Agora, a torcida do Vitória muito provavelmente está dividida entre os que não darão o braço a torcer quanto à utilidade de Braga, Fabri etc., e os que esperam que ele tenha renascido justamente em um domingo de Páscoa.
O amplo domínio do Fluminense no Maracanã era algo esperado por qualquer torcedor. O plano de jogo de Carpini parece ter sido desenhado com base justamente nisso — e a razão é angustiante para alguns e libertadora para outros. Mas a verdade é que o Vitória tem um elenco inferior ao do time carioca e, por mais contraditório que pareça, aceitar isto é a nossa maior força.
Há uma chance de você estar puto ou confuso com o que acabo de dizer, eu sei. Antes do jogo começar, Carpini falou que precisávamos jogar com inteligência e entender que não poderíamos enfrentar os caras de igual para igual. Essa consciência da nossa inferioridade técnica, o evidente desgaste físico e o fato de estarmos, mais uma vez, jogando fora de casa não é fraqueza ou “sincericídio”, como a imprensa sulista classificou. É apenas consciência em seu estado mais puro.
NÃO É PIRRAÇA, É GESTÃO DE ELENCO
O resultado de ontem é a manifestação clara de quão real é o trabalho que tem sido feito no Vitória. Desde que chegou, Carpini tem a postura de “não abandonar ninguém” — e, muitas vezes, foi e será visto como burro ou teimoso por isso. A gestão de elenco que ele tem feito, com o claro respaldo da nossa diretoria, tem nos trazido bons resultados.
Há dois meses, Carpini disse em uma coletiva — depois de vencermos o Porto pelo Baianão —: “Aqui é tão bom que, mesmo se o Fábio me mandar embora, eu não vou”. E, há cerca de duas rodadas, especula-se que ele tenha dito “não” a Palmeiras, Corinthians, Santos e Grêmio. Essa é outra postura que reflete o compromisso com o trabalho desenvolvido no Vitória. Isto é congruência.
Braga é a consequência natural de um trabalho bem feito.
Eu acredito que o resultado a longo prazo mostrará que ele está certo em apostar em Carlos Eduardo, Rato, Carlinhos, Rhyler, Zé Marcos e em quem mais oscilar em nosso elenco. É a postura mais confortável para nós, torcedores? É claro que não. Nos enche de orgulho ver tanta limitação técnica em nosso elenco? Também não, é evidente. Mas, mais uma vez, pego emprestadas as palavras de Carpini para dizer que “futebol não se limita ao aspecto tático, mas à gestão de pessoas”.
Sem isso, não chegaremos a lugar nenhum — visto que ainda não temos o nível de grana para contratar jogadores que obtenham resultados e, ao mesmo tempo, nos encantem.
Acredite e apoie, pô! Fique puto, mas não desista do Leão. Estamos em construção, e o jogo de ontem colocou mais um tijolo nessa ponte que nos levará aonde nós merecemos. Não pelo resultado em si, mas porque, diante de tanto desgaste físico e limitações, arrancamos um empate fora de casa contra um time que havia vencido todos os seus jogos até então.
Vamo pra cima, Leão!🦁
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SEM FARRA, PRESSA OU AGONIA – POR EMERSON LEANDRO SILVA
Agora, a torcida do Vitória muito provavelmente está dividida entre os que não darão o braço a torcer quanto à utilidade de Braga, Fabri etc., e os que esperam que ele tenha renascido justamente em um domingo de Páscoa.
O amplo domínio do Fluminense no Maracanã era algo esperado por qualquer torcedor. O plano de jogo de Carpini parece ter sido desenhado com base justamente nisso — e a razão é angustiante para alguns e libertadora para outros. Mas a verdade é que o Vitória tem um elenco inferior ao do time carioca e, por mais contraditório que pareça, aceitar isto é a nossa maior força.
Há uma chance de você estar puto ou confuso com o que acabo de dizer, eu sei. Antes do jogo começar, Carpini falou que precisávamos jogar com inteligência e entender que não poderíamos enfrentar os caras de igual para igual. Essa consciência da nossa inferioridade técnica, o evidente desgaste físico e o fato de estarmos, mais uma vez, jogando fora de casa não é fraqueza ou “sincericídio”, como a imprensa sulista classificou. É apenas consciência em seu estado mais puro.
NÃO É PIRRAÇA, É GESTÃO DE ELENCO
O resultado de ontem é a manifestação clara de quão real é o trabalho que tem sido feito no Vitória. Desde que chegou, Carpini tem a postura de “não abandonar ninguém” — e, muitas vezes, foi e será visto como burro ou teimoso por isso. A gestão de elenco que ele tem feito, com o claro respaldo da nossa diretoria, tem nos trazido bons resultados.
Há dois meses, Carpini disse em uma coletiva — depois de vencermos o Porto pelo Baianão —: “Aqui é tão bom que, mesmo se o Fábio me mandar embora, eu não vou”. E, há cerca de duas rodadas, especula-se que ele tenha dito “não” a Palmeiras, Corinthians, Santos e Grêmio. Essa é outra postura que reflete o compromisso com o trabalho desenvolvido no Vitória. Isto é congruência.
Braga é a consequência natural de um trabalho bem feito.
Eu acredito que o resultado a longo prazo mostrará que ele está certo em apostar em Carlos Eduardo, Rato, Carlinhos, Rhyler, Zé Marcos e em quem mais oscilar em nosso elenco. É a postura mais confortável para nós, torcedores? É claro que não. Nos enche de orgulho ver tanta limitação técnica em nosso elenco? Também não, é evidente. Mas, mais uma vez, pego emprestadas as palavras de Carpini para dizer que “futebol não se limita ao aspecto tático, mas à gestão de pessoas”.
Sem isso, não chegaremos a lugar nenhum — visto que ainda não temos o nível de grana para contratar jogadores que obtenham resultados e, ao mesmo tempo, nos encantem.
Acredite e apoie, pô! Fique puto, mas não desista do Leão. Estamos em construção, e o jogo de ontem colocou mais um tijolo nessa ponte que nos levará aonde nós merecemos. Não pelo resultado em si, mas porque, diante de tanto desgaste físico e limitações, arrancamos um empate fora de casa contra um time que havia vencido todos os seus jogos até então.
Vamo pra cima, Leão!🦁