A AGONIA DE SER DO LEÃO – POR EMERSON LEANDRO SILVA

A verdade é que chegamos a um momento da competição em que todo “rói corda” mascarado de torcedor do Leão se une ao cardume de sardinhas e Sereias de Itinga arrotando valentia em um “eu já sabia”. Quando eu escrevi no início do ano que esta seria uma temporada sofrida, houve quem dissesse que eu era o pessimista.

Não importa, neste momento, quem está certo ou errado, apenas nós, torcedores do Vitória é que podemos ajudar nosso time a sair desta situação.

Depois de um mês sob o comando de Fábio Carille, já dá para sentir que o Vitória estamos mais competitivo. A postura mudou, o encaixe de marcação aparece mais vezes, e a gente não se entrega fácil. Mas ainda há um calcanhar de Aquiles que insiste em nos assombrar: os erros defensivos. Contra o São Paulo, no Morumbis, fora de casa, mais uma vez falhas pontuais custaram caro e ajudaram a construir o 2 a 0 da 19ª rodada do Brasileirão.

Mais uma vez, pontos preciosos escorreram pelos dedos.

COMO SE NÃO BASTASSE, NOSSO DM ESTÁ CHEIO

Com o departamento médico cheio, Carille precisou improvisar. Escalou Edu, zagueiro de origem, na lateral direita, e promoveu quatro mudanças em relação ao jogo anterior, duas delas estreias: Ramon e Romarinho. Entramos em campo com: Lucas Arcanjo; Edu, Lucas Halter, Zé Marcos e Ramon; Ricardo Ryller, Ronald e Romarinho; Lucas Braga, Osvaldo e Renato Kayzer.

Nos primeiros 15 minutos, o time se comportou bem: linhas compactas, marcação encaixada e algumas saídas interessantes para o ataque. Lucas Praga, inclusive, fechou como ala pela direita em vários momentos, permitindo que Edu atuasse como zagueiro na fase defensiva, formando um 5-4-1.

Só que, aos 20 minutos, veio o primeiro castigo. Pela esquerda, Osvaldo, Ronald e Ramon vacilaram na marcação, permitindo triangulação e cruzamento. Bobadilla apareceu livre entre Ricardo Ryller e Braga e abriu o placar. Mais um cochilo no setor e na segunda linha de marcação que deixou o adversário finalizar sem pressão. Na sequência, quase tomamos o segundo pelo mesmo lado, mas conseguimos respirar.

Depois disso, subimos mais as linhas, ficamos mais com a bola no ataque, mas pecamos no último passe. Nossas melhores chances surgiram em bolas paradas e chutes de fora da área.

UM SEGUNDO TEMPO MENOS RUIM, MAS INSUFICIENTE

Na volta para o segundo tempo, bastou um minuto para quase empatarmos. Romarinho deu um passe açucarado para Osvaldo pelo meio, mas faltou capricho na finalização. Esse lance mostrou mais uma vez que o time, mesmo com limitações, está competitivo. Ainda assim, vacilamos de novo na defesa, cedendo espaço para uma transição rápida e tabela pelo lado direito, que resultou em finalização perigosa do São Paulo.

Carille demorou a mexer. Só aos 25 minutos fez as primeiras alterações: Aitor Cantalapiedra entrou no lugar de Edu (com Lucas Braga indo para a lateral), e Fabri substituiu Romarinho. Voltamos a ter presença ofensiva, mas seguimos dependentes dos cruzamentos. Aos 35, Renzo López entrou na vaga de Ryller, deslocando Kayzer para a ponta, e Rúben Rodrigues também ganhou minutos no meio.

Mas, quando parecia que ainda tínhamos fôlego para buscar algo, veio o golpe final. A bola aérea, velha conhecida dos nossos problemas, voltou a nos castigar. Após escanteio, a sobra caiu no bico da área, a finalização cruzada passou por todo mundo, e Sabino aproveitou nas costas de Lucas Halter para fazer o segundo.

Saímos derrotados, mas não desanimados. O trabalho está evoluindo, a competitividade aumentou, mas os ajustes defensivos precisam ser prioridade se quisermos transformar esforço em pontos.

 

É Rubro-negro de corpo, alma e coração. Além de escritor, Relações Públicas, Consultor de Marketing Digital e Social Media.

Diga aí. Que achou?

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A AGONIA DE SER DO LEÃO – POR EMERSON LEANDRO SILVA

A verdade é que chegamos a um momento da competição em que todo “rói corda” mascarado de torcedor do Leão se une ao cardume de sardinhas e Sereias de Itinga arrotando valentia em um “eu já sabia”. Quando eu escrevi no início do ano que esta seria uma temporada sofrida, houve quem dissesse que eu era o pessimista.

Não importa, neste momento, quem está certo ou errado, apenas nós, torcedores do Vitória é que podemos ajudar nosso time a sair desta situação.

Depois de um mês sob o comando de Fábio Carille, já dá para sentir que o Vitória estamos mais competitivo. A postura mudou, o encaixe de marcação aparece mais vezes, e a gente não se entrega fácil. Mas ainda há um calcanhar de Aquiles que insiste em nos assombrar: os erros defensivos. Contra o São Paulo, no Morumbis, fora de casa, mais uma vez falhas pontuais custaram caro e ajudaram a construir o 2 a 0 da 19ª rodada do Brasileirão.

Mais uma vez, pontos preciosos escorreram pelos dedos.

COMO SE NÃO BASTASSE, NOSSO DM ESTÁ CHEIO

Com o departamento médico cheio, Carille precisou improvisar. Escalou Edu, zagueiro de origem, na lateral direita, e promoveu quatro mudanças em relação ao jogo anterior, duas delas estreias: Ramon e Romarinho. Entramos em campo com: Lucas Arcanjo; Edu, Lucas Halter, Zé Marcos e Ramon; Ricardo Ryller, Ronald e Romarinho; Lucas Braga, Osvaldo e Renato Kayzer.

Nos primeiros 15 minutos, o time se comportou bem: linhas compactas, marcação encaixada e algumas saídas interessantes para o ataque. Lucas Praga, inclusive, fechou como ala pela direita em vários momentos, permitindo que Edu atuasse como zagueiro na fase defensiva, formando um 5-4-1.

Só que, aos 20 minutos, veio o primeiro castigo. Pela esquerda, Osvaldo, Ronald e Ramon vacilaram na marcação, permitindo triangulação e cruzamento. Bobadilla apareceu livre entre Ricardo Ryller e Braga e abriu o placar. Mais um cochilo no setor e na segunda linha de marcação que deixou o adversário finalizar sem pressão. Na sequência, quase tomamos o segundo pelo mesmo lado, mas conseguimos respirar.

Depois disso, subimos mais as linhas, ficamos mais com a bola no ataque, mas pecamos no último passe. Nossas melhores chances surgiram em bolas paradas e chutes de fora da área.

UM SEGUNDO TEMPO MENOS RUIM, MAS INSUFICIENTE

Na volta para o segundo tempo, bastou um minuto para quase empatarmos. Romarinho deu um passe açucarado para Osvaldo pelo meio, mas faltou capricho na finalização. Esse lance mostrou mais uma vez que o time, mesmo com limitações, está competitivo. Ainda assim, vacilamos de novo na defesa, cedendo espaço para uma transição rápida e tabela pelo lado direito, que resultou em finalização perigosa do São Paulo.

Carille demorou a mexer. Só aos 25 minutos fez as primeiras alterações: Aitor Cantalapiedra entrou no lugar de Edu (com Lucas Braga indo para a lateral), e Fabri substituiu Romarinho. Voltamos a ter presença ofensiva, mas seguimos dependentes dos cruzamentos. Aos 35, Renzo López entrou na vaga de Ryller, deslocando Kayzer para a ponta, e Rúben Rodrigues também ganhou minutos no meio.

Mas, quando parecia que ainda tínhamos fôlego para buscar algo, veio o golpe final. A bola aérea, velha conhecida dos nossos problemas, voltou a nos castigar. Após escanteio, a sobra caiu no bico da área, a finalização cruzada passou por todo mundo, e Sabino aproveitou nas costas de Lucas Halter para fazer o segundo.

Saímos derrotados, mas não desanimados. O trabalho está evoluindo, a competitividade aumentou, mas os ajustes defensivos precisam ser prioridade se quisermos transformar esforço em pontos.

 

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