Bahia tropeça no Z4 mas segue no G6 – por Erick Cerqueira
Fala, Nação Tricolor! O Bahia desperdiçou a chance de assumir a 5ª colocação. Faltou qualidade técnica pra o time misto. Mas vamos falar de algo que ficou muito claro. As motivações diferentes, definiram a partida.
Vou contar uma estória antes da história do jogo. Certo dia, um sábio observava uma lebre fugindo de um tigre e disse ao seu discípulo:
— A lebre vai fugir.
E ela fugiu.
O discípulo perguntou:
— Como você sabia?
E ele respondeu:
— O tigre lutava pelo almoço, e a lebre, pela vida.
A motivação definiu o embate.
O PESO DO CLÁSSICO
Falemos do BA-VI e de uma constatação: o 504º embate entre as duas equipes era muito mais clássico pra um lado do que pro outro.
O Bahia lutava para passar o Botafogo, saindo da 6ª para a 5ª posição, e seguir firme na briga por uma vaga na Libertadores. Se empatasse, também passaria o time carioca; se perdesse, se manteria em sexto.
Do outro lado, o jogo valia o ano e a vida.
O ano, porque diante de uma sucessão de fracassos em todas os campeonatos que participou — eliminações vexaminosas nas Copas, o vice do Baiano e o rebaixamento iminente —, vencer o BAVI era a última coisa honrosa que eles poderiam fazer pra comemorar em 2025.
Desde o treino aberto na véspera, pra unir torcida e jogadores (sim, eles precisavam disso), com oração no meio de campo, festa na chegada do time… e em campo, jogaram por uma bola e acharam duas.
Mesmo jogando em casa, fecharam uma linha de 5 e apostaram na ligação direta e no contra-ataque rápido. Paravam a velocidade dos atacantes do Bahia povoando a grande área e esperaram os erros do Tricolor. E eles vieram.
Por duas vezes chegaram com facilidade pelo lado esquerdo defensivo do Bahia. E duas pela direita. Na segunda… cruzamento na área e a bola bate na mão de Arias (de novo). Pênalti e 1×0.
O Bahia acordou pro jogo, foi pra frente e, na qualidade individual do volante mais marcador, entrou driblando e tocou pra Tiago empatar. 1×1.
O time da casa entrou em pane. Saiu caçando Tiago na porrada. Tomou dois amarelos. Mas, infelizmente, soou o gongo, salvando eles da virada ou da expulsão de um jogador.
VIRA O LADO
O Bahia voltou mais ligado na partida e Ademir arrancou e chutou por cima.
Em resposta, os caras entraram na área driblando Arias, e Ronaldo fez milagre.
Ademir invade a área na velocidade e chuta fraco pra defesa dos caras.
Logo depois, sequência de ataques deles e Rezende tira três. Na quarta, deu a braga que todos esperavam — ainda que inconscientemente. 2×1.
O Bahia vai pra frente, mas é ineficaz. E num contra-ataque rápido, o líder do Z4 quase faz o terceiro.
Cauly, que entrou bem no jogo, saiu fazendo fila e chutou prensado, a bola foi por cima.
E foi só isso mesmo. Tropeço gigante de quem quer lutar por coisas grandes. Mas é a tal da motivação.
A lebre escapou dessa vez.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Os números dos BAVIs, ficaram assim: 196 triunfos, 154 derrotas e 154 empates. As derrotas voltaram a empatar com os empates.
Um detalhe importante, sobre o clássico, é que ano que vem a tendência é termos de 2 a 4 BAVIs, no Baiano. Já que a tendência é o Bahia jogar a Libertadores e ficar de fora da Copa do Nordeste e as Séries dos dois times, no Brasileirão, serem diferentes.
Pra sorte do Bahia, a rodada foi boa pra gente: Botafogo (5º) e São Paulo (8º) perderam. Única exceção foi o Fluminense, que venceu um time do Z4 e passou o São Paulo.
O Bahia não pode ficar perdendo pontos pra times que lutam na zona de rebaixamento. Que isso sirva de lição, pois ainda pegaremos os outros três rebaixados e times de meio de tabela.
Levanta a cabeça que agora começa a semana do gauchão. Vai pra cima deles, Esquadrão!
Diga aí. Que achou?
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Bahia tropeça no Z4 mas segue no G6 – por Erick Cerqueira
Fala, Nação Tricolor! O Bahia desperdiçou a chance de assumir a 5ª colocação. Faltou qualidade técnica pra o time misto. Mas vamos falar de algo que ficou muito claro. As motivações diferentes, definiram a partida.
Vou contar uma estória antes da história do jogo. Certo dia, um sábio observava uma lebre fugindo de um tigre e disse ao seu discípulo:
— A lebre vai fugir.
E ela fugiu.
O discípulo perguntou:
— Como você sabia?
E ele respondeu:
— O tigre lutava pelo almoço, e a lebre, pela vida.
A motivação definiu o embate.
O PESO DO CLÁSSICO
Falemos do BA-VI e de uma constatação: o 504º embate entre as duas equipes era muito mais clássico pra um lado do que pro outro.
O Bahia lutava para passar o Botafogo, saindo da 6ª para a 5ª posição, e seguir firme na briga por uma vaga na Libertadores. Se empatasse, também passaria o time carioca; se perdesse, se manteria em sexto.
Do outro lado, o jogo valia o ano e a vida.
O ano, porque diante de uma sucessão de fracassos em todas os campeonatos que participou — eliminações vexaminosas nas Copas, o vice do Baiano e o rebaixamento iminente —, vencer o BAVI era a última coisa honrosa que eles poderiam fazer pra comemorar em 2025.
Desde o treino aberto na véspera, pra unir torcida e jogadores (sim, eles precisavam disso), com oração no meio de campo, festa na chegada do time… e em campo, jogaram por uma bola e acharam duas.
Mesmo jogando em casa, fecharam uma linha de 5 e apostaram na ligação direta e no contra-ataque rápido. Paravam a velocidade dos atacantes do Bahia povoando a grande área e esperaram os erros do Tricolor. E eles vieram.
Por duas vezes chegaram com facilidade pelo lado esquerdo defensivo do Bahia. E duas pela direita. Na segunda… cruzamento na área e a bola bate na mão de Arias (de novo). Pênalti e 1×0.
O Bahia acordou pro jogo, foi pra frente e, na qualidade individual do volante mais marcador, entrou driblando e tocou pra Tiago empatar. 1×1.
O time da casa entrou em pane. Saiu caçando Tiago na porrada. Tomou dois amarelos. Mas, infelizmente, soou o gongo, salvando eles da virada ou da expulsão de um jogador.
VIRA O LADO
O Bahia voltou mais ligado na partida e Ademir arrancou e chutou por cima.
Em resposta, os caras entraram na área driblando Arias, e Ronaldo fez milagre.
Ademir invade a área na velocidade e chuta fraco pra defesa dos caras.
Logo depois, sequência de ataques deles e Rezende tira três. Na quarta, deu a braga que todos esperavam — ainda que inconscientemente. 2×1.
O Bahia vai pra frente, mas é ineficaz. E num contra-ataque rápido, o líder do Z4 quase faz o terceiro.
Cauly, que entrou bem no jogo, saiu fazendo fila e chutou prensado, a bola foi por cima.
E foi só isso mesmo. Tropeço gigante de quem quer lutar por coisas grandes. Mas é a tal da motivação.
A lebre escapou dessa vez.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Os números dos BAVIs, ficaram assim: 196 triunfos, 154 derrotas e 154 empates. As derrotas voltaram a empatar com os empates.
Um detalhe importante, sobre o clássico, é que ano que vem a tendência é termos de 2 a 4 BAVIs, no Baiano. Já que a tendência é o Bahia jogar a Libertadores e ficar de fora da Copa do Nordeste e as Séries dos dois times, no Brasileirão, serem diferentes.
Pra sorte do Bahia, a rodada foi boa pra gente: Botafogo (5º) e São Paulo (8º) perderam. Única exceção foi o Fluminense, que venceu um time do Z4 e passou o São Paulo.
O Bahia não pode ficar perdendo pontos pra times que lutam na zona de rebaixamento. Que isso sirva de lição, pois ainda pegaremos os outros três rebaixados e times de meio de tabela.
Levanta a cabeça que agora começa a semana do gauchão. Vai pra cima deles, Esquadrão!