UM A ZERO É GOLEADA – POR EMERSON LEANDRO SILVA
Por Por 15/ 05/ 2025Categorias: Futebol, Vitória

A jogadaça de Jamerson pela esquerda, que culminou com o chutaço de Claudinho, calou a boca de tanta gente que o cardume acordou hoje com lágrimas nos olhos. Dito isto, vamos ao texto.

Há ainda uma doce ilusão, por parte de grande parte da torcida, de que este time nos brindará com um futebol vistoso e encantador, que domina e amassa os adversários em qualquer competição que dispute — sejam eles quem forem. Eu entendo, sonho em vivenciar esse dia, mas a verdade é que, nestes moldes, a meu ver, isso é uma projeção utópica, senão impossível neste momento.

O futebol é um mercado em que o capital é decisivo e, infelizmente, não temos grana para comprar jogadores notadamente talentosos. É por isso que os três últimos jogos do Vitória são imensamente importantes — não apenas pelos resultados, mas justamente pela maneira como foram construídos.

O Vitória vencerá seus jogos ou conquistará pontos usando, a nosso favor, a plena consciência de nossas limitações, a estratégia personalizada para cada adversário (que pode, inclusive, mudar a qualquer momento do jogo) e aproveitando os poucos recursos técnicos que temos. Esperar um Vitória magistral, repito, a meu ver, é criar uma expectativa com poucas chances de se tornar real.

PARABÉNS, VITÓRIA. PARABÉNS, CARPINI E FÁBIO MOTA.

Um dia após o nosso aniversário de 126 anos, Carpini completa — com a goleada de ontem no Uruguai — seu primeiro ano no comando do Vitória, nos dando de presente a primeira vitória internacional do clube na Sul-Americana. Isso, além da simbologia e do acréscimo de ânimo ao elenco, enche os cofres do Leão.

Havia quem quisesse demiti-lo e achou “temerosa” a fala de Fábio Mota, que veio a público dizer que Carpini seguiria no comando da equipe até o fim do seu mandato. Ontem, houve quem dissesse que Carpini tinha de escalar um time diferente, que supôs que era nossa obrigação não apenas vencer, mas ser superior ao Cerro Largo. A verdade é que, sentados no conforto de nossas casas, é muito mais fácil dizer o que deve ou não ser feito no Vitória. Mas assumir o B.O. publicamente de gerir um clube como o nosso… “são outros quinhentos”.

Acho que o ano eleitoral em que estamos, de alguma forma, torna o nosso olhar, enquanto torcedores, ainda mais inflamado e imediatista. É óbvio que entendo o torcedor que fica puto com os erros de Janderson, a expulsão infantil de Matheusinho ou a ineficiência de Carlinhos no ataque — ou os erros em sequência de Ronald, por exemplo. Eu também fico, fiquei e certamente ainda ficarei mais ao longo deste ano.

A diferença é que a gente tem de dar o braço a torcer quando os caras acertam também. Precisamos perceber que análises imediatistas costumam ser injustas ou apresentar teses superficiais que só servem para massagear nosso ego e explicam pouco — ou quase nada — da nossa real situação. O jogo de ontem mostrou, mais uma vez, que Mosquito pode ser útil, Jamerson está comendo a bola e Claudinho, mesmo não jogando, garantiu os três pontos.

“O CLÁSSICO VALE MUITO POUCO”

Essa foi uma fala de Carpini na coletiva de imprensa após o jogo e, a meu ver, ele está corretíssimo. Não é um demérito à importância simbólica do clássico, tampouco displicência, mas sim uma análise fria de quem encara o campeonato como um todo e sabe que o jogo na Fonte vale apenas três pontos. Todo mundo sabe que clássico é um jogo da maluquice, onde tudo pode acontecer, e a nós cabe acreditar na diretoria, no técnico e no elenco — esperando que o resultado seja positivo para o nosso lado.

Vamo pra cima Leão!

É Rubro-negro de corpo, alma e coração. Além de escritor, Relações Públicas, Consultor de Marketing Digital e Social Media.

Diga aí. Que achou?

Compartilhe nas redes

UM A ZERO É GOLEADA – POR EMERSON LEANDRO SILVA

Por Por 15/ 05/ 2025Categorias: Futebol, Vitória

A jogadaça de Jamerson pela esquerda, que culminou com o chutaço de Claudinho, calou a boca de tanta gente que o cardume acordou hoje com lágrimas nos olhos. Dito isto, vamos ao texto.

Há ainda uma doce ilusão, por parte de grande parte da torcida, de que este time nos brindará com um futebol vistoso e encantador, que domina e amassa os adversários em qualquer competição que dispute — sejam eles quem forem. Eu entendo, sonho em vivenciar esse dia, mas a verdade é que, nestes moldes, a meu ver, isso é uma projeção utópica, senão impossível neste momento.

O futebol é um mercado em que o capital é decisivo e, infelizmente, não temos grana para comprar jogadores notadamente talentosos. É por isso que os três últimos jogos do Vitória são imensamente importantes — não apenas pelos resultados, mas justamente pela maneira como foram construídos.

O Vitória vencerá seus jogos ou conquistará pontos usando, a nosso favor, a plena consciência de nossas limitações, a estratégia personalizada para cada adversário (que pode, inclusive, mudar a qualquer momento do jogo) e aproveitando os poucos recursos técnicos que temos. Esperar um Vitória magistral, repito, a meu ver, é criar uma expectativa com poucas chances de se tornar real.

PARABÉNS, VITÓRIA. PARABÉNS, CARPINI E FÁBIO MOTA.

Um dia após o nosso aniversário de 126 anos, Carpini completa — com a goleada de ontem no Uruguai — seu primeiro ano no comando do Vitória, nos dando de presente a primeira vitória internacional do clube na Sul-Americana. Isso, além da simbologia e do acréscimo de ânimo ao elenco, enche os cofres do Leão.

Havia quem quisesse demiti-lo e achou “temerosa” a fala de Fábio Mota, que veio a público dizer que Carpini seguiria no comando da equipe até o fim do seu mandato. Ontem, houve quem dissesse que Carpini tinha de escalar um time diferente, que supôs que era nossa obrigação não apenas vencer, mas ser superior ao Cerro Largo. A verdade é que, sentados no conforto de nossas casas, é muito mais fácil dizer o que deve ou não ser feito no Vitória. Mas assumir o B.O. publicamente de gerir um clube como o nosso… “são outros quinhentos”.

Acho que o ano eleitoral em que estamos, de alguma forma, torna o nosso olhar, enquanto torcedores, ainda mais inflamado e imediatista. É óbvio que entendo o torcedor que fica puto com os erros de Janderson, a expulsão infantil de Matheusinho ou a ineficiência de Carlinhos no ataque — ou os erros em sequência de Ronald, por exemplo. Eu também fico, fiquei e certamente ainda ficarei mais ao longo deste ano.

A diferença é que a gente tem de dar o braço a torcer quando os caras acertam também. Precisamos perceber que análises imediatistas costumam ser injustas ou apresentar teses superficiais que só servem para massagear nosso ego e explicam pouco — ou quase nada — da nossa real situação. O jogo de ontem mostrou, mais uma vez, que Mosquito pode ser útil, Jamerson está comendo a bola e Claudinho, mesmo não jogando, garantiu os três pontos.

“O CLÁSSICO VALE MUITO POUCO”

Essa foi uma fala de Carpini na coletiva de imprensa após o jogo e, a meu ver, ele está corretíssimo. Não é um demérito à importância simbólica do clássico, tampouco displicência, mas sim uma análise fria de quem encara o campeonato como um todo e sabe que o jogo na Fonte vale apenas três pontos. Todo mundo sabe que clássico é um jogo da maluquice, onde tudo pode acontecer, e a nós cabe acreditar na diretoria, no técnico e no elenco — esperando que o resultado seja positivo para o nosso lado.

Vamo pra cima Leão!

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