitações físicas que sua idade apresenta, fez no segundo tempo a função que Rato (que precisa ser rebatizado de Preguiça) não conseguiu fazer. É aterrador o quanto este rapaz não consegue contribuir positivamente de nenhuma forma com o jogo.

Quando voltamos para o segundo tempo, Carpini recobrou a consciência, sacou Rato (acho que aquele gelo no joelho foi puro “migué”), trouxe Osvaldo para ser o segundo atacante e colocou Gustavo Silva, que entrou bem mais uma vez. Este era o time titular ideal — mas tudo bem, ainda dava tempo.

Kaiser fez a parte dele, empatamos e amassamos os caras como tinha de ser desde o primeiro tempo. E aí Carpini faz uma alteração visando ganhar a partida: saca Rhyler e coloca Pepê, para melhorar o passe e aumentar a posse no meio de campo.

Dois minutos depois, em uma atitude imbecil, Pepê agride o jogador dos caras e é expulso. O teatro feito pela tainha parecia ter amputado sua perna, mas a expulsão foi justa.

Este é o segundo jogo consecutivo no qual temos um jogador expulso e, sinceramente, pela maneira como elas ocorreram, o mínimo que se espera é que esses caras sejam punidos.

 

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